Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Pastores de verdade
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Saudade de quem ou de quê?
Saudades de quem ou de quê?
Filipenses: 4. 1. Portanto, meus irmãos, a quem amo e de quem tenho saudades, minha alegria e coroa, permanecei assim firmes no Senhor, amados. 2. Suplico a Evódia e a Síntique que restabeleçam a boa convivência no Senhor. 3. Sim, peço a ti, leal companheiro de jugo, que as ajudes, pois ministraram comigo na causa do Evangelho, juntamente com Clemente e com meus outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida.
Uma das qualidades que mais admiro em um pregador é o amor pelo povo e nem tanto a paixão corporativista pela programação. Paulo fala do amor pelos irmãos e não por uma instituição eclesiástica que ele mesmo fundou na cidade de Filipos.
- Quanta saudade daquelas reuniões gostosas e tão animadas.
- Ah! Sinto tanta falta dos nossos louvores, dos nossos retiros, do cenáculo e daquela árvore onde nos assentávamos.
Nada disso se passava no coração daquele pregador tão bem sucedido, ele tinha saudades de pessoas que era capaz de citar pelo nome, e pelas quais ainda se sentia responsáveis. Evodia, Sintique, Clemente e Timóteo, entre outros.
Um auditório muito grande não facilita este tipo de relacionamento. Há quem acredita, que não existe uma justificativa bíblica para chamar de "meu pastor", alguém com quem não tenho nenhum contato pessoal e com quem nunca gastei um detinha de prosa.
Talvez possamos chama-lo de animador de auditório religioso , malabarista litúrgico ou invocando um sentido menos pejorativo, poderíamos lhe dar o título de expositor da palavra de Deus. O sentido bíblico da palavra pastor, o não se aplica a este tipo de pessoa.
Nada é mais importante para um pastor do que se relacionar com suas ovelhas com o objetivo de lhes levar as cargas ou distribuía estas mesmas cargas entre as demais ovelhas.
O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Não sou pastor de quem não sei o nome e de quem não sou capaz de reconhecer quando passo por ela na rua, na praça e no Shopping. Também não sou ovelha de quem mantenho a devida distância, nem de quem me escondo entre as cadeiras de um auditório religioso.
Massificar é andar na contramão do trânsito divino, é bater de frente com o trem celestial que conduz gente, o único material a ser usado na construção da Casa de Deus.
Ubirajara Crespo
http://bible.com/n/1JIVl Saudades de quem ou de quê?
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
O pastor é um modelo ou um gerente?
Uma teoria do comportamento diz que o povo liderado consegue chegar, no máximo, a 60% do nível de seus líderes.
Pastor precisa de cura interior.
Durante todo o tempo de meu pastorado me preocupei com isto, pois percebia que até as minhas ovelhas menos próximas mostravam algumas das minhas reações negativas.
É muito fácil reproduzir minha voz, meus jeitos e trejeitos, mas é difícil reproduzir virtudes que não são observáveis ou que, simplesmente não possuo. Depender só do discurso, para produzir comportamento cristão, é sinal de pobreza espiritual.
O povo precisa mais de um modelo de comportamento do que de um modelo retórico.
Como posso expor às minhas ovelhas um padrão de conduta se o meu contato com elas se resume apenas àqueles momentos em que eu falo e elas escutam? O púlpito pode se transformar em um lugar onde exponho minhas virtudes e escondo meus defeitos.
Queria ser um pastor de verdade, e procurei me aproximar o máximo possível das minhas ovelhas, me dedicando ao discipulado e à formação de atitudes, mas sabia que o meu povo chegaria, no máximo a 60% de onde eu estava.
Minha preocupação maior era, portanto, com o lugar onde eu havia chegado, pois poderia me transformar em um gargalo, ao invés de um duto por onde jorra vida.
Estava totalmente ciente de que minhas ovelhas observavam minhas reações durante disputas esportivas e nas refeições comunitárias. Eles perceberam quando usei a minha posição para obter privilégios, como os primeiros lugares na fila do refeitório, o quarto mais confortável, o bife mais carnudo, etc.
Terei de prestar contas a Deus e a cada um dos ofendidos, de cada pecado não resolvido. Não posso esquecer de que prestar contas não é a mesma coisa que explicar.
Olhando para este texto de Paulo, me sinto "acuado e em xeque" e acho que o único modo de sair desta enrascada é crescendo e não melhorando o nível do meu discurso, minhas técnicas de auditório e aperfeiçoar os meus malabarismos.
Uma pessoa me disse, aqui no face, que gostaria muito de me ouvir falando. Mal sabe ela, que a minha prédica é o que de menos importante eu tenho para dar. Gostaria de ter mais exemplo para, do que assunto.
A igreja, de um modo geral, gasta muito mais dinheiro para ouvir grandes pregadores do que para ver o que eles são.
Eu mesmo viajei pelo Brasil inteiro falando pra quem não me conhecia e continua sem me conhecer. Do hotel para a Igreja, da Igreja para o hotel.
O nosso maior dilema e empenho deveria girar em torno do seguinte tema:
A ênfase do meu ministério é me transformar em um modelo de vida a ser imitado ou gerenciar uma programação religiosa?
Vou esconder o meu verdadeiro eu atrás de um púlpito, ou de uma mesa, ou vou me aproximar das pessoas e dizer a elas que podem me imitar?
Olhe para Jesus e não para mim. Uma das frases mais idiotas que poderia ser dita por alguém que foi chamado por Deus para ser o bom perfume de Cristo.
Se um dia eu cheirar mal, Senhor, me mate logo de uma vez. Melhor apodrecer debaixo da terra do que em cima.
Filipenses: 3. 14. O prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus. 15. Pelo que todos quantos somos perfeitos tenhamos este sentimento; e, se sentis alguma coisa de modo diverso, Deus também vo-lo revelará. 16. Mas, naquela medida de perfeição a que já chegamos, nela prossigamos. 17. Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós.
Já viajei milhares de quilômetros só para ter uma ou duas prosa com um homem de Deus, almoçar com ele, me surpreender vendo-o pegar uma cadeira para eu sentar, arrumar a almofada, me trazer um copo de água, brincar de esconder com seus filhos, jogar bola com ele e contra ele no campo, cavar buracos de lixo junto comigo, me chamar de Bira e eu chama-o de seu David.
Na maioria das vezes não era o que ele dizia que me impressionava mais, mas como dizia, como fazia e como me tratava e ainda me trata. Ele sempre me disse coisas importantes, seja em conversas soltas, durante as aulas, em suas pregações e em reuniões de grupos familiares da Igreja, mas o que eu gostava mesmo, era da nossa convivência.
Meu mestre, conselheiro, exemplo e discípulador.
Precisamos investir mais no indivíduo do que na programação, na estrutura e na instituição.
Ubirajara Crespo