A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.
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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Foi gerado no Motel ou em Casa?

Romanos 1.5 "(Cristo) por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome, para a obediência por fé, entre todos os gentios".

Paulo recebeu Graça e apostolado. Depositário da graça é uma condição alcançada mediante esforço nenhum. A expressão (Graça) é o mesmo que ganhar dons, talentos, prêmios e capacitações sem merecer. Se sou filho, sou automaticamente herdeiro. Já o apostolado é uma tarefa que demanda esforço para ser exercida.

A Graça exige estagnação, o apostolado exige movimentação. A palavra apostolo é um substantivo grego, que significa enviado. Na sua forma verbal, poderia ser traduzido como "ir". Tem um pé no chão e outro na estrada.

Visto desta forma, o pastor é o que fica e o apóstolo é o que vai. Se ficar é pastor e se for é apóstolo.

A mãe das abominações institucionalizou esta função, transformando-a em um título hierárquico. Passou a ser um centralizador de jogadas, um "manda chuvas" sentado em uma sala confortável, rico e cercado de vaquinhas de presépio. Uma posição exercida em nome de uma fantasiosa teocracia, que de bíblica só tem o nome.

O verdadeiro apóstolo está sempre recomeçando, enquanto o pastor está sempre estabelecendo. Ambos têm como alvo principal de vida "a sua obediência pessoal por fé, entre todos os gentios, de onde fomos chamados para sermos de Jesus Cristo" (Romanos 1.6). Um alvo que é extensivo a " todos os amados de Deus, que "estão" em Roma (E por que não incluir todos os lugares do mundo?), chamados para serdes santos" (v.7).  

Olhando para a Igreja contemporânea, diria que o obreiro no qual a roupa apostólica tem o melhor caimento é justamente quem não utiliza a marca: o missionário. O tal que usa roupa de brechó e anda em lombo de jegue.

O missionário não centraliza as decisões de um império religioso, nem desfruta das suas benesses, mas está sempre além do horizonte, em locais onde não estamos dispostos a ir.

O missionário urbano também se encaixa nesta descrição. Algumas cidades abrigam outros povos, outras culturas e outros costumes: Estrangeiros, drogados, presidiários, nômades, mendigos, moradores de rua e as favelas.

Seja para ir ou ficar, ambos necessitam de um envio. Ninguém pode se autoproclamar "o tal", tipo: - Sou representante do "Eu sou", e vocês "vão ter de me engolir". Uma postura evidentemente mosaica, mero messianismo imposto.  Herdeiro gerado fora de casa. O filho legítimo é concebido no quarto da casa, e os bastardos no motel.

A Igreja local é a eleita de Deus para ser o centro das ações divinas e a sua máxima representante. Acima dela só Jesus, pois há um só mediador entre Deus e o homem: Jesus Cristo, o Justo.

A relação do obreiro com a Igreja Local é de servidão e não de mando. Um título outorgado por organizações e pessoas que não foram concebidas na Igreja local, tem valor apenas institucional e não espiritual. Foi gerado por um invasor infiltrado, um conquistador, um sedutor, um contaminador.

A hora é de arrependimento, de zerar tudo e de buscar um recomeço baseado na Palavra e não em supostos impulsos "rema". Estes impulsos são facilmente influenciados por nossa imaginação, vontade, preferência e emoção. Submeta-se somente à Palavra.

Ubirajara Crespo

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PAIS, APÓSTOLOS E PAIPÓSTOLOS

Ef 6: E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas.


Ameaça é uma característica de quem tem muita munição e pelo menos um alvo onde atirar Estes alvos podem se multiplicar, depende do número de empregados, das regalias oferecidas, do tamanho da estrutura e da necessidade de permanecer no emprego. A ameaça é a arma dos líderes medíocres e incompetentes.

O líder de verdade é um motivador por excelência, e ele mesmo, é um importante fator motivacional. É movido por metas e ideais que consegue transferir para o coração de seus liderados. Sabe formar um time, descobrir capacitações, valorizá-las e distribuí-las onde e quando funcionam mais harmoniosamente na equipe.

Jesus é o modelo a ser seguido pelo patrão que deseja aprender a tratar o empregado. Sendo Deus, não impôs aos seguidores uma relação escravagista, embora possuísse dfireitos e poderes para fazer este tipo de pressão. Preferiu conquistar pelo amor. Conviveu de pés descalços, se expôs, riu, chorou, conversou, expôs necessidades íntimas, se humilhou, lavou os seus pés e participou de festas públicas, familiares e particulares. E tem mais, se naquela época existisse futebol, jogaria, só para mostrar a importância de passar a bola e delegar jogadas.

Ninguém transmite valores subjetivos, metas de vida e comprometimento pessoal, escondendo-se atrás de uma porta fechada. Ninguém pode se considerar a última palavra, porque esta foi reservada para o único que pode mantê-la indefinidamente sob a sua guarda: Jesus!

Se você não consegue ver ninguém acima de você, seu mundo interior está perto de um terrível desastre. É por este motivo que não sou apostólico, pois não quero ser guiado por alguém que tem este tipo de visão a seu respeito. Apostolicidade não é posição hierárquica, é função. Não quero terminar no mesmo buraco para onde este diabólico modelo de liderança está indo. Digo diabólico porque é especialidade do diabo usar de forma distorcida títulos, tarefas e comportamentos divinos.

Vejamos o que a Bíblia diz a respeito.

1.Cuidado com o clone. O uso do titulo certo, pode ser um disfarce para encobrir o conteúdo certo.

Mt 7.15: "Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores".

2.O tôpo da hierarquia divina não é uma pessoa, mas a Igreja local.

Ef 3.10: "...pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torna conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais".

3.Um grupo e não um indivíduo toma decisões e estabelece rumos.

Atos 13.1,2: Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.

4.A pessoa mais importante é sempre o próximo e nunca eu.

Fl 2.3: Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.

5.Dinheiro, dons e capacitações são ferramentas de serviço e não de domínio.

Cl 2.18: "Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal"

6.A submissão é horizontal e não vertical, ou seja, de uns para os outros e não dos todos para mim.

Cl 3.16: "Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração".

7.Paulo não relacionava os apóstolos como parte do grupo de liderança na Igreja local.

Fl 1.1: "Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos".

Espero que estes texto o conduzam à uma profunda reflexão.

Ubirajara Crespo

terça-feira, 15 de setembro de 2009

APÓSTOLOS CONTEMPORÂNEOS


O BASTÃO APOSTÓLICO DE MÃO EM MÃO


Mateus 13.1-4: E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.


Este foi o momento em que Jesus transferiu a autoridade que recebera do Pai. A lista de pessoas a quem este poder era transferido foi muito específica. Só faltou o CEP, porque foi entregue em mãos. Não existe neste texto, qualquer indicação de que outros, além destes, receberiam este mesmo envelope.

A Igreja, como instituição, ainda não existia e todos os presentes eram fiéis seguidores dos costumes e ritos do judaísmo. Embora os seus não o recebessem, foi prioritariamente para eles que Ele veio. Este parece ter sido um momento único.

Textos posteriores como Efésios 3.10, dizem a Cabeça é para o Corpo, como um todo, e não para um membro especial. É preciso estar no Corpo para ter uma cabeça. Ao Corpo cabe o papel intransferível de representante de Cristo perante o mundo e a cada um de seus membros, o de representá-la perante os indivíduos. O relacionamento de Jesus com estes 12 apóstolos foi peculiar e intransferível. Até pouco tempo isto era universalmente aceito.

Os reformistas, demasiadamente cautelosos, o que era de se esperar, devido ao contexto de onde saíram, construíram um pacote contendo salvaguardas contra o ressurgimento do papismo. Havia o temor de que alguém, se achando “depositário final” desta autoridade, caísse na tentação de usá-la para conquistar seguidores subservientes. O problema é que deixaram de fora o poder concedido à Igreja para a realização do milagre. À Igreja e não ao indivíduo foi dito: Buscai (plural) com zelo os melhores dons.

O dom pertence à Igreja e não ao indivíduo. O indivíduo é da Igreja e não a Igreja do indivíduo. A autoridade não é transmitida de uma pessoa para outra, mas do Corpo para cada um dos seus membros.

Já trocamos a infalibilidade de um único papa pela infalibilidade de uma multidão de apóstolos. creio, porém, que esta posição, quando ocupada por uma pessoa humilde, não cria grandes problemas. Mas será isto possível? A história mostra que pessoas humildes não costumam se assentar em tronos. Faraós e Césares aceitaram, sem resistência, serem tratados como deuses. De lá para cá esta lista foram acrescentado nomes como Hitler, Mussolini, Mao Tse Tung, Sadan, Hugo Chaves e outros caudilhos contemporâneos.

Os apóstolos que ocupam o ranking dos 10 mais centralizadores do momento conquistaram este reconhecimento graças ao seu empreendorismo, carisma, ousadia e fé, jamais pela sua humildade. Com o surgimento das Mega Igrejas, títulos honoríficos de diversos calões proliferaram.

O extraordinário crescimento de impérios religiosos totalitaristas exigiu uma adaptação doutrinária que justificasse esta ocorrência. De um modo geral, as novas teologias partem de revelações capazes de fornecer uma blindagem construída com linguajar piedoso, propósitos coloridos e emocionadas citações arranjadas de capítulos e versículos.

A apostolicidade é bíblica, pois é na palavra que descobrimos a existência de pessoas como Paulo e Barnabé exercendo este papel sem que fizessem parte dos 12 primeiros. O modelo a ser seguido é de humildade, serviço, espiritualidade, obediência a Deus e à Igreja, única capaz de falar em nome de Deus.

O mensageiro só pode falar quando autorizado e enviado pela Igreja. Paulo, um dos enviados para este serviço se colocava na posição de escória e não na pele de um diamante.


Ubirajara Crespo