A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.
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terça-feira, 17 de junho de 2014

Formação ministerial

Preparação concentrada na formação de um servo e não de um teólogo.

Os doze apóstolos foram treinados, em tempo integral, por 3 aos e meio pelo Mestre dos Mestres. Ninguém mais desfrutou deste privilégio, por isto eles são os únicos do seu gênero.

É a este tipo de coisa que me refiro ao falar sobre preparo acadêmico. O discipulado. Seu treinamento foi personalizado e intenso. Aulas práticas, teóricas, tarefas, treinamento, exemplos práticos e avaliações diárias. Foram submetidos a um programa de treinamento que exigia disponibilidade total do seu tempo, disposição, obediência e dedicação de vida.

Faculdades particulares não formam pastores, formam teólogos. Não aprendermos a pastorear em uma sala de aula, livros e monitores, mas são parte do programa de um programa de ensino que visa a formação da pessoa e não apenas transmitir conhecimento.

Jesus nos chamou para pastorear e não para teologizar.

O seminário onde estudei adota este tipo de filosofia de ensino. Dou graças a Deus por ter passado por este tipo de preparação.

Seminário Bíblico Palavra da Vida.

Foi o tempo de maior crescimento pessoal pelo qual passei na minha juventude.

Veja esta sequência em Marcos: 3. 13-15.

1.CHAMOU-OS PARA UM COMPROMISSO RADICAL: "Subiu ao monte, e chamou a si os que ele mesmo queria; e vieram a ele".

2.DESIGNOU-OS PARA SI MESMO. "Então designou doze para que estivessem com ele".

3.LHES DEUS TAREFAS COMO PARTE DE SUA PREPARACAO. "Os mandou pregar".

4.OS AUTORIZOU COMO SEUS REPRESENTANTES: 15. "que tivessem autoridade de expulsar os demônios".

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Corpo administrado pelo apêndice

Que um outro te louve, e não a tua própria boca; o estranho, e não os teus lábios. Provérbios 27:2 

Expressões comuns em discursos políticos, passaram a integrar as mensagens de alguns de nossos maiores pregadores. Este costume nasceu da necessidade de se defenderem com muita veemência diante da proliferação descontrolada de acusações, sendo algumas justas e outras injustas. Fazem parte destes chavões expressões como: "Meu caráter ilibado", "minha honestidade", "meu labor", minhas lutas a favor dos carentes", "meu espírito de servo", "Minha idoneidade", "Meu desprendimento" etc. 

Eu acho melhor deixar as pessoas perceberem. O púlpito jamais deveria ser usado para falar de suas qualidades. Advogados de defesa deveriam ocupar as dependências do forum e não da Igreja. Sem julgar o mérito de cada um, mas apenas o teor e a conveniencia deste discurso, ao ouvi-lo da boca de alguém que se intitula como pastor, "dá um nó nas tripas".

Somos humanos e como tal, tendemos a nos colocarmos em uma posição intocável, posição que é facilitada em administrações piramidais. Corro o risco, caso alcance o vértice desta pirâmide, de não ver ninguém na minha frente. A crítica nem é tanto ao sistema, mas aos que o administram, pois qualquer sistema funciona nas mãos de uma pessoa que deseja agradar a Deus acima de qualquer coisa.

Creio que esta advertência não servirá para quem já está lá em cima, sofrendo a vertigem das alturas e uma conveniente surdez existencial. Falo para nós, inclusive eu, que ainda estamos do lado de baixo da pirâmide, tentando montar uma escada que nos leve ao topo.

O profeta Natan repreendeu Davi por causa do seu adultério com Bate Seba. Precisamos de mais Natans, com coragem de profetizar, mas também precisamos ser como Davi. Os Davis se arrependam e são curados. Davi se curvou apesar de ser rei, fez as vezes do seu sucessor eterno, pois Jesus abdicou de suas prerrogativas divinas e se tornou um homem comum. Jamais mostrou títulos, faixas, pedestais, armas e brazões. Assim devemos ser.

Uma vez procurei uma pessoa com sintomas de vertigens e o confrontei pessoalmente. A sua reação não foi nada parecida com a de Davi, mesmo porque ele não tinha o mesmo caráter de Davi. Montou nos seus tamancos e disse: Como ousas confrontar um apóstolo?
Uma relação não pessoal, mas institucional gera este tipo de gente, mas não gera um Corpo onde a tônica é a troca e não a imposição. Quando somos um Corpo, suportamos ameaças, vergonha e morremos por ele, mas quando viramos instituição, ameaçamos, riducularizamos e matamos por ela.

Quando você resolver fundar a sua própria Igreja, não crie mais uma instituição, alimente o Corpo e seja você mesmo, parte dele e não um apêndice. Um Corpo é governado pela Cabeça e não pelo apêndice. Este fica no intestino e só sabe lidar com aquilo que o corpo rejeita. Não importa o tamanho que terá este Corpo, pois no Reino de Deus não existem vários Corpos, mas um só. Portanto, não há um que seja maior do que o outro, a menos que pulemos fora da Verdadeira Igreja.

Ubirajara Crespo

quarta-feira, 4 de maio de 2011

OBRA DE SUPERFÍCIE



Obras de superfície elegem políticos mas não conferem autenticidade de obreiro. Me refiro a grandes movimentos, Mega igrejas, multidões, curas, exorcismos e exposição na mídia. Jogadas de efeito conferem grande visibilidade, impressionam a galera e dão lucro. Obras de fé não aparecem na vitrine, não hierarquizam e não canonizam.

Desde o início, a intangível fé salvadora sofreu oposição diabólica através da doutrina da salvação pelas obras. Este tipo de doutrina foi o alicerce em cima do qual diversas formas de compensações foram construídas.

Abraão, conhecido como pai da fé e de um povo que buscava a salvação pelas obras, não cria na eficácia do esforço próprio. Ele não embarcou nesta furada.

"Que, pois, diremos ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?" (Romanos 4.1). A resposta não poderia ser mais óbvia.

O mesmo critério é aplicado ao galardão, que premia e bonifica a quem fez hora extra e extravasou, mas não foi movido por impulsos carnais.

Podemos nos envolver tanto com um personagem imaginário, que ações escusas deste mesmo personagem pareçam justificáveis. Coisa do tipo: "Se é para o Reino, tudo vale".

Por mera conveniência, mas de propósito, o senhor deste falso reino chama a si mesmo de "Jesus", mas diferente do original, governa com leis adaptáveis e aceita compensações. 

Neste sistema toda ação, inclusive a mentira, que é de paternidade duvidosa, se justifica, caso promova uma boa causa. No país das maravilhas cada um tem a sua interpretação particular das Escrituras.

Alguns "executivos religiosos" apresentaram o seu currículo para Jesus: "Em teu nome expulsamos demônios, distribuímos bens entre os pobres, etc, etc, etc" (Mateus 7). A lista de feitos era longa, e segundo eles, faria com que a balança pendesse mais para o seu lado bom do que para o lado mau.

A resposta do Mestre foi curta e grossa: Não vos conheço!

O nome de Cristo, se usado com dramaticidade, parecerá uma documentação espiritual capaz de convencer a quem não possui instrumentos de detecção de última geração. 

MENSAGEM VÍDEO


Naosnews on livestream.com. Broadcast Live Free

Naosnews on livestream.com. Broadcast Live Free

sábado, 29 de janeiro de 2011

AVIVAMENTO DE SUPERFÍCIE

Obras de superfície elegem políticos mas não conferem autenticidade de obreiro. Refiro-me a grandes movimentos, Mega igrejas, multidões, curas, exorcismos e exposição na mídia. 

Desde o início, a intangível fé salvadora sofreu a oposição da diabólica salvação pelas obras. Este tipo de doutrina foi o alicerce para a construção de diversas formas de compensações.

Abraão, conhecido como pai da fé e de um povo que buscava a salvação pelas obras, não cria na eficácia do esforço próprio. Ele não embarcou nesta furada.

"Que, pois, diremos ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?" (Romanos 4.1).

O mesmo critério aplicamos aos galardões, que são prêmios e bonificações conferidos a quem fez hora extra, extrapolou e extravasou, sem impulsos carnais.

Podemos nos envolver tanto com um personagem imaginário, que ações escusas deste mesmo personagem pareçam justificáveis. Coisa do tipo: "Se é para o Reino, tudo vale". Por mera conveniência, o senhor deste reino chama a si mesmo de jesus, mas diferente do original, governa com leis adaptáveis e aceita compensações. Toda ação, inclusive a mentira, que é de paternidade duvidosa, se justifica, se promover uma boa causa. No país das maravilhas cada um tem a sua interpretação particular das Escrituras.

Candidatos à cargos de executivos celestiais apresentaram o seu currículo para Jesus: "Em teu nome expulsamos demônios, distribuímos bens entre os pobres, etc, etc, etc" (Mateus 7). Uma longa lista, apresentando ações, que segundo eles, faria com que a balança pendesse mais para o seu lado bom do que o seu lado mau.

A resposta do Mestre foi curta e grossa: Não vos conheço!

O nome de Cristo, se usado com dramaticidade, parecerá uma documentação espiritual capaz de convencer a quem não possui instrumentos de detecção de última geração.

"Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus" (Romanos 4.2:).

A glória conferida pelas obras de grande visibilidade já foi desfrutada, todinha, na Terra. Não sobrará nada a ser levado para o céu. Se algum destes, conseguir passar a porteira, só lhes restará o palito do sorvete, e olhe lá!!




A vida emocional de Simão Pedro
A Pedra Frágil


Michael Card é autor de músicas como El Shaday e Emanuel. Você encontrará aqui a conjugação perfeita da visão do teólogo com a visão psicológica e emocional do músico.

Prefácio por Brennam Manning.






quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O LADRÃO DOS SONHOS

CUIDADO COM O LADRÃO DO ANO BOM




Ele armou algumas ciladas e não permitiu que você fosse bem sucedido em algumas áreas. O objetivo é fazer com que tenha receio de tentar de novo e diminuir, temporariamente, a sua tenacidade e perseverança.


Pena que você caiu, mas foi só por alguns dias.


PENSE NISTO:


1.Deus permitiu que o inimigo colocasse um empecilho porque você não estava preparado para lidar com aquela vitória. 
Tem gente que tem o olho maior do que a barriga. Mel demais lambuza quem tem vergonha de usar babador.

Comer mel demais não é bom; assim, a busca da própria glória não é glória (Provérbios 25:27)

2.Se você tivesse feito esta conquista, se acomodaria e perderia algo maior, mais adiante.

Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais (Jeremias 29:11)

3.Não era o dia nem a hora da bênção. Será que foi precipitação?

Porventura não são direitos os meus caminhos, ó casa de Israel? E não são tortuosos os vossos caminhos? (Ezequiel 18:29)

4.Primeiro cresça, depois apareça. Quem aparece antes de crescer, cai na malha fina da soberba.

Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um (Romanos 12.3).

Depois não reclame se houver algum tipo de desconto no galardão. 


Só existe um modo de acumular novos pontos e aumentar o seu ganho:

O galardão da humildade e o temor do SENHOR são riquezas, honra e vida (Provérbios 22:4)

Uma das estratégias mais usadas pelo inimigo é convencê-lo a apontar para alvos que ele sabe que você jamais atingirá. Seu objetivo é fazer com que fique frustrado consigo mesmo. 


Uma pessoa frustrada fica do jeito que o diabo gosta. 


Faça pontaria em alvos mensuráveis e compatíveis com as suas possibilidades. 


Feliz 2011


Ubirajara Crespo

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

CONSULTORIA DE ETERNOS INVESTIMENTOS

O MELHOR INVESTIMENTO
1Ts 3.6-8: INVESTIMENTO SÓLIDO NO REINO DE DEUS: 
O amor retribuído pacifica a alma, e o coração agradecido mostra que o investimento valeu a pena. O amor visa o benefício da pessoa amada e não do investidor. Paulo e sua equipe, se contentavam com a afeição dos irmãos. Veja nas suas próprias como foram recebidas as boas notícias trazidas por Timóteo, seu representante: "...fomos consolados acerca de vós, pela vossa fé, apesar de todas as nossas privações e tribulação, porque, agora, vivemos, se é que estais firmados no Senhor".


Notícias como estas fazem a vida valer a pena, principalmente para quem investe em pessoas e não em programas. Nos bastou "o regresso de Timóteo, vindo do vosso meio, trazendo-nos boas notícias da vossa fé e do vosso amor, e, ainda, de que sempre guardais grata lembrança de nós" (1Tm 3.6).


Jesus ensinou que uma das mais bem estabelecidas estruturas religiosas da época, o sábado, não era o fim, mas apenas um meio. "E acrescentou: "O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado" (Mc 2.27). 


De que adianta inaugurar templos que abrigam mensageiros descomprometidos e um povo desinteressado? Os templos são para preencher as pessoas ou as pessoas para encher os templos?
Não há notícia de Mega, Midi, mini ou Micro construções durante a era apostólica. Havia Igrejas, que na sua maioria não contavam seus membros, não tinham computadores, planilhas, planos de carreira, contas bancárias, estatutos registrados em cartório, propriedades ou contrato social, mas tinham gente.

Paulo, sendo fruto deste copntexto, não desdenhava do purismo administrativo, mas se atrapalhava com as estatísticas, contudo, se lembrava de rostos e de nomes: "... nenhum de vós batizei, exceto Crispo e Gaio; para que ninguém diga que fostes batizados em meu nome. 


Batizei também a casa de Estéfanas; além destes, não me lembro se batizei algum outro" (1Co 1.14-16). 


Esta última frase é de alguém que ganhava vidas, mas não tinha de fazer relatórios. Isto é melhor do que ser bom no relatório de atividades administrativas, sem ganhar vidas. 

Ubirajara Crespo
 

domingo, 3 de outubro de 2010

FINALMENTE UM SERIAL KILLER RELIGIOSO:


A religião visa religar espíritos fora de sintonia com o programa de Deus. Se propõe a fazer isto concertando defeitos, redirecionando a antena e trocando peças estragadas.

Onde o ódio ganhou IBOPE, e o ressentimento conquistou aplausos, Jesus mostra o cartão vermelho e coloca em campo o a...mor e o perdão. Tem jogo difícil de assistir, mas a virada precisa acontecer, mesmo que seja na prorrogação.

Bom conteúdo não garante que os papéis sejam desempenhados de forma satisfatória. A letra mesmo sendo bela pode matar. O tom e a melodia das palavras fazem a diferença.

Talvez seja este o motivo pelo qual a Bíblia diz que a letra mata. Tudo depende do jeito, do ambiente e do clima em que é proclamada. O espírito é o que vivifica.Não basta ter a teoria correta, se não for executada da maneira correta. O zelo pode ser transformado em ódio e o amor em obsessão. Foi exatamente neste ponto que os judeus antigos tropeçaram, "os quais não somente mataram o Senhor Jesus e os profetas, como também nos perseguiram" (1Ts 15.16).

Os que foram chamados para antenar o mundo em Deus, prejudicaram solenemente esta ligação. O seu amor virou obsessão e o seu zelo se tornou assassino. "... não agradam a Deus, e são adversários de todos os homens, a ponto de os impedirem de falar aos gentios para que estes sejam salvos" (1Ts 5.16,17).

Fabricaram uma divindade que os transformou em inimigos de Deus, em nome de quem matavam, roubavam e destruíam. A cobra picou a sua religião e a matou. Os fariseus trocavam atitudes por liturgias, enfeitavam suas orações a ponto de transformá-las em rabo de pavão e não sabiam diferenciar mosquitos de camelos.

O sistema montado para gerar vida em abundância, assassinou até mesmo o autor da vida. Nem a bomba de hiroshima causou tanto dano a humanidade. Esta religiosidade Serial Killer encheu todas as medidas e "a ira, de Deus, sobreveio contra eles, definitivamente" (1Ts 2.16).

Se esta palavra pegou você em flagrante, ainda dá tempo para mudar.

Ubirajara Crespo

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Esqueletos no armário

Existe algum compartimento de sua vida que você gostaria de esconder? Talvez um fundo falso, onde guarda algo que deseja manter em segredo. Um defunto tão antigo que já virou esqueleto, ou se transformou em fóssil.

O elo perdido entre a utopia e a realidade.

Quando transitava pelas avenidas, becos e esquinas de Tessalônica, Paulo nem tirava o pijama, indumentária que usamos apenas na frente de pessoas íntimas. Ele escancarava portas, aplainava os caminhos, demolia as barreiras e liberava os pedágios para quem desejava fazer uma viagem turística pelo seu interior. "... Porque vós, irmãos, sabeis, pessoalmente, que a nossa estada entre vós não se tornou infrutífera".

Um relacionamento pessoal é extremamente revelador. Pode ser que alguém, temendo que algum focinho resolva farejar o buraco da sua fechadura, coloque púlpitos, telinhas de TV, títulos, pedestais e seguranças armados entre eles e os seus auditórios.

Cuidamos para que o nosso transito por algumas vias relacionais seja sempre de mão única, ou seja, de mim para lá, jamais de lá para mim. Este tipo de direção é extremamente defensiva, mas evita da gente bater de frente com "algum cara jamanta".

Quem precisa esconder um pecado, por menor que seja, não se expõe aos perigos de uma convivência próxima. Paulo, andava na contramão só para ver e ser visto de frente. Olho no olho! Ele disse que os tessalonicenses o conheciam "pessoalmente" e sabiam como os frutos eram colhidos.

Eu já preguei em alguns palcos de onde ficava difícil ver o rosto das pessoas que sentavam-se depois da quinta fileira. Dali de cima é fácil convencer as pessoas de que somos espirituais, mas de onde é impossível exercer algum tipo de pastoreamento.

"... mas, apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como é do vosso conhecimento, tivemos ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus, em meio a muita luta".

Não esconda o jogo, mostre a sua cara. O Evangelho é para pessoas normais, pecadores.

Os sãos não precisam de médico.

Ubirajara Crespo

sexta-feira, 30 de julho de 2010

MIOLO MOLE COMANDA A CABEÇA

O MIOLO MOLE USA MOLDE DA CABEÇA PARA COMANDAR O RESTO DO CORPO

Uma noite, durante um de nossos cultos eu disse o seguinte às minhas ovelhas: Você não está aqui para me ajudar a realizar o meu ministério, eu é que estou aqui para ajudá-lo a cumprir o seu. Minha tarefa é descobrir os seus potenciais, treiná-los para a obra que é só sua, formar em você um caráter que seja digno desta tarefa, designá-lo e ampará-lo.

Se é isto que você quer, vamos caminhar juntos, mas se tudo o que você deseja é ouvir belas mensagens, saiba que você não será a minha prioridade e provavelmente não fará nenhuma falta para esta comunidade.

O ministério tem dono sim: Ele foi entregue por Jesus a todos nós e não a uma só pessoa que tenta conquistar espaço entre os neurônios do Cabeça que é Cristo.

Neste tipo de igreja o molde a cabeça é só um molde, mas quem manda mesmo é o miolo.


Os nomes assumidos por estes neurônios são os mais variados possíveis: Apóstolo, Profeta, Pastor, Evangelista, Mestre, Missionário, Patriarca, Pai-póstolo, Presbíteros, Diáconos.

Na realidade não importa o título, ele é apenas uma carcaça, o que vale mesmo é o que está no coração.

Ubirajara Crespo

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Profecia, Purpurina, Confete e Serpentina

Jr 39.1: "Foi tomada Jerusalém. Era o ano nono de Zedequias, rei de Judá, no mês décimo, quando veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, e todo o seu exército, contra Jerusalém, e a cercaram".

As profecias de Jeremias não vinham enfeitadas de confete e purpurina, mas se cumpriam. Esta, tem singular importância por ser divisora de águas. Aqui foi escrito mais um importante capítulo da história de Israel.

O exílio para a babilônia foi marcado pelo excelente desempenho de heróis da fé. Daniel e seus amigos, apesar de pressionados por costumes de uma terra esatranha, escolheram uma postura diferente da sua nação.

Ao escolher importar costumes de outras nações, Israel, foi transformada em produto babilônico de exportação. Uma nação inteira conquistada e exibida na sala dos troféus de Nabucodonosor.

Jr 39. 6,7: "O rei da Babilônia mandou matar, em Ribla, os filhos de Zedequias à vista deste; também matou a todos os príncipes de Judá. Vazou os olhos a Zedequias e o atou com duas cadeias de bronze, para o levar à Babilônia". 

A última cena gravada na retina ainda intacta de Zedequias era muito diferente daquela que ele imaginara. Nada parecido com os finais felizes das histórias envolvendo reis, rainhas, príncipes e princesas.

Tudo por causa da sua insistência em ouvir apenas mensagens politicamente corretas. Deus abomina o profeta adulador, mas não inocenta quem compra ingresso e entra na fila para assistir histórias da carochinha. Deus bloqueou mensagens de texto escolhendo um final que se encaixa nos nossos sonhos e não nos seus propósitos.

Depois do pão pronto é difícil encontrar o fermento e tirá-lo. Precisamos tirá-lo da receita quando ainda estamos escolhendo os ingredientes quequeremos colocar na massa. 

Quando o pão dorme, só serve para fazer torrada, ou jogar fora e começar tudo de novo.

Ubirajara Crespo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

"171" O GOLPE RELIGIOSO

A ENGENHARIA DO SUBORNO

Alguns golpes são antigos e  muitos deles, como o vender bilhete de loteria premiado, ainda encontram pessoas dispostas a cair. A oportunidade de colocar a mão na bufunfa costuma ser tentadora. Muitos golpes são bem elaborados e, apesar da sua grande abundância, os golpistas ainda conseguem inovar.
A filosofia por detrás do golpe é sempre a possibilidade de ganho inesperado e acima de tudo fácil.
O sucesso da armação depende da arte cênica e da isca usada para atrair a presa e, principalmente, do tamanho do olho grande da vítima. Hoje, podemos afirmar, sem medo de errar, que o palco mais utilizado pelos espertalhões é o auditório religioso.

Tiago 4. 1-4: "De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres".

O sistema que rege a vida no Planeta Terra é formado por interesses de etnias, costumes, filosofias, posições políticas, estatus, ideologias e religiões. Todos disputando territórios que julgam ter o direito de cobiçar. Empresas tentam conquistar fatias cada vez maiores do mercado. Traficantes e milicianos matam pelo controle de pontos de distribuição de drogas. Partidos negociam cargos e costuram alianças. Nações procuram supremacia. Pedintes, lavadores de para brisas e malabaristas lutam por espaço nos faróis.
Todos possuem táticas peculiares para a realização de seus sonhos de conquista. Terroristas, por exemplo, fazem atentados contra compatriotas mirando em nações opressoras, mas distantes e inatingíveis. Um jeito estranho de fazer guerra, mas sempre tem quem goste.
Neste jogo do poder, vale tudo, articulações, ameaças, alianças, assassinatos, panetone gate, mentiras, formação de quadrilha, corrupção, desvios de verbas, dinheiro na cueca e até mesmo na Bíblia. É o "171 evangélico".
Ao nosso redor fervem disputas, verbais, profissionais, sociais, físicas e agressões armadas. O importante é ganhar a discussão, não importa quem sair ferido.
O que está por detrás de tudo isto, senão a vontade de satisfazer uma carne com fome e sede de poder?
A cobiça se esconde por detrás de fachadas cobertas por camadas como aparência de zelo, sobrenatural idade, emocionalismo, voz trêmula, frases populistas, tremeliques e fervor litúrgico. Tudo preparado para angariar adeptos, aumentar a quantia recolhida, alimentar o estrelismo do líder e manter o delírio coletivo.
O delírio coletivo, diga-se de passagem, é um item imprescindível para a construção de massas estimuladas por causas não compreendidas totalmente. Objetivos são expressos por jargões bem montados, mas não mensuráveis. Isto explica a obsessão de grandes pregadores por auditórios que funcionam como batedeiras de pão onde a massa é manipulada até ganhar a forma desejada. Estes pregadores foram formados na padaria.
Você já se viu como um ingrediente involuntário desta massa? Mesmo sem saber exatamente qual o tipo de bolo que sairá dela. Geralmente o resultado final é que os líderes ficam com o recheio e os ouvintes com o chantili.
Como estes corações são conquistados? A cobiça é o ponto de abordagem, o gancho que leva ao nó final do conto da prosperidade, da submissão e da sacolinha, etc.
A nossa cobiça é o nosso "Calcanhar de Aquiles". Oferte mais, para ganhar mais, receber a cura e ganhar a sua casa própria. A triste constatação é que o povo tem a cobertura que merece.
Pessoas libertas de entidades estimulantes de devaneios triunfalistas estão imunizadas contra este tipo de encantamento. Alguns ministérios invocam a ajuda deste demônio, ao invés de expulsá-los de seus cultos.
Uma pergunta, que paira no ar, levanta a possibilidade de inúmeras respostas: Qual é a origem de tantos devaneios religiosos? Ninguém conseguiria ser mais direto do que Tiago ao dizer: "De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?"
É objetividade demais para uma igreja ansiosa por overdoses de sobrenaturalidade inconsequente. Está aberta a temporada de caça a respostas tolas sobre a origem das nossas disputas. Já foram dadas inúmeras, mas todas jogam a culpa para fora de nós. Vamos enumerar algumas:


1.É demônio.
2.Foram as baforadas do charuto do "caboclo pena brava".
3.É farofa de encruzilhada.
4.Foi o lado sombrio da força.
5.É um sapo enterrado.
6.Pé de coelho.
7.Palavras mágicas
8.Abertura de portais dimensionais.


Pois Tiago simplesmente interrompe esta conversa dizendo que as disputas, as heresias, as guerras, os assassinatos, os assaltos, o tráfico, a disputa pelo poder, a fofoca e o azedume, se alimentam do nosso desejo de prazer. Neste sentido, tem gosto pra tudo. Uns acham a vingança uma delícia, outros se banqueteiam com a falência dos oponentes. Muitos liberam grandes quantidades de adrenalina quando ameaçam, traem, furtam, provocam perdas e desemprego.
Já vi muita gente pedindo a Deus que os ajude a alcançar seus propósitos mais sinistros. Até "homens de Deus" entram nesta fila. 


"...dispersa os meus inimigos; arremessa as tuas flechas e desbarata-os" (Salmo 144). 


Orações visando a queda de oponentes são motivadas pelos mesmos princípios do Vodu, só mudam o nome da entidade invocada. De Exu para Yeshua. Parecidos não é mesmo? Mas será que tudo o que precisamos fazer para invocar a entidade certa, é falar o nome certo? Ou será que precisamos ser movidos pelos motivos e métodos corretos?
Se você quer ter certeza de que a sua oração alcançará os ouvidos certos, não basta dizer aquelas palavras mágicas no final: "Em nome de Jesus, Amém". Antes de fazer um pedido, tenha a certeza de que o seu objetivo prioritário, não é satisfazer instintos baixos como vingança, sexo, domínio, autoridade, dinheiro e posições. 
Quer saber por quê? 

"Pedis e não recebeis porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres" (Tia 4.3).  
Ubirajara Crespo
Recomendo o meu livro Sob Nova direção, que trata de temas como este.
NA EDITORA NAÓS 
www.editoranaos.com.br/loja


E CHEGA DE "171"!!!!!!!