A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.
Mostrando postagens com marcador relacionamento.. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador relacionamento.. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

VOCÊ PREFERE A SUBMISSÃO NA MARRA OU NO AMOR?

1Ts 5.12-14: Nossos líderes merecem nosso apreço, amor e consideração, mas a obediência total deve ser reservada a Jesus. 

"Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam". 

Infelizmente alguns de nossos líderes ainda não se libertaram da sua carga cultural, religiosa e temperamental. Como consequência exigem o mesmo tipo de obediência devida somente ao Senhor.

A submissão deve acontecer nos moldes da Palavra escrita, interpretada corretamente e pregada de forma inteligível.

Toda instrução proveniente da Palavra deve ser recebida de bom grado, mas "ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal" (Cl 2.8).

Moldar pessoas tendo "eu mesmo" como modelo provoca o suicídio da pessoalidade. Destrua a você mesmo para que o "meu eu" cresça e apareça na sua voz, nos seus gestos e na sua aparência.

O verdadeiro discipulado nos resgata da simulação e da religiosidade de imitação, enquanto indica o caminho da descoberta de mim mesmo e do projeto para o qual fui criado. A forma mais violenta e destruidora de possessão, é por uma outra pessoa.

Como pastor, preciso saber exatamente onde está a linha divisória entre o princípio bíblico e as minhas tendências e reações. Sem este discernimento imponho aos outros, costumes religiosos denominacionais sem base bíblica. Como bônus extra, ainda corro o risco de moldar minhas ovelhas com uma fôrma errada, confundindo mandamentos com costumes, coando os mosquitos, mas liberando os camelos.

Tomo, como exemplo de princípio e a sua aplicação, o amor, que um princípio contextualizável à pessoa, ao local e à circunstância. Devo manifestar o amor com beijos ou aperto de mão? Abraço, ou afastamento? Palavra ou o silêncio? Comida ou bebida? As formas de expressão tudo isto é pessoal, desde que sejam convincentes.

Lançando mão dos escritos paulinos podemos colocar nossa convivência sob a luz dos seguintes crivos:

1. Façam e admitam tudo que seja bíbicamente justificável.
2. Tenham como motivação básica o viver "em paz uns com os outros".

Isto significa que todos os itens a seguir devem se enquadrar nestes critérios. "Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos" (1Ts 5.14). 

O bolo fica mais gostoso se confeitado com uma cremosa longanimidade e se a vela tiver um longo pavio.

Ubirajara Crespo

quinta-feira, 27 de maio de 2010

PESADO EM BALANÇA VICIADA

Amados. Hoje me senti encurralado durante minha devocional. 

Veja o motivo:

Lc 6.37,38: Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também. 

Jesus mostra um passaporte capaz de abrir fronteiras relacionais. Ele nos convoca para um amplo geral e praticamente irrestrito desarmamento em nossos relacionamentos interpessoais. O desarmamento é praticamente irrestrito porque a verdade deve sempre ser dita, desde que o façamos em amor, pois segundo Paulo, o apóstolo, "o amor tudo vê".

Antes de continuar esta conversa, preciso dfar um a viso: Cuidado!!! Estamos pisando em solo minado, no qual, como em nenhum outro, vale a máxima que diz: - Colhemos o que plantamos.

Geralmente usamos, em nossos julgamentos do alheio, um peso diferente do que usamos conosco. Nossas medidas tendem a extremos quando comparamos os seus erros do outro com os nossos acertos ou os seus acertos com os nossos erros. Talvez haja um empate numérico entre os que se avaliam para mais ou para menos. A Bíblia nos exorta a não pensar a nosso respeito mais do que convém, mas não diz que, para alcançar esta elevação, devemos pensar menos do que convém. 

Isto seria invocar um problema de autoimagem.

Jesus ensinou uma infalível técnica que nos ajuda a manter o equilíbrio neste fio esticado entre os abismos da soberba e da inferioridade: "Amar ao próximo como a nós mesmos".

Será que posso colocar o meu próximo na mesma balança na qual eu me peso?
Esta balança é viciada, acusa um peso determinado pelos meus preconceitos. Quando uso este tipo de balança estou, na realidade, julgando a mim mesmo, pois não consigo evitar comparações. Confesso a ti, Jesus, o uso, em medida inaceitável, de padrões unilaterais, isto é, os meus.

Olho para o outro com óculos multifocais. Dependento da figura, uso a lente de aumento, ou a que diminue. Olho de perto, de longe e à meia distância. Sou membro da raça humana, mas não tenho o direito de usar isto como justificativa. Nossa tendência é olhar para os outros de um jeito desproporecional ao que olhamos a nós mesmos. Quem não sabe se amar na medida certa, distorce a sua visão do próximo, às vezes para mais, às vezes para menos.

O resultado será sempre o mesmo. Os outros utilizarão comigo, os mesmos critérios que uso para medí-los. Jesus disse que, para isto, usarão fórmulas matemáticas exatas.

"...perdoai e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também".

Ubirajara Crespo