A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A UNÇÃO DA TROMBADA




Nossa percepção do erro dos outros é simplesmente extraordinária. A verdade é que quanto mais falamos das fraquezas alheias, menos pesadas e graves parecem as nossas falhas. Geralmente somos mais intransigentes com os erros do outro do que com os nossos.

Não me lembro de ter falado de meus erros de forma tão específica, convincente e pública quanto falo sobre os erros alheios. Sem dúvida alguma a fofoca é um analgésico capaz de aliviar a minha consciência. Biblicamente falando, o uso deste o remédio pode até provocar um alívio passageiro, mas nos manterá longe de uma cura definitiva. Quanto maior for a dor e o sentimento de perda, maior será o nosso investimento na pesquisa do remédio que cura.

A intriga é um vício que tende a aumentar, fenômeno que ocorre com qualquer outro vício. Uma picadinha aqui, outra ali, mais uma acolá, e de repente aquilo passa a ser uma necessidade quase orgânica. Uma forma destrutiva de fugir da realidade que envolve a destruição da reputação alheia e da minha condição de ser humano.

Jesus nos ensinou a andar na contramão dos sistemas humanos. Segundo Ele, ao comparar meus pecados com os dos outros devo cultivar a sensação de que minhas pálpebras carregam um poste. Fato que provoca uma incrível distorção visual. 

Esta autopercepção exige concentração, cuidados e esforços extremos para resolver o meu problema. Afinal, o olho é uma área tão sensível, que um simples cisco pode levar o motorista a colidir com um poste. Imagine, então, se durante esta colisão, este mesmo poste entrasse por inteiro no seu olho. O cisco do outro só precisa de um soprinho, enquanto que o meu poste precisa do guindaste, do Munk, do Corpo de Bombeiros, do Resgate, da Defesa Civil, do encanador, da broca, do bisturi e de outras coisas mais. É melhor se for tudo sem anestesia. Afinal, pecado que não dói não é confessado.

Se eu for capaz de tratar do meu pecado sob esta perspectiva, posso olhar de forma mais misericordiosa para o pecado do irmão. Posso e devo olhar, porque a misericórdia, exige alguma dose de percepção mas isto é matéria ligada a outro texto bíblico. 

Quero apenas concluir dizendo que já recebi a unção da multiplicação, da alegria, da cura, do sucesso, do discernimento, da ousadia, da sobrenaturalidade, entre outras, mas nenhuma delas me ajudou tanto como a UNÇÃO DA TROMBADA NO POSTE. Troco todas elas por esta.


Ubirajara Crespo

quinta-feira, 27 de maio de 2010

PESADO EM BALANÇA VICIADA

Amados. Hoje me senti encurralado durante minha devocional. 

Veja o motivo:

Lc 6.37,38: Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também. 

Jesus mostra um passaporte capaz de abrir fronteiras relacionais. Ele nos convoca para um amplo geral e praticamente irrestrito desarmamento em nossos relacionamentos interpessoais. O desarmamento é praticamente irrestrito porque a verdade deve sempre ser dita, desde que o façamos em amor, pois segundo Paulo, o apóstolo, "o amor tudo vê".

Antes de continuar esta conversa, preciso dfar um a viso: Cuidado!!! Estamos pisando em solo minado, no qual, como em nenhum outro, vale a máxima que diz: - Colhemos o que plantamos.

Geralmente usamos, em nossos julgamentos do alheio, um peso diferente do que usamos conosco. Nossas medidas tendem a extremos quando comparamos os seus erros do outro com os nossos acertos ou os seus acertos com os nossos erros. Talvez haja um empate numérico entre os que se avaliam para mais ou para menos. A Bíblia nos exorta a não pensar a nosso respeito mais do que convém, mas não diz que, para alcançar esta elevação, devemos pensar menos do que convém. 

Isto seria invocar um problema de autoimagem.

Jesus ensinou uma infalível técnica que nos ajuda a manter o equilíbrio neste fio esticado entre os abismos da soberba e da inferioridade: "Amar ao próximo como a nós mesmos".

Será que posso colocar o meu próximo na mesma balança na qual eu me peso?
Esta balança é viciada, acusa um peso determinado pelos meus preconceitos. Quando uso este tipo de balança estou, na realidade, julgando a mim mesmo, pois não consigo evitar comparações. Confesso a ti, Jesus, o uso, em medida inaceitável, de padrões unilaterais, isto é, os meus.

Olho para o outro com óculos multifocais. Dependento da figura, uso a lente de aumento, ou a que diminue. Olho de perto, de longe e à meia distância. Sou membro da raça humana, mas não tenho o direito de usar isto como justificativa. Nossa tendência é olhar para os outros de um jeito desproporecional ao que olhamos a nós mesmos. Quem não sabe se amar na medida certa, distorce a sua visão do próximo, às vezes para mais, às vezes para menos.

O resultado será sempre o mesmo. Os outros utilizarão comigo, os mesmos critérios que uso para medí-los. Jesus disse que, para isto, usarão fórmulas matemáticas exatas.

"...perdoai e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também".

Ubirajara Crespo

terça-feira, 25 de maio de 2010

Autor de Entrevista com o demônios responde perguntas indiscretas

Nos dê um pequeno resumo a respeito de seu livro

O livro “Entrevista Com O Demônio” é uma obra de ficção evangélica onde o personagem principal, um repórter ateu, narra sua aventura por ter procurado entrevistar pessoas supostamente possuídas por demônios, com o objetivo de evidenciar que demônios, assim como qualquer outro tipo de entidade espiritual, realmente não existem, mas, no transcorrer de sua reportagem, ele se deparou com o inesperado, ou seja, com um verdadeiro demônio.
O demônio, de forma amistosa, em entrevistas, menciona diversos eventos históricos onde, supostamente, há a intervenção de anjos caídos. A reportagem parece ficar satisfatória, mas o demônio começa a interferir na vida pessoal do repórter, levando-o a se envolver cada vez mais com o mundo do oculto e sobrenatural, sob a promessa de se livrar de desagradáveis manifestações paranormais que se iniciaram após a entrevista.

O que o motivou a escrevê-lo?

A primeira motivação, que acredito que deva estar diante de qualquer literatura cristã, é contribuir para a propagação do Evangelho, apesar da história girar ao redor do envolvimento de homens com demônios. Outra motivação, que determinou o tipo de tema abordado, foi a necessidade de alertar as pessoas quanto ao perigo de envolvimento com o sobrenatural, pois, apesar de se tratar de uma ficção, apresenta diversos fatos reais que mostram que entidades malignas podem nos influenciar de forma sutil e perigosa, passando-se por anjos, santas e, atualmente, até mesmo por extraterrestres que supostamente fazem contatos telepáticos com a humanidade. Por mais bem intencionadas que estas entidades possam parecer quando disfarçadas de espíritos bondosos, uma análise mais profunda revela que elas tentam ofuscar ou denegrir os ensinamentos bíblicos para enfraquecer o legítimo cristianismo, criando religiões ou filosofias anticristãs que afastam a humanidade de seu criador.

Qual é a importância deste tema?

Este tema se torna importante quando alerta pessoas quanto ao perigo de se envolver com práticas ocultistas de qualquer tipo, principalmente aquelas que aparentemente não são perigosas, tais como desenvolver a mediunidade para se livrar de certos desconfortos ou tentar contatar anjos. Estas práticas dão oportunidade para que seres malignos se manifestem disfarçados de seres de luz. O único ser sobrenatural que devemos procurar é Deus, o surgimento de anjos é mera e rara conseqüência de nossa comunhão com Deus. O único meio de se falar com Deus é através de oração, tendo a Jesus como mediador, se recorrermos a outras formas de comunicação, estaremos dando oportunidades a Satanás para que ele se passe até mesmo por Deus para nos manipular.

De que modo você consegue introduzir ensinamentos durante uma obra de ficção?

Uma ficção, para garantir pelo menos o mínimo de qualidade aceitável, deve ser verossímil. Deve pelo menos parecer, de alguma forma, com uma história real, assim, torna-se até fácil introduzir ensinamentos na ficção, pois os ensinamentos que são úteis na vida real certamente serão úteis na vida dos personagens. Acredito que as obras de ficção são valiosas ferramentas que podem nos mostrar o valor de ensinamentos em situações hipotéticas que poderão surgir no mundo real ou que até mesmo já ocorreram, mesmo que não tenhamos tomado conhecimento disto.

Como podemos resistir aos poderes malignos mencionados no livro?

Acredito que o primeiro cuidado que devemos ter com relação aos poderes malignos é manter-se distante do ocultismo sempre que possível. Analisando casos reais, observamos que a maioria das pessoas, que tem problemas com o sobrenatural, procurou certo envolvimento com práticas ocultistas. A Bíblia é nosso melhor manual de procedimentos para resistir aos poderes malignos. Vemos, por exemplo, em Deuteronômio 18:10-11 algumas sugestões para resistir ao mal: Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti”.
Acredito que histórias semelhantes ao do personagem Samuel, de “Entrevista Com O Demônio”, realmente ocorrem, e se iniciam com uma despretensiosa aproximação ao mundo oculto, mesmo que seja apenas para dar uma espiadela.
Agora, se a pessoa já está envolvida, resta apenas pedir socorro a Deus através de Jesus, pois somente Deus é capaz de realmente nos livrar dos males causados pelos poderes malignos. É grande presunção pensar que podemos resistir aos poderes malignos apenas com nossos esforços. Se a solução não vier através de Jesus, provavelmente não é uma solução de Deus e nem mesmo é uma verdadeira solução, por mais que pareça ser. Acredito que muitas pessoas, principalmente no mundo do espiritismo, pode se sentir livre de certas opressões malignas, mas isto é uma ilusão. O mal pode estar se manifestando de uma maneira tão sutil que a pessoa não percebe, pois as conseqüências podem ocorrer somente no mundo espiritual, tal como uma morte sem Cristo após uma vida aparentemente feliz e tranqüila.

Você pretende dar continuidade a esta mesma história?

Sim, pois acredito que o tema ainda está longe de se esgotar.

Fale um pouco sobre você.

Sou casado, tenho um filho de 24 anos, estou com 46 anos e há quase trinta anos sou evangélico. Também sou Oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Atualmente comando uma Companhia de Policiamento. Acredito que minha formação e experiência profissional ainda contribuirão para que eu escreva algumas histórias interessantes. Como Tenente, dentre outras funções, trabalhei em um presídio militar, onde tive a oportunidade de evangelizar. Também trabalhei, por algum tempo, como Comando de Força Patrulha, no estremo da Zona Sul da cidade de São Paulo, onde fica o Jardim Ângela, que já foi considerada uma das regiões mais violentas do mundo.


Sérgio Sulleyvan