A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Quem decide onde Deus vai habitar e de qual lado ele ficará?

“Os filisteus tomaram a arca de Deus e a levaram de Ebenézer a Asdode.”
1Samuel 5:1 

Ebenzer: Até aqui nos ajudou o Senhor. 

Parece que a dureza do coração dos israelitas tornou temporário o apoio de Jeová, fazendo com que ele os ajudasse, só até ali e não a partir dali. Somente Deus tem o direito de decidir a quem ajudar e por quanto tempo. 

Os Filisteus deram um tiro no seu próprio pé, pensando que ao controlar a Arca da Aliança, estariam controlando também, o Deus por ela representado. Não sabiam nada a respeito da transcendência divina. Nenhuma obra de artífice tem o poder de conter Deus. Se há um lugar onde ele sempre desejou morar, é o nosso coração. Na realidade a Arca era batata muito quente, que os filisteus tinham em suas mãos. 

Também, quem mandou se meterem com o Eterno? Agora são eles que fazem uso indevido da Arca, acostumados que estavam a conviverem com ícones representativos da divindade que seguiam, pensaram que poderiam aprisionar Jeová dentro de uma gaiola de ouro e transformá-lo em um colaborador de Dagon. Deus mesmo decidiu mostrar quem iria se prostrar diante de quem. O lugar de Dagon era reverenciá-lo de cara no chão. Quem consegue domar o Leão de Judá? Como alguém poderia convencê-lo a trocar de lado? Uma ilusão apenas momentânea, essa de ter conseguido limitar os poderes de Deus. 

Nota: Naquele momento da história era público e notório, que dias uma guerra entre dois exércitos era considerada uma guerra entre seus deuses. 

Se conhecessem os princípios bíblicos saberiam, que “O Santo de Israel” não participa de lutas onde o pecado é o seu combustível ou o seu povo o abandona (LeitComp Is 59.2). Agora, porém, e os Filisteus afrontavam o próprio Deus Vivo. O Senhor dos Exércitos, era representado pela Arca da Aliança. A sua representação foi usurpada das mãos dos israelitas, mas ele mesmo, nunca foi aprisionado. 

El Shaday não precisa de exércitos humanos para se defender, nem de ninguém para decidir em qual cidade onde ele deve morar. Israel era o único povo a quem foi concedido o direito de portar a Arca, mas jamais recebeu qualquer instrução para usá-la como se fosse um talismã. Deixou isto claro quando os filisteus decidiram acomodá-lo em Asdode. Ali a batata ferveu a ponto de se verem obrigados a devolver a Arca para o povp que Deus escolheu para transportá-lo. 

“Então, enviaram mensageiros, e congregaram a todos os príncipes dos filisteus, e disseram: Devolvei a arca do Deus de Israel, e torne para o seu lugar, para que não mate nem a nós nem ao nosso povo. Porque havia terror de morte em toda a cidade, e a mão de Deus castigara duramente ali.”
1Samuel 5:11 

Senhor Jesus, nos livre das tentativas de te manipular.

Ubirajara Crespo 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Até que ponto podemos interferir na história?

Deus está no controle geral da história. Este controle, porém só é exercido, quando nossas decisões particulares influenciam o ambiente profético e o resultado final determinado por Deus para o jogo da vida.

Se Deus direcionasse cada uma das nossas decisões, não existiria pecado, pois foi ele quem nos tentou. Sabemos, porém, que Deus a ninguém tenta (Tiago 3) e que o pecado é uma escolha nossa. Afeta nossa vida, a vida daqueles com quem pecamos e contra quem pecamos. Pode mudar o alvo da nossa vida pessoal, da família, da vizinhança e de uma Igreja. Na maioria das vezes, porém, não altera a direção da história, e se alterar, será dentro dos limites aceitáveis por Deus.

A queda de um passarinho é regida por leis da natureza criadas por Deus e que estão ligadas no automático. Faz parte do conjunto de permissões prévias estipuladas por ele. Quando o homem começa a interferir nestas leis naturais, está chegando a hora de uma interferência final e definitiva, como a volta de Cristo. Este acontecimento fará com que o rumo inicial na seja restabelecido.

Podemos escolher se vamos comer a banana com casca ou sem casca, pois isso não altera o resultado final do Armagedom. Isto é decisão nossa.

No entanto, Deus coloca grades capazes de limitar o alcance de nossas escolhas, mas não impede que nossa capacidade de julgar seja exercida. No entanto, Deus interfere, sempre que nossa liberdade de escolha mudar o rumo final da história. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, seres pensantes, com capacidade moral, instruídos pelas leis de Deus e do país no qual vivemos.

O Soberano Senhor não direciona nossas decisões erradas, nem o Diabo faz isso. Ambos apresentam suas opções e nós escolhemos com qual delas vamos ficar. Na maioria das vezes a nossa carne tem nosso voto, lembre-se apenas de que a nossa liberdade não nos isenta da culpa nem das consequências de nossas escolhas erradas.

Ubirajara Crespo

sábado, 26 de agosto de 2017

Levirato, resgate, redenção e restauração em um só ato

“Boaz subiu à porta da cidade e assentou-se ali. Eis que o resgatador de que Boaz havia falado ia passando; então, lhe disse: Ó fulano, chega-te para aqui e assenta-te; ele se virou e se assentou. Então, Boaz tomou dez homens dos anciãos da cidade e disse: Assentai-vos aqui. E assentaram-se.”
Rute 4:1-2

Rute ainda estava se adaptando aos costumes da terra que elegeu como sua, e Noemi lhe instruiu no capítulo anterior, como proceder para fazer uma aliança de casamento com Boás (veja Rute 3.4). Ele entendeu tudo e logo foi procurar o resgatador que ocupava um lugar mais privilegiado à sua frente e lhe solicitou autorização para furar essa fila. 

“Disse ao resgatador: Aquela parte da terra que foi de Elimeleque, nosso irmão, Noemi, que tornou da terra dos moabitas, a tem para venda. Resolvi, pois, informar-te disso e dizer-te: compra-a na presença destes que estão sentados aqui e na de meu povo; se queres resgatá-la, resgata-a; se não, declara-mo para que eu o saiba, pois outro não há senão tu que a resgate, e eu, depois de ti. Respondeu ele: Eu a resgatarei.”
Rute 4:3-4

Boás estava ciente de que juntamente com Rute, viriam também a sua sogra Noemi e as suas terras. Ele desejava isso, mas o outro resgatador não queria o pacote completo. Faz parte do “pacote casamento”, a incorporação das vantagens e das desvantagens, das alegrias e das dores, da saúde e das doenças. Boás ganhou um sapato do seu parente, costume antigo, que transferia, para o assinante deste contrato, a autoridade e a responsabilidade de cumprir o que foi combinado. Gestos simbólicos como este corriam, paralelamente, com as relações comerciais e relacionais no país (LeitComp Gn 13.14-17, Dt 11.24).

“Disse, porém, Boaz: No dia em que tomares a terra da mão de Noemi, também a tomarás da mão de Rute, a moabita, já viúva, para suscitar o nome do esposo falecido, sobre a herança dele.”
Rute 4:5

Para Noemi ocorreu um recomeço, uma restauração da sua vida, trazendo de volta a alegria, a esperança e lhe dando um novo momento. Sua nora, Boás e o neto foram os ingredientes, que ela misturou e com os quais formou uma receita de vida, temperada com discernimento, tragédia, amor, fidelidade, investimento pessoal em vidas. Ela colocou tudo isso no liquidificador, deixou lá até formar uma pasta homogênea, com a qual construiu uma nova família.

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Nota Exegética: shuwb  (שוב, hebraico) Restauração. O significado básico desta palavra é VOLTAR ou RETORNAR. Algo que ocorre quando reconhecemos estar fazendo pontaria em alvo errado e decidimos retornar ao ponto de partida, de onde poderemos ter uma visão mais correta do alvo proposto para nós. E para fazer este tipo de reflexão, que Deus nos chama.
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Testemunho de um encontro com Cristo.

Jesus, que encontro maravilhoso foi o nosso. Eu estava morto nos meus delitos e pecados, mas depois que te conheci recebi um impacto vivificador. O amor, a paz e a esperança nasceram em meu coração. Descobri o que é vida de verdade, não a minha, mas a tua. Só o Senhor poderia se interessar por alguém como eu. Não há palavras para descrever a grande reviravolta que ocorreu meu coração. É a tua Vida em mim, Senhor. 

Te adorarei para sempre.

Aleluia!!!!!!

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Nota complementar: Provavelmente havia vários resgatadores. São familiares próximos, que têm por obrigação preservar o nome do falecido. Começa com o parente mais próximo e a fila vai até o mais distante. Boás era o segundo da fila. Para furar esta fila é necessário pedir o lugar para quem está mais na frente.