Daniel 3: O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro,
cuja altura era de sessenta côvados, e a sua largura de seis côvados; levantou-a
no campo de Dura, na província de babilônia.
É provável que esta
imagem se parecesse muito com Nabucodonosor, pois se tornou um símbolo religioso
nacional. Provavelmente a sua confecção visava criar, em todo o reino, uma
unidade em torno da religiosidade que ela viesse a inspirar. A lista de
participantes formada por sátrapas, prefeitos, governadores, juízes,
tesoureiros, magistrados, conselheiros e oficiais das províncias mostrava a
importância e a abrangência mundial daquele ato religioso.
Os babilônios já
estavam acostumados com as religiões impostas por decreto
imperial.
Daniel e seus amigos
também estavam ali e eram vistos como forasteiros que ocupavam altos postos no
governo. Alguns setores e aspirantes aos cargos políticos os viam como invasores
alienígenas. A inveja corroia o coração dos nativos que julgavam ser as pessoas
certas para aquelas posições, o que os tornava alvos de constantes conspirações.
Dn 3.8: Por isso, no mesmo instante chegaram perto alguns
caldeus, e acusaram os judeus.
Estes conspiradores
sabiam que o quarteto não entraria naquele jogo político/religioso e lhe
prepararam uma emboscada na qual certamente cairiam. Daniel foi poupado desta
acusação (v.14), talvez porque entre os quatro era o preferido do Rei.
Nabucodonosor, por sua vez, se tornara presa da sua soberba e do decreto que
havia assinado.
O ambiente era propicio
para o golpe, principalmente levando em conta que Palavra de Rei não volta
atrás. Visto serem os favoritos da corte, o rei lhes deu uma segunda chance, da
qual se aproveitaram, mas apenas para dar um belíssimo testemunho de sua fé em
Deus (Vs.17,18).
Fe que foi honrada em
meio a um grande desafio e o apreciando a distancia este seu comportamento
percebemos o quão tímidos somos, quando se trata de enfrentar a pressão e a
intimidação do inimigo. Quantas vezes você cedeu diante de temperaturas mais
amenas? No caso deles o botão da que regulava a temperatura da fornalha girou
varias vezes em torno do seu eixo.
O desfecho não poderia
ser mais apoteótico: Nabucodonosor aplaudiu a desobediência ao seu próprio
decreto ao invés de atiçar ainda mais o fogo, reconhecendo publicamente que o
Deus dos Hebreus era o maior de todos os deuses (vs.28,29). Foi ele quem compôs
uma das mais lindas frases da historia: "Não ha outro Deus que possa livrar como
este"!
Posso ouvir um
ALELUIA!!!!
Ubirajara
Crespo