A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.
Mostrando postagens com marcador Orações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Orações. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

"171" O GOLPE RELIGIOSO

A ENGENHARIA DO SUBORNO

Alguns golpes são antigos e  muitos deles, como o vender bilhete de loteria premiado, ainda encontram pessoas dispostas a cair. A oportunidade de colocar a mão na bufunfa costuma ser tentadora. Muitos golpes são bem elaborados e, apesar da sua grande abundância, os golpistas ainda conseguem inovar.
A filosofia por detrás do golpe é sempre a possibilidade de ganho inesperado e acima de tudo fácil.
O sucesso da armação depende da arte cênica e da isca usada para atrair a presa e, principalmente, do tamanho do olho grande da vítima. Hoje, podemos afirmar, sem medo de errar, que o palco mais utilizado pelos espertalhões é o auditório religioso.

Tiago 4. 1-4: "De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres".

O sistema que rege a vida no Planeta Terra é formado por interesses de etnias, costumes, filosofias, posições políticas, estatus, ideologias e religiões. Todos disputando territórios que julgam ter o direito de cobiçar. Empresas tentam conquistar fatias cada vez maiores do mercado. Traficantes e milicianos matam pelo controle de pontos de distribuição de drogas. Partidos negociam cargos e costuram alianças. Nações procuram supremacia. Pedintes, lavadores de para brisas e malabaristas lutam por espaço nos faróis.
Todos possuem táticas peculiares para a realização de seus sonhos de conquista. Terroristas, por exemplo, fazem atentados contra compatriotas mirando em nações opressoras, mas distantes e inatingíveis. Um jeito estranho de fazer guerra, mas sempre tem quem goste.
Neste jogo do poder, vale tudo, articulações, ameaças, alianças, assassinatos, panetone gate, mentiras, formação de quadrilha, corrupção, desvios de verbas, dinheiro na cueca e até mesmo na Bíblia. É o "171 evangélico".
Ao nosso redor fervem disputas, verbais, profissionais, sociais, físicas e agressões armadas. O importante é ganhar a discussão, não importa quem sair ferido.
O que está por detrás de tudo isto, senão a vontade de satisfazer uma carne com fome e sede de poder?
A cobiça se esconde por detrás de fachadas cobertas por camadas como aparência de zelo, sobrenatural idade, emocionalismo, voz trêmula, frases populistas, tremeliques e fervor litúrgico. Tudo preparado para angariar adeptos, aumentar a quantia recolhida, alimentar o estrelismo do líder e manter o delírio coletivo.
O delírio coletivo, diga-se de passagem, é um item imprescindível para a construção de massas estimuladas por causas não compreendidas totalmente. Objetivos são expressos por jargões bem montados, mas não mensuráveis. Isto explica a obsessão de grandes pregadores por auditórios que funcionam como batedeiras de pão onde a massa é manipulada até ganhar a forma desejada. Estes pregadores foram formados na padaria.
Você já se viu como um ingrediente involuntário desta massa? Mesmo sem saber exatamente qual o tipo de bolo que sairá dela. Geralmente o resultado final é que os líderes ficam com o recheio e os ouvintes com o chantili.
Como estes corações são conquistados? A cobiça é o ponto de abordagem, o gancho que leva ao nó final do conto da prosperidade, da submissão e da sacolinha, etc.
A nossa cobiça é o nosso "Calcanhar de Aquiles". Oferte mais, para ganhar mais, receber a cura e ganhar a sua casa própria. A triste constatação é que o povo tem a cobertura que merece.
Pessoas libertas de entidades estimulantes de devaneios triunfalistas estão imunizadas contra este tipo de encantamento. Alguns ministérios invocam a ajuda deste demônio, ao invés de expulsá-los de seus cultos.
Uma pergunta, que paira no ar, levanta a possibilidade de inúmeras respostas: Qual é a origem de tantos devaneios religiosos? Ninguém conseguiria ser mais direto do que Tiago ao dizer: "De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?"
É objetividade demais para uma igreja ansiosa por overdoses de sobrenaturalidade inconsequente. Está aberta a temporada de caça a respostas tolas sobre a origem das nossas disputas. Já foram dadas inúmeras, mas todas jogam a culpa para fora de nós. Vamos enumerar algumas:


1.É demônio.
2.Foram as baforadas do charuto do "caboclo pena brava".
3.É farofa de encruzilhada.
4.Foi o lado sombrio da força.
5.É um sapo enterrado.
6.Pé de coelho.
7.Palavras mágicas
8.Abertura de portais dimensionais.


Pois Tiago simplesmente interrompe esta conversa dizendo que as disputas, as heresias, as guerras, os assassinatos, os assaltos, o tráfico, a disputa pelo poder, a fofoca e o azedume, se alimentam do nosso desejo de prazer. Neste sentido, tem gosto pra tudo. Uns acham a vingança uma delícia, outros se banqueteiam com a falência dos oponentes. Muitos liberam grandes quantidades de adrenalina quando ameaçam, traem, furtam, provocam perdas e desemprego.
Já vi muita gente pedindo a Deus que os ajude a alcançar seus propósitos mais sinistros. Até "homens de Deus" entram nesta fila. 


"...dispersa os meus inimigos; arremessa as tuas flechas e desbarata-os" (Salmo 144). 


Orações visando a queda de oponentes são motivadas pelos mesmos princípios do Vodu, só mudam o nome da entidade invocada. De Exu para Yeshua. Parecidos não é mesmo? Mas será que tudo o que precisamos fazer para invocar a entidade certa, é falar o nome certo? Ou será que precisamos ser movidos pelos motivos e métodos corretos?
Se você quer ter certeza de que a sua oração alcançará os ouvidos certos, não basta dizer aquelas palavras mágicas no final: "Em nome de Jesus, Amém". Antes de fazer um pedido, tenha a certeza de que o seu objetivo prioritário, não é satisfazer instintos baixos como vingança, sexo, domínio, autoridade, dinheiro e posições. 
Quer saber por quê? 

"Pedis e não recebeis porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres" (Tia 4.3).  
Ubirajara Crespo
Recomendo o meu livro Sob Nova direção, que trata de temas como este.
NA EDITORA NAÓS 
www.editoranaos.com.br/loja


E CHEGA DE "171"!!!!!!!