A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Igrejas lotadas

Igrejas lotadas do que?

Ou Lotadas por quem?

Ubirajara Crespo



Por esta e outras, continuo afirmando, que multidão tem banco, mas não tem nome. Enquanto as cadeiras estiverem cheias, tudo vai bem, não importa quem sente nelas.

Mega igreja não passa de instituição e jamais se transformará em Corpo. Corpo eh multidirecional e por isso interage, multidão pro age unidirecionalmente. Todos olham para o púlpito, jamais para o lado. Sabe o nome do pregador, mas não sabe o nome do anônimo  ao seu lado. Ele é apenas uma fração componente da massa.

Algumas atividades interativas são feitas por desencargo de consciência, mas não misturam a massa. A centrífuga homogeiniza os componentes da receita, estimulando a comunhão. Ações construtivas são realizadas por grupos isolados, igrejas dentro de igrejas. Não há corpo, mas apenas um agrupamento de pessoas, uma massa descolorida, cujo nome é o nome da instituição.

Uma das marcas de uma instituição e a direção dada ao seu investimento. Coisas ou pessoas? Investe-se mais em mesas densos, ar condicionado e poltronas do que nas necessidades daqueles, que se assentam nestas poltronas.

De que Igreja você é?

Sou da Igreja tal.

Resposta errada!! Você deveria dizer, que frequenta eventos religiosos realizados na igreja tal, mas ela não é de ninguém, nem de Jesus, pois só existemum modo de saber se um grupo dempessoas pertence a Jesus: "nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros" (Jo 13.35). 

Segundo a Bíblia, no Céu, receberei uma pedrinha com um nome pelo qual serei destacado de todos os demais, o Supremo Pastor me chamar por este nome, nada pode ser mais pessoal do que isso. Não serei apenas uma pedra, mas terei uma pedra com o meu nome gravado nela (Ap 2.17).

sábado, 17 de maio de 2014

Crescimento Orgânico

CRESCIMENTO ORGÂNICO.

Ef 4:16: É ele quem faz com que o corpo todo fique bem ajustado e todas as partes fiquem ligadas entre si por meio da união de todas elas. E, assim, cada parte funciona bem, e o corpo todo cresce e se desenvolve por meio do amor.

Um organismo sadio nasce com todos os órgãos já prontos e produz o seu proprio crescimento. Não tem necessidade de adquirir pecas fabricadas por outro organismo.

Quando nasci meu corpo já pronto, ocupava um espaço muito pequeno, hoje precisa de quase dois metros. Possuo os mesmos braços, olhos, orelhas e pernas que possuia no dia em que nasci, apenas maiores e mais funcionais.

Quando grandes empresas fagocitam estruturas empresariais de menor porte, acrescentam uma nova estrutura aquela que já existia. Vamos chamar a nisto de crescimento agregado, que pode ocorrer com estrururas feitas de matéria prima morta, como metal, concreto, plástico e telhas.

No Corpo tudo é vivo, enquanto o plástico e a cera são robotizaveis, revestidos com pele sintética e se parece com material orgânico vivo. A estátua da besta também falará. Além disso, foi-lhe dado poder para dar fôlego à imagem da primeira Besta, de maneira que ela tivesse a capacidade de falar, e fizesse com que todos os que não lhe prestassem adoração fossem mortos (Ap 13.15).

Os grupos religiosos, que mais crescem hoje, costuram alianças e soldam outras comunidades ao seu corpo. Técnica usada no mundo corporativo quando duas ou mais empresas se fundem em uma só, visando aumentar o seu alcance e competitividade.

Metal, tecnologia, números e tijolo podem ser fundidos ou aparafusados, mas com material orgânico não ocorre a mesma facilidade.

Isto é expancionismo e não crescimento. Corpo sadio não precisa de remendos, próteses e colagens não compatíveis entre si. Próteses são anti naturais, rangem e doem.

O crescimento orgânico é a forma mais natural de se crescer.

O que sair disto não é Igreja, é empresa, é montagem, é LEGO.

Ubirajara Crespo

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Saudade de quem ou de quê?

Saudades de quem ou de quê?

Filipenses: 4. 1. Portanto, meus irmãos, a quem amo e de quem tenho saudades, minha alegria e coroa, permanecei assim firmes no Senhor, amados. 2. Suplico a Evódia e a Síntique que restabeleçam a boa convivência no Senhor. 3. Sim, peço a ti, leal companheiro de jugo, que as ajudes, pois ministraram comigo na causa do Evangelho, juntamente com Clemente e com meus outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida.

Uma das qualidades que mais admiro em um pregador é o amor pelo povo e nem tanto a paixão corporativista pela programação. Paulo fala do amor pelos irmãos e não por uma instituição eclesiástica que ele mesmo fundou na cidade de Filipos.

- Quanta saudade daquelas reuniões gostosas e tão animadas.

- Ah! Sinto tanta falta dos nossos louvores, dos nossos retiros, do cenáculo e daquela árvore onde nos assentávamos.

Nada disso se passava no coração daquele pregador tão bem sucedido, ele tinha saudades de pessoas que era capaz de citar pelo nome, e pelas quais ainda se sentia responsáveis. Evodia, Sintique, Clemente e Timóteo, entre outros.

Um auditório muito grande não facilita este tipo de relacionamento. Há quem acredita, que não existe uma justificativa bíblica para chamar de "meu pastor", alguém com quem não tenho nenhum contato pessoal e com quem nunca gastei um detinha de prosa.

Talvez possamos chama-lo de animador de auditório religioso , malabarista litúrgico ou invocando um sentido menos pejorativo, poderíamos lhe dar o título de expositor da palavra de Deus. O sentido bíblico da palavra pastor, o não se aplica a este tipo de pessoa.

Nada é mais importante para um pastor do que se relacionar com suas ovelhas com o objetivo de lhes levar as cargas ou distribuía estas mesmas cargas entre as demais ovelhas.

O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Não sou pastor de quem não sei o nome e de quem não sou capaz de reconhecer quando passo por ela na rua, na praça e no Shopping. Também não sou ovelha de quem mantenho a devida distância, nem de quem me escondo entre as cadeiras de um auditório religioso.

Massificar é andar na contramão do trânsito divino, é bater de frente com o trem celestial que conduz gente, o único material a ser usado na construção da Casa de Deus.

Ubirajara Crespo

http://bible.com/n/1JIVl Saudades de quem ou de quê?

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Prefere o Púlpito ou o Palco?

2 Coríntios: 5. 12. Não estamos tentando outra vez nos recomendar a vós, mas vos concedemos a oportunidade de vos orgulhardes por nossa causa, de maneira que tenhais resposta para os que se orgulham das aparências e não do que está no coração. Porquanto o amor de Cristo nos constrange, porque estamos plenamente convencidos de que Um morreu por todos; logo, todos morreram.

Amo pregar, mas nem sempre amo aqueles para quem prego com a mesma intensidade (frase que ouvi do Pr. Marcos Shimizzo).

Meu objetivo aqui não é fazer mais uma daquelas costumeiras confissão retórica. Tento descobrir os motivos e as raízes que provocam ocasionais desvios dos trilhos construídos para me conservar no caminho da motivação correta. Quero limpar as minhas motivações e ser constrangido a pregar por amor.

Com incríveis malabarismos consigo apoiar todo o peso da locomotiva em um ou noutro trilho. À um deles chamo de "púlpito", ou "paixão pela Palavra", ao outro eu chamo de auditório, ou "Paixão pelo aplauso". Noto que estou andando neste último, quando nada me deixa mais realizado do que os elogios e a admiração demonstrados no final.

"Um morreu por todos, logo, todos morreram", inclusive o meu velho homem. Neste caixão estão também os meus impulsos mais agudos, inclusive aqueles que me impelem a procurar a glória pessoal, ser indiferente, insensível e passar de largo.

"Não estamos tentando outra vez nos recomendar a vós". O meu papel é mostrar a todos o caminho que os levará ao Senhor e não a mim mesmo, aos meus dons, talentos e palavras.

“Senhor, me livra de mim mesmo, pois a crédito que o meu EGO é o maior abismo já construído entre nós dois". Nada é tão mortífero contra o EU, quanto a cruz. Somente ela tem poder para processar o mais completo livramento, que é a crucificação do EU. Demônios e tentações giram ao meu redor em busca deste mel. Se tirar o mel, a mosca não zombe.

Difícil olhar para um grande auditório sem cultivar a visão de massa feita de pessoas que não conheço pelo nome, não sei o seu endereço e nunca estive presente durante os seus bons e maus momentos.

Nestas ocasiões procuro pregar algo que os prenda, fidelize e os incentive a sustentar uma programação capaz de atrair pessoas como eles.

Mensagens cujos temas são centralizados nas necessidades humanas podem ser confeccionadas a partir de pesquisas sociológicas publicadas na Internet. Nelas eu sou informado a respeito das necessidades, ambições, problemas, expectativas e temores humanos. Baseado nestas informações posso preparar mensagens que convençam a todos de que deverão voltar na próxima semana para me ouvir, pois sei como deixar a mensagem subliminar dizendo: este homem sabe nos capacitar a realizar os nossos sonhos.

Em outras ocasiões, deixo de lado a "religiosidade útil", me coloco em cima de um púlpito, e caminho no trilho que sustenta o meu amor pela Palavra. Nestas ocasiões procuro enriquecer o povo com conhecimento bíblico e os incentivo a praticar os princípios que as Escrituras possuem.
Quando estou nesta posição, a minha motivação maior é agradar a Deus e tentar convencer o povo a fazer o mesmo.

O assunto da pregação é fornecido pela Bíblia que carrego em minhas mãos. Nela estão disponíveis todas as informações a respeito das necessidades humanas das quais preciso para construír uma mensagem relevante.

“Portanto, compreendendo o que significa temer ao Senhor, procuramos persuadir todas as pessoas" (2Co 5.11).

Isto não me libera da necessidade de contextualizar a minha fala. Para isso, posso recorrer as mesmas pesquisas sociológicas já mencionadas, e ouvir o povo que frequenta as reuniões. Não conseguiremos fazer isto sem conviver e chegar o mais perto delas possível.

Não existe atividade mais inútil do que subir em um púlpito para responder a perguntas que ninguém está fazendo, ou para criar necessidades que nem sequer precisam de suprimento.

Púlpito e auditório são igualmente importantes, pois do púlpito só deve sair aquilo que Deus diz e o auditório é o público alvo da mensagem que estou pregando.

O modo como você vê tudo isto, dependerá de que lado do púlpito está, do lado de cá ou de lá.

Já estive atrás de muitos púlpitos e à minha frente já vi 10, 50, 100, 1.000,10.000 pessoas. Para ser transparente, devo confessar que os grandes auditórios me traziam uma certa sensação de messianidade.

É muito difícil afastar este tipo de pensamento: — Eles vieram aqui para me ouvir, portanto, eu sou a figura mais importante aqui presente.

Além do mais, nós, pregadores sofremos a tendência de nos hierarquizamos de acordo com o número de pessoas que somos capazes de atrair.

Todos nós estamos sujeitos à todo tipo de tentação. Umas são próprias daqueles que sobem no púlpito e outras rondam as mentes dos que ocupam as cadeiras do auditório. Não caia em nenhuma delas, fique apenas com os meus melhores momentos.

Ubirajara Crespo

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Não se esqueça marcar o ponto

Um grande número dos que foram contratados para pastorear Igrejas não tem o dom de pastor. São evangelistas, profetas, mestres, apóstolos, administradores e sabem pregar.  

Esta posição, hoje, tem mais a ver com a sua capacidade como orador, líder, motivador e  empreendedorismo.

Do outro lado, há, no meio do povo alguns que se dedicam a consolar, incentivar, visitar os que sofrem, se mostram misericordiosos, mas não gostam de pregar e nem de exercer funções administrativas. Estes têm o dom de pastorear e não fazem questão de ter um título.

Dificilmente encontrariam alguma Igreja que deseje contrata-los. O povo prefere entretenimento religioso feito com músicas, mensagens e comoções.

A própria estrutura precisa disto para sobreviver, e ajunta a falta de fome com a ausência do que comer. A  ingestão de Adrenalina dá uma sensação de preenchimento.

A maioria dos membros também não assume a posição de ovelha nem se deixsm conduzir pessoalmente por um pastor.

Marcar o ponto no culto de domingo é o seu máximo. – Quanto menos mecher comigo, melhor. Se colaboro com a manutenção do pregador, o que mais preciso fazer além de sentar na poltrona e o ouvir pregar? Ele na dele e eu na minha. Enquanto eu gostar, fico.

A maioria dos membros não é ovelha, mas apenas assistente semanal de cultos. Se o programa for bom, continuam ligados naquele canal, mas se não agradar, o controle remoto já está na mão, mesmo, é só apertar o botão e procurar um programa que agrade mais.

Sei que precisamos de pastores de verdade, mas quem está a fim de ser ovelha?

Quem quer ser pastor?

Ubirajara Crespo

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Espíritos familiares

Os espíritos familiares são provavelmente demônios que se aninharam em famílias onde encontraram um ambiente propício para se alojarem e executarem ações devastadoras. Não admitem perder sua posição e influência e para conseguirem uma cadeira cativa tentam convencer a todos em seus rituais. Manipulando mentores humanos, também chamados de médiuns, enviam mensagens que influenciam as suas decisões e favorecem o seu domínio sobre a família durante muitas gerações. Sentem-se bem em meio à podridão e baixos instintos da alma e procuram manter e renovar hábitos enraizados no dia a dia da família. Ofensas, traição, procrastinação, traição, doenças, disputas e falências que criam a necessidade de dar golpes, estão entre as suas preferidas.

Ora aconselham uma união, que eles mesmos desfizeram e mais adiante fomentam uma nova separação. Usam situações do cotidiano como iscas atraentes balançantes que estimulam o pedido de ajuda e criam ligações com a pessoa carente. Conhecem hábitos, assuntos e palavras que foram ditas no ambiente familiar e são capazes de cita-las durante uma falsa sessão onde invocam sinais de parentes mortos e são capazes de imitar as suas vozes. Alguns mentores, apesar se aplicam a sua pratica religiosa com sinceridade, alguns são aproveitadores, e outros se aproveitam das informações mais intimas dadas por estes espíritos, para manipular e obter presentes. Há também, aqueles que praticam estas coisas conscientes como servos voluntários do diabo.

Neste aspecto é bom enfatizar que demônios possuem uma moral dirigida pelas circunstâncias e não por princípios. Estão dispostos a prejudicar ou a beneficiar, escolhendo a pratica que os leve mais rapidamente a obter o que desejam
.

Ubirajara Crespo

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

NÚ, MAS DE MÃO NO BOLSO!

Quem entra assim na Igreja é o amante, que remarcou o dia da ceremÔnia do casamento. Ele tem pressa e não sabe que se precipitou. Acabou encenando uma excelente ilustração do reinado do Anticristo. 

Para fazer isto, raptou o verdadeiro noivo, pediu resgate e esbanja por conta. Só pode estar doente e de tal modo que ultrapassou o ponto sem volta. Pobre, nu e necessitado, mas não sabe. Com extravagâncias tenta esconder de si mesmo o seu verdadeiro estado de alma. 
 
Esta Igreja raptou o noivo, sustenta e adora o amante COM O DINHEIRO DO RESGATE. 
 
O noivo só mostrará a sua Glória no dia do casamento. 
 
Isto me faz lembrar do dia em que Moisés ficou muito tempo no monte e o povo construiu um bezerro de ouro para se divertir com ele.

Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Apocalipse 3:17

Esta é apenas uma amostra do lugar para onde a grandiosidade eclesiástica pode nos levar.

É nesta área que ocorrem as mais sangrentas batalhas espituais e não nos lugares celestiais, atrás das bananeiras, monumentos e locais geográficos. O inimigo tenta desviar a nossa atenção para fora do olho do furacão, quando ele está entre nós. O pior de tudo isto é que alguns de seus protagonistas mais comprometidos com a mentia criaram seus ministérios particulares de Batalha Espiritual.

Chegamos ao clímax da falta de discernimento.

Ubirajara Crespo

sábado, 29 de janeiro de 2011

AVIVAMENTO DE SUPERFÍCIE

Obras de superfície elegem políticos mas não conferem autenticidade de obreiro. Refiro-me a grandes movimentos, Mega igrejas, multidões, curas, exorcismos e exposição na mídia. 

Desde o início, a intangível fé salvadora sofreu a oposição da diabólica salvação pelas obras. Este tipo de doutrina foi o alicerce para a construção de diversas formas de compensações.

Abraão, conhecido como pai da fé e de um povo que buscava a salvação pelas obras, não cria na eficácia do esforço próprio. Ele não embarcou nesta furada.

"Que, pois, diremos ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?" (Romanos 4.1).

O mesmo critério aplicamos aos galardões, que são prêmios e bonificações conferidos a quem fez hora extra, extrapolou e extravasou, sem impulsos carnais.

Podemos nos envolver tanto com um personagem imaginário, que ações escusas deste mesmo personagem pareçam justificáveis. Coisa do tipo: "Se é para o Reino, tudo vale". Por mera conveniência, o senhor deste reino chama a si mesmo de jesus, mas diferente do original, governa com leis adaptáveis e aceita compensações. Toda ação, inclusive a mentira, que é de paternidade duvidosa, se justifica, se promover uma boa causa. No país das maravilhas cada um tem a sua interpretação particular das Escrituras.

Candidatos à cargos de executivos celestiais apresentaram o seu currículo para Jesus: "Em teu nome expulsamos demônios, distribuímos bens entre os pobres, etc, etc, etc" (Mateus 7). Uma longa lista, apresentando ações, que segundo eles, faria com que a balança pendesse mais para o seu lado bom do que o seu lado mau.

A resposta do Mestre foi curta e grossa: Não vos conheço!

O nome de Cristo, se usado com dramaticidade, parecerá uma documentação espiritual capaz de convencer a quem não possui instrumentos de detecção de última geração.

"Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus" (Romanos 4.2:).

A glória conferida pelas obras de grande visibilidade já foi desfrutada, todinha, na Terra. Não sobrará nada a ser levado para o céu. Se algum destes, conseguir passar a porteira, só lhes restará o palito do sorvete, e olhe lá!!




A vida emocional de Simão Pedro
A Pedra Frágil


Michael Card é autor de músicas como El Shaday e Emanuel. Você encontrará aqui a conjugação perfeita da visão do teólogo com a visão psicológica e emocional do músico.

Prefácio por Brennam Manning.






quinta-feira, 12 de agosto de 2010

FÉ OU FEZES?

QUAL DAS DUAS VOCÊ PRECISA?

Melhor ainda do que começar bem, é terminar bem, o que é uma proeza reservada a poucos. Talvez durante uma busca minuciosa, consigamos garimpar esta jóia rara. Abraão foi um digno representante desta espécime que hoje se encontra em agonizante extinção. Mesmo quando admitimos que as nossas co...nquistas foram movidas pela fé, encontramos um modo de nos gloriarmos nelas.

Se a fé é dom de Deus, quanto menor for a nossa interferência, melhor. A mente tendenciosa chegar a conclusões desastrosas, como ocorreu aos israelitas: "Abraão era um só; no entanto, possuiu esta terra; ora, sendo nós muitos, certamente, esta terra nos foi dada em possessão" (Ezequiel 33.24).

Desculpe a cacofonia forçada, mas o cálculo deles era mais ou menos o seguinte:

Abraão sozinho = Uma Fé.

Somando todos nós = Muitas fezes.

Cuidado, este tipo de cálculo cheira sempre mal. Seria comparar um frasco de perfume francês com uma tonelada de estrume de vaca.

Quando um milagre da germinação parece ter ocorrido em árvores secas, os frutos, por mais deliciosos que sejam, apodrecem. Uma árvore torta corre o perigo de imaginar que foi capaz de produzí-los por si mesma. Com o tempo valorizamos mais o resultado do que a motivação. Resultado, que depende da seiva ser pura ou venenosa. A medição é feita na raiz e não na folha.

Para quem se preocupa com a folha Deus diz: Se "derramais sangue; porventura, haveis de possuir a terra?" (Ezequiel 33.25).

A árvore de natal é bonita, mas é morta. Enfeitar um coração amargo com foguetório litúrgico não garante o seu plantio em boa terra. É preciso tratá-la por dentro para que não morda a isca que o diabo coloca no seu anzol. Um começo ardendo em fé humilde e dependência de Deus é substituído pelo aparato, pelo poder político, e pela subserviência. "Vós vos estribais sobre a vossa espada, cometeis abominações, e contamina cada um a mulher do seu próximo; e possuireis a terra?".

A grandiosidade, a fama e o crescimento numérico alcançado por um sistema religioso é todo o seu galardão. Conquistas terrestres embrulhadas para presente formam a única recompensa de uma religiosidade regida por padrões e métodos empresariais.
 
Assim diz o Senhor: "Tornarei a terra em desolação e espanto, e será humilhado o orgulho do seu poder" (v.29)..
 
Ubirajara Crespo