A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

APÓSTOLOS CONTEMPORÂNEOS


O BASTÃO APOSTÓLICO DE MÃO EM MÃO


Mateus 13.1-4: E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.


Este foi o momento em que Jesus transferiu a autoridade que recebera do Pai. A lista de pessoas a quem este poder era transferido foi muito específica. Só faltou o CEP, porque foi entregue em mãos. Não existe neste texto, qualquer indicação de que outros, além destes, receberiam este mesmo envelope.

A Igreja, como instituição, ainda não existia e todos os presentes eram fiéis seguidores dos costumes e ritos do judaísmo. Embora os seus não o recebessem, foi prioritariamente para eles que Ele veio. Este parece ter sido um momento único.

Textos posteriores como Efésios 3.10, dizem a Cabeça é para o Corpo, como um todo, e não para um membro especial. É preciso estar no Corpo para ter uma cabeça. Ao Corpo cabe o papel intransferível de representante de Cristo perante o mundo e a cada um de seus membros, o de representá-la perante os indivíduos. O relacionamento de Jesus com estes 12 apóstolos foi peculiar e intransferível. Até pouco tempo isto era universalmente aceito.

Os reformistas, demasiadamente cautelosos, o que era de se esperar, devido ao contexto de onde saíram, construíram um pacote contendo salvaguardas contra o ressurgimento do papismo. Havia o temor de que alguém, se achando “depositário final” desta autoridade, caísse na tentação de usá-la para conquistar seguidores subservientes. O problema é que deixaram de fora o poder concedido à Igreja para a realização do milagre. À Igreja e não ao indivíduo foi dito: Buscai (plural) com zelo os melhores dons.

O dom pertence à Igreja e não ao indivíduo. O indivíduo é da Igreja e não a Igreja do indivíduo. A autoridade não é transmitida de uma pessoa para outra, mas do Corpo para cada um dos seus membros.

Já trocamos a infalibilidade de um único papa pela infalibilidade de uma multidão de apóstolos. creio, porém, que esta posição, quando ocupada por uma pessoa humilde, não cria grandes problemas. Mas será isto possível? A história mostra que pessoas humildes não costumam se assentar em tronos. Faraós e Césares aceitaram, sem resistência, serem tratados como deuses. De lá para cá esta lista foram acrescentado nomes como Hitler, Mussolini, Mao Tse Tung, Sadan, Hugo Chaves e outros caudilhos contemporâneos.

Os apóstolos que ocupam o ranking dos 10 mais centralizadores do momento conquistaram este reconhecimento graças ao seu empreendorismo, carisma, ousadia e fé, jamais pela sua humildade. Com o surgimento das Mega Igrejas, títulos honoríficos de diversos calões proliferaram.

O extraordinário crescimento de impérios religiosos totalitaristas exigiu uma adaptação doutrinária que justificasse esta ocorrência. De um modo geral, as novas teologias partem de revelações capazes de fornecer uma blindagem construída com linguajar piedoso, propósitos coloridos e emocionadas citações arranjadas de capítulos e versículos.

A apostolicidade é bíblica, pois é na palavra que descobrimos a existência de pessoas como Paulo e Barnabé exercendo este papel sem que fizessem parte dos 12 primeiros. O modelo a ser seguido é de humildade, serviço, espiritualidade, obediência a Deus e à Igreja, única capaz de falar em nome de Deus.

O mensageiro só pode falar quando autorizado e enviado pela Igreja. Paulo, um dos enviados para este serviço se colocava na posição de escória e não na pele de um diamante.


Ubirajara Crespo

4 comentários:

  1. Tudo que vc colocou demonstra bem o que e o apostolado hoje. Homens sendo empossados por homens e nao pela igrejia. Apostolos impostos por goela abaixo das pessoas da igreja e usando classes de escola dominical e ministracoes arranjadas para defender a tese do apostolado.

    Gostaria de ver se esses homens teriam coragem de largar suas igrejas locais (que e o local de sustento deles) e fabricar tendas ou vender picoles nos cruzamentos para sobreviverem e preparar seus discipulos. Gostaria de ver se esses homens teriam coragem de procurar emprego e pregar o evangelho.

    Ate o moento nao vi em nenhum deles autoridade para operar milagres ou curar as pessoas. Tenho visto muita falacao, porem nada diferente do que a igreja chamada tradicional realiza.

    Quando Jesus foi questionado sobre a autoridade de Joao Batista, ele resondeu: - Ao homem nao pode ser dada coisa alguma se nao for dada do alto. Hoje o poder do alto passa pela Igreja, pelo corpo de Cristo.

    Uma cabeca enferma faz com que todo o corpo fique enfermo. Nunca vi um demente ter um corpo saudavel.

    Rogério carvalho

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  2. Amado pastor Ubirajara,

    Charles Haddon Spurgeon escreveu um texto entitulado "Alimentando as ovelhas ou divertindo os Bodes?".

    Penso que estamos vivendo uma epoca em que muitos querem ser divertidos e para estes aparecerem os mais variados estilos de líderes encarregados de seus cargos que não querem cargas, apenas cargos e títulos.

    Que Deus nos dê o discernimento para saber quem é lobo e quem é pastor !

    Parabéns pelo texto.

    Em Cristo.

    Editora Aleluia

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  3. alimentando ovelhas, divertindo bodes. Gostei muito desta.

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  4. Caro Pr. Ubirajara Crespo,
    Concordo plenamente com o amado!
    Como a coisa virou moda, já tem até gente séria envolvida pelo modismo, aceitando com naturalidade o "ministério apostólico", que a meu ver não passa de um título de luxo para pastores líderes de denominações, o que até bem pouco tempo, juridicamente chamávamos de Pastores Presidente!

    Um grande abraço!
    Pr. Carlos Roberto

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