Apenas cogitacoes:
Ler este artigo abixo ajudará a entender o Apocalipse. O petróleo árabe é um fator capaz de provocar o ARMAGEDOM. Se o preço aumentar demais as nações ocidentais poderão se sentir obrigadas a invadir os poços de petróleo. O ocidente não permitira que os árabes respondam as suas ameaças de boicote, provocando uma bancarrota na Europa e EUA.
Do lado de la viria uma forte reação por parte dos aliados dos orientais (China, Russia), que também sao dependentes deste ouro negro.
Talvez seja esta a solução a ser apresentada pelo anticristo para solucionar os problemas econômicos do ocidente.
As reações bélicas dos orientais explicaria os textos bíblicos que afirmam ser esta uma solução temporária.
Ubirajara Crespo
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RIO - A escalada dos preços do petróleo este ano — o barril do tipo Brent, referência no mercado internacional, já subiu mais de 15% — acendeu o sinal de alerta de economistas e líderes mundiais para os riscos do impacto em uma economia global ainda muito frágil, com os Estados Unidos registrando elevado desemprego e a Europa à beira de nova recessão. Já há quem diga até que o petróleo substituiu a crise da dívida da Grécia como fonte de incertezas.
Em 2012, o preço médio do barril do tipo Brent chega a US$ 117,21, segundo agência Bloomberg até o último dia 28, bem acima da média de US$ 108,77 do ano passado. Especialistas estimam que, se esta diferença de preços (US$ 8,94) se mantiver até o fim do ano, significará perda de até US$ 562 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e riquezas produzidos num país) mundial em 2013. Ou seja, 1% do PIB global. Se levar em conta alta de US$ 17,85 no preço, entre o fim de 2011 (US$ 106,31) e o dia 28 de março (US$ 124,26), até US$ 1,122 trilhão pode virar pó no próximo ano.
Os cálculos da redução do PIB são do economista Daniel Sousa, professor de pós-graduação em Política e Negócios do Clio Internacional, com base em estudo do professor da Universidade de Utah Mingqi Li e em números do Fundo Monetário Internacional (FMI). O chinês avaliou o período entre 1971 e 2010 e conclui que uma alta de US$ 10 no preço do petróleo está associada a uma retração de 0,4% a 1% do PIB mundial no ano seguinte.
A continuidade do cenário de alta de preços abre a possibilidade de um período de “estagflação” — inflação elevada com crescimento baixo. E aqui no Brasil a indústria ligada ao petróleo começou a sentir no bolso o impacto. O custo maior da nafta e dos derivados plásticos já chega a 18% neste ano.
‘Saída da UTI’ seria prejudicada
Vários estudos estimam o impacto do petróleo caro. Na última quinta-feira, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) — que reúne os países desenvolvidos — divulgou que a recente alta dos preços do petróleo pode tirar de 0,1% a 0,2% do crescimento da economia de seus Estados-membros em 2013. Já a agência Fitch projeta que, se o barril tiver preço médio de US$ 150 este ano, o PIB mundial teria queda de 0,4% em 2012 e 0,4% em 2013. No caso do Brasil, a perda seria de 0,7% e 1,3%, respectivamente. O Goldman Sachs, por sua vez, estima que a alta de 10% do preço do petróleo significa perda entre 0,2% e 0,4% do PIB americano este ano e no próximo, respectivamente. Na Europa, o impacto seria de 0,2% este ano e quase zero em 2013.
— A nova alta do petróleo ocorre num momento delicado, em que os Estados Unidos estão se recuperando e a Europa sofre com instabilidade. A economia mundial está saindo da UTI, e pisar em um tubo de oxigênio pode ser complicado. Podemos viver um novo período de “estagflação”, que ocorre após altas do preço do petróleo, que seria uma pitada de sal na atual crise — afirma o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP Simão Davi Silber.
Com crise no Irã, cotação de US$ 200
As incertezas em relação ao Irã, e a demanda de países emergentes têm puxado a alta da commodity. Em relatório recente, o HSBC afirmou que “O petróleo é a nova Grécia”. E a instabilidade em torno do preço vai continuar com força. Daniel Sousa lembra que só haverá decisão sobre uma intervenção no Irã após as eleições nos EUA, em novembro.
— Hoje os estoques de petróleo estão altos, mas são estratégicos, usados em situações emergenciais. A crise no Oriente Médio pode desorganizar a oferta, levando a cotação para algo entre US$ 160 e US$ 200. Com isso, pode-se repetir o cenário dos anos 80, que é recessão com inflação. Os governos teriam de elevar os juros, aprofundando a crise — diz Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo o economista Jeff Rubin, o mundo deve se preparar para uma nova realidade: a energia cara. Ele não acredita em escassez do óleo, mas lembra que os locais de onde se espera aumento de produção — como o pré-sal do Brasil — exigem custo maior.
— O preço do petróleo a três dígitos não é mais um fenômeno cíclico, mas um estado permanente. E vai limitar o crescimento da economia — aponta Rubin, que prevê que o barril alcance cerca de US$ 150 até o fim do ano.
De acordo com Luiz Carlos Prado, professor do Instituto de Economia da UFRJ, a inflação já está alta no mundo inteiro, em relação ao nível atual de atividade econômica:
— A “estagflação” seria um risco real (se o preço do petróleo disparar).Como insumo básico, o petróleo influencia os custos de toda a economia, levando à alta de preços e pressão sobre a inflação. Tradicionalmente, bancos centrais elevam juros neste cenário, mas Silber diz não saber como seria a reação agora:
— Os BCs estão dispostos hoje a aceitar uma inflação mais alta.
No Brasil, o impacto da alta do petróleo é amenizado pela política de preços de longo prazo da Petrobras, que não repassa flutuações diárias. Mas, com um novo patamar, ficará impossível para a estatal não reajustar a gasolina, diz Langoni. Sousa afirma ainda que o Brasil não ficará imune, já que os países desenvolvidos vão crescer menos:
— O petróleo mais caro afeta a economia mundial, pelo lado da oferta, porque aumenta custos. As empresas gastam mais para produzir o mesmo ou até menos.
*Esta reportagem foi publicada no vespertino para trablet "O Globo a Mais".