A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.
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domingo, 8 de julho de 2018

Torre de Babel existe e está funcionando

De uns anos para cá surgiram muitos grupos religiosos montaram uma fórmula de governo eclesiástico centralizada e inspirada na Torre de Babel. Estes grupos não possuem um histórico, uma origem clara documentada e estão aumentando.

Trata-se da montagem de uma pirâmide governamental em cujo cume está uma pessoa, que na maioria das vezes não é Jesus, mas que possui, segundo seus idealizadores, a capacidade de falar em nome dele para uma escala descendente de seguidores alucinados. 

Esta nova fórmula religiosa construiu mais um degrau de acesso para Deus e costuma lhe dar o título de apóstolo, mas existem outros títulos que utilizados por estes grupos. 

Deus não construiu degraus intermediários nem vias de acesso extras para ele. Há um só caminho, que é Jesus. Foi ele mesmo quem disse: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14.8). 

Cristo é mais do que um degrau ele é o elemento chave. Chegou nele, então já chegou. Ele é o ponto de partida, o caminho e o ponto de chegada. Como ele disse, quem vê a mim, vê ao Pai. 

Todo crente em Jesus tem o direito de funcionar como guia capaz de apontar este caminho. Isto nos dá o direito de exercer o sacerdócio em condições de igualdade (1Pd 2.9). Não existem hierarquias ascendentes na Casa de Deus, mas descendentes, do tipo que nos faz desejar, ardentemente, a posição de Servos Despojados.

"Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus,  o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos. Esse foi o testemunho dado em seu próprio tempo".

1 Timóteo 2:5‭-‬6

UbiraCrespo 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

MODELOS RELIGIOSOS ENGARRAFADOS

ONDE ESTÁ O "SACA RÔLHAS"

Grupos religiosos se formaram e montaram esquemas fechados. Cada um deles tem um formato onde o crescimento é avaliado de acordo com a sua adaptação a este formato. Isto inclui a forma de louvar, de pregar, de cumprimentar, de falar e de vestir. Quanto mais parecidos com o esquema, mais você cresceu.


A única porta de saída para crescer e voar está fechada. O leão de chácara é o líder centralizador. Você cresce dentro do esquema religioso pré moldado montado por um caudilho. Ele é a rolha desta garrafa jamais ultrapassada.


Não importa o título que lhe dão. Pastor, missionário, bispo, apóstolo, patriarca. Nosso problema não é com o título, mas com o modelo imposto.


Esta pessoa nos impede até de olhar para Jesus, pois ele é colocado como um intermediário entre nós e Cristo, um degrau a ser alcançado antes de chegarmos a Jesus.



Há um só mediador entre Deus e o homem, Jesus Cristo. O líder deveria se manter na posição de facilitador, de porta sempre aberta para o crescimento, um trampolim e não uma rolha.

No Gênesis está escrito que cada um deve se reproduzir segundo a sua espécie. 

Por qual motivo os grupos apostólicos e outros modelos centralizadores podem ter vários pastores, mas somente um bispo, ou apóstolo ou vários apóstolos e um só patriarca?

Por que alguns grupos religiosos têm um pastor, vários presbíteros e diáconos? 

Será medo de ser ultrapassado? 

Acho que a coisa funciona mais o menos deste modo: - Se alguém chegar no meu nível eu preciso inventar um cargo maior e ser o primeiro a ocupá-lo.

A própria construção do salão de cultos é feita de forma a centralizar a atenção de todo mundo em uma única pessoa. Ele fala e os outros ouvem.

Sair deste ponto e chegar ao modelo atual de apostolado foi só uma questão de tempo. Gostaria de nem sequer ver o que ainda vem pela frente.

A apostolicidade moderna é apenas um dos títulos usados para reforçar a nossa sede de poder.
Em alguns ambientes o título de pastor já serve. Só muda o público alvo. O pastor domina uma igreja, o presidente dos jovens, uma parte dela e o pai domina uma família. O apóstolo tem seu domínio ampliado por que a sua sede é maior e a sua eficiência também.

O problema não está no título, mas no tamanho da sede pelo poder. No fundo, no fundo, é tudo farinha do mesmo saco.

Jesus abriu passagem ao dizer: Quem crer em mim fará as mesmas obras e ainda maiores.

Ele não dá fechadas e não teme ser ultrapassado. Sua posição está garantida pelo Pai.

Ubirajara Crespo

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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Foi gerado no Motel ou em Casa?

Romanos 1.5 "(Cristo) por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome, para a obediência por fé, entre todos os gentios".

Paulo recebeu Graça e apostolado. Depositário da graça é uma condição alcançada mediante esforço nenhum. A expressão (Graça) é o mesmo que ganhar dons, talentos, prêmios e capacitações sem merecer. Se sou filho, sou automaticamente herdeiro. Já o apostolado é uma tarefa que demanda esforço para ser exercida.

A Graça exige estagnação, o apostolado exige movimentação. A palavra apostolo é um substantivo grego, que significa enviado. Na sua forma verbal, poderia ser traduzido como "ir". Tem um pé no chão e outro na estrada.

Visto desta forma, o pastor é o que fica e o apóstolo é o que vai. Se ficar é pastor e se for é apóstolo.

A mãe das abominações institucionalizou esta função, transformando-a em um título hierárquico. Passou a ser um centralizador de jogadas, um "manda chuvas" sentado em uma sala confortável, rico e cercado de vaquinhas de presépio. Uma posição exercida em nome de uma fantasiosa teocracia, que de bíblica só tem o nome.

O verdadeiro apóstolo está sempre recomeçando, enquanto o pastor está sempre estabelecendo. Ambos têm como alvo principal de vida "a sua obediência pessoal por fé, entre todos os gentios, de onde fomos chamados para sermos de Jesus Cristo" (Romanos 1.6). Um alvo que é extensivo a " todos os amados de Deus, que "estão" em Roma (E por que não incluir todos os lugares do mundo?), chamados para serdes santos" (v.7).  

Olhando para a Igreja contemporânea, diria que o obreiro no qual a roupa apostólica tem o melhor caimento é justamente quem não utiliza a marca: o missionário. O tal que usa roupa de brechó e anda em lombo de jegue.

O missionário não centraliza as decisões de um império religioso, nem desfruta das suas benesses, mas está sempre além do horizonte, em locais onde não estamos dispostos a ir.

O missionário urbano também se encaixa nesta descrição. Algumas cidades abrigam outros povos, outras culturas e outros costumes: Estrangeiros, drogados, presidiários, nômades, mendigos, moradores de rua e as favelas.

Seja para ir ou ficar, ambos necessitam de um envio. Ninguém pode se autoproclamar "o tal", tipo: - Sou representante do "Eu sou", e vocês "vão ter de me engolir". Uma postura evidentemente mosaica, mero messianismo imposto.  Herdeiro gerado fora de casa. O filho legítimo é concebido no quarto da casa, e os bastardos no motel.

A Igreja local é a eleita de Deus para ser o centro das ações divinas e a sua máxima representante. Acima dela só Jesus, pois há um só mediador entre Deus e o homem: Jesus Cristo, o Justo.

A relação do obreiro com a Igreja Local é de servidão e não de mando. Um título outorgado por organizações e pessoas que não foram concebidas na Igreja local, tem valor apenas institucional e não espiritual. Foi gerado por um invasor infiltrado, um conquistador, um sedutor, um contaminador.

A hora é de arrependimento, de zerar tudo e de buscar um recomeço baseado na Palavra e não em supostos impulsos "rema". Estes impulsos são facilmente influenciados por nossa imaginação, vontade, preferência e emoção. Submeta-se somente à Palavra.

Ubirajara Crespo

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Carta de um pastor a um apóstolo


Digão

Oi, Joãozinho, como você vai? Rapaz, estou com saudades de você, dos tempos do seminário, quando eu, você e a minha esposa nos divertíamos com os outros colegas comendo pastel com garapa, mas também nos consternávamos em ver como éramos pequenos diante da infinita graça e misericórdia do Senhor. A saudade deve ser porque estou remexendo minhas coisas, e achei alguns cadernos daquele tempo, com meus garranchos que, acho, nem eu conseguirei mais ler! Realmente, você tinha razão, minha letra era (e continua sendo) horrorosa!
Recentemente encontrei na internet o site da igreja que você pastoreia. Rapaz, que coisa linda! E como vocês cresceram! Que povo animado e alegre, ao menos pelo que vi das fotos!
Mas, Joãozinho, o motivo de lhe escrever vai além da saudade e do apreço que tenho por você. Estou muito preocupado, sabe? Como você mesmo disse, eu sou “muito eu”, ou seja, não consigo esconder algo que sinto. E me sinto no dever de falar com você.
Vi que você agora é chamado de apóstolo. Apóstolo, Joãozinho? APÓSTOLO? Que loucura é essa, amigão? Quem te ordenou? Por qual concílio você passou?
Sempre considerei você um cara equilibrado. Admirava sua fé pentecostal, apesar de eu não ser um, porque via em você a integridade e a pureza dos santos. Porém, ao ver a foto com a legenda “apóstolo João”, senti que a pureza dos santos foi trocada pelo pragmatismo dos espertos mercenários. Vi que, apesar do sorriso da foto, você não parecia mais o mesmo sujeito alegre e feliz de sempre.
Tivemos a mesma instrução teológica, os mesmos professores, os mesmos colegas, os mesmos conflitos internos... Meu irmão, por que você vendeu seu posto de atalaia do Senhor por um prato de lentilhas pós-modernas e que zombam do cristianismo verdadeiro? Por que, para você, um pastor deve agradar sua platéia, esquecendo-se de quem é? Joãozinho, isso não é chamado ao pastorado, mas sim hipocrisia com uma grossa camada de verniz religioso. O mesmo verniz religioso que tampou a podridão daqueles que se levantaram contra o Senhor, mandando-o para a cruz. Joãozinho, eu sei, você não é um deles! Saia desse meio, antes que chegue a se tornar um deles!
Você sabe que, antes de me converter, eu me bandeava pros lados do esoterismo. Porém, meu amigo, esse “novo mover” em que você diz que anda, além de uma agressão gramatical (é duro um verbo se transformar em substantivo na marra!), nada mais é do que aquele velho misticismo em que eu andava antes de conhecer a Cristo. Se você estivesse sem Cristo, eu até entenderia essa história de anel de autoridade e cobertura espiritual. Porém, com Cristo somos interdependentes, nos submetemos uns aos outros e todos a Cristo apenas. Portanto, considero espúria toda essa nova moda em que você se meteu.
Sei bem que ajuda a crescer, e como ajuda. Porém, lembrando daquele missiólogo que estudamos, Orlando Costas, câncer também cresce, e de maneira desordenada. E você está no meio de uma metástase, mano! Sai logo daí!
Tenho orado muito por você. Saiba que vou orar ainda mais, para que você redescubra a alegria e a dor de ser pastor, e abandone esse neopaganismo apostólico -- onde já se viu um apóstolo, como os atuais, negarem o ensino de Cristo?
Que o Senhor lhe dê graça e lhe abra os olhos.
Obs.: Alguns dados são ficcionais, mas a realidade, por ser tão absurda, supera a ficção.

Digão fica cada vez mais perplexo com as invencionices gospelentas, e compartilha sua perplexidade aqui no Genizah.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

APÓSTOLOS CONTEMPORÂNEOS


O BASTÃO APOSTÓLICO DE MÃO EM MÃO


Mateus 13.1-4: E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.


Este foi o momento em que Jesus transferiu a autoridade que recebera do Pai. A lista de pessoas a quem este poder era transferido foi muito específica. Só faltou o CEP, porque foi entregue em mãos. Não existe neste texto, qualquer indicação de que outros, além destes, receberiam este mesmo envelope.

A Igreja, como instituição, ainda não existia e todos os presentes eram fiéis seguidores dos costumes e ritos do judaísmo. Embora os seus não o recebessem, foi prioritariamente para eles que Ele veio. Este parece ter sido um momento único.

Textos posteriores como Efésios 3.10, dizem a Cabeça é para o Corpo, como um todo, e não para um membro especial. É preciso estar no Corpo para ter uma cabeça. Ao Corpo cabe o papel intransferível de representante de Cristo perante o mundo e a cada um de seus membros, o de representá-la perante os indivíduos. O relacionamento de Jesus com estes 12 apóstolos foi peculiar e intransferível. Até pouco tempo isto era universalmente aceito.

Os reformistas, demasiadamente cautelosos, o que era de se esperar, devido ao contexto de onde saíram, construíram um pacote contendo salvaguardas contra o ressurgimento do papismo. Havia o temor de que alguém, se achando “depositário final” desta autoridade, caísse na tentação de usá-la para conquistar seguidores subservientes. O problema é que deixaram de fora o poder concedido à Igreja para a realização do milagre. À Igreja e não ao indivíduo foi dito: Buscai (plural) com zelo os melhores dons.

O dom pertence à Igreja e não ao indivíduo. O indivíduo é da Igreja e não a Igreja do indivíduo. A autoridade não é transmitida de uma pessoa para outra, mas do Corpo para cada um dos seus membros.

Já trocamos a infalibilidade de um único papa pela infalibilidade de uma multidão de apóstolos. creio, porém, que esta posição, quando ocupada por uma pessoa humilde, não cria grandes problemas. Mas será isto possível? A história mostra que pessoas humildes não costumam se assentar em tronos. Faraós e Césares aceitaram, sem resistência, serem tratados como deuses. De lá para cá esta lista foram acrescentado nomes como Hitler, Mussolini, Mao Tse Tung, Sadan, Hugo Chaves e outros caudilhos contemporâneos.

Os apóstolos que ocupam o ranking dos 10 mais centralizadores do momento conquistaram este reconhecimento graças ao seu empreendorismo, carisma, ousadia e fé, jamais pela sua humildade. Com o surgimento das Mega Igrejas, títulos honoríficos de diversos calões proliferaram.

O extraordinário crescimento de impérios religiosos totalitaristas exigiu uma adaptação doutrinária que justificasse esta ocorrência. De um modo geral, as novas teologias partem de revelações capazes de fornecer uma blindagem construída com linguajar piedoso, propósitos coloridos e emocionadas citações arranjadas de capítulos e versículos.

A apostolicidade é bíblica, pois é na palavra que descobrimos a existência de pessoas como Paulo e Barnabé exercendo este papel sem que fizessem parte dos 12 primeiros. O modelo a ser seguido é de humildade, serviço, espiritualidade, obediência a Deus e à Igreja, única capaz de falar em nome de Deus.

O mensageiro só pode falar quando autorizado e enviado pela Igreja. Paulo, um dos enviados para este serviço se colocava na posição de escória e não na pele de um diamante.


Ubirajara Crespo