A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.

terça-feira, 13 de julho de 2010

MALABARISMO RELIGIOSO

Lucas 23.2: E ali passaram a acusá-lo, dizendo: Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, o Rei. 

A estrutura religiosa da época considerava Jesus como uma ameaça capaz de desestabilizar a posição dos seus líderes. Para afastá-lo, trataram de montar um pacote de justificativas baseado em supostas declarações feitas por Jesus.

Geralmente este tipo de argumento é composto por verdades, meias verdades e mentiras.

Jesus não vetou o pagamento dos tributos federais, apenas ensinava a dar a César o que era de César e a Deus o que é de Deus. Jesus admitiu sua messsianidade e seu Reino Escatológico (futuro), mas jamais declarou que pretendia tomar o lugar dos governantes locais ou o trono de César, como tentaram insinuar.

Esta argumentação diabólica é fruto da ambição pela manutenção do poder, custe o que custar. Um osso que não estão dispostos a largar. Se você estiver em cargo de liderança, ou sendo cogitado, tome cuidado com o que fala a pessoas, que sem nenhum respeito ao semelhante, e sem compromisso com a verdade, constróem palavras com apenas uma letra e montam frases com apenas uma palavra. Tudo, é claro, sem levar o contexto em consideração.

Este mundo sempre disponibiliza espaço para:

1.Envolvimento com as coisas de Deus por quem está acostumado a usar métodos diabólicos.
2.Falso zelo escondido atrás de interpretações propositadamente distorcidas.
3.Controvérsias temperadas com ódio ou inveja.
4.Vingança, luta pelo poder e ambição.
5.Necessidade de suplantar e de ganhar sempre.
Tudo isto pode ser achado em qualquer tipo de grupo social, até mesmo em comunidades religiosas, jamais na igreja.

Lucas 23.8: "Herodes, vendo a Jesus, sobremaneira se alegrou, pois havia muito queria vê-lo, por ter ouvido falar a seu respeito; esperava também vê-lo fazer algum sinal"

Jesus foi tratado como uma batata quente passada de mão em mão e de pé em pé: De Pilatos para Herodes e de Herodes para Pilatos. Enquanto estava com Herodes, Jesus despertou a sua curiosidade e a esperança da realização de algum espetáculo de mágica religiosa, ou de um sinal.

Jesus se recusava a fazer malabarismos sobrenaturais, pois desejava ardentemente construir um Corpo e não um circo. Ele não fazia o tipo de pregador ansioso por atrair espectadores criando esta sensação. O milho desta arapuca é bonito, sedutor e satisfaz os pagantes.

Uma vez dentro, o milagre se torna um vício sem o qual a fé pessoal definha e morre. A "droga Gospel" cria dependência. Este tipo de viciado avalia a unção pela quantidade de adrenalina que o animador do auditório religioso consegue liberar em seu sangue.

O combustível da verdadeira fé não é o milagre, mas a Palavra. Jesus disse isto a um auditório cuja curiosidade foi despertada durante o milagre da multiplicação dos pães: 

"O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida. À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele" (João 6.63,66).

Macaco de auditório pula de bananeira em bananeira procurando o cacho mais vistoso, mas nem sempre o mais nutritivo. Busca pela sensação mais imediata e não pelo pão eterno. 


Discípulos até gostam de sopa de letrinhas para o corpo, mas preferem ficar com Palavras que alimentam a alma.

"Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna" (João 6.68). 

Ubirajara Crespo

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Até onde você consegue ir?

Lc 22.33,34: "Ele, porém, respondeu: Senhor, estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte. Mas Jesus lhe disse: Afirmo-te, Pedro, que, hoje, três vezes negarás que me conheces, antes que o galo cante".

Este texto abre espaço para antigas discussões: A partir de que ponto nossas linhas de resistência são quebradas? Uma vez atingido este limiar, qual é o tamanho do desmonte? Existem limites para rendição?

Se soubermos as respostas saberemos até onde poderemos nos expor. Se você conhecesse o tamanho do seu pavio recuaria antes de explodir. Se soubesse o seu ponto de efervescência, desligaria o fogo antes da ebulição. Isto vale também para a cobiça, para o medo, para truculência, para o sexo e o suborno.
Será sempre saudável nos mantermos a uma distância segura das ameaçadoras camadas abissais. 

A conscientização total é praticamente impossível de ser atingida. Temos os nossos melhores momentos, mas também temos os piores. Hoje estamos fortes, mas o que ocorrerá amanhã? Fatores imponderáveis podem influenciar para mais ou para menos o ponto de efervescência e aumentar a área enlameada e propícia ao escorregão.

Dependendo do momento que atravessamos podemos surtar com um dia de saldo negativo no banco. A sua lista de fatores de risco pode ser aumentada com a conta atrasada, o pneu furado, o engarrafamento, a rinite, a criança que não para de chorar, a dor de barriga, o tempo que não para e/ou o namorado que não telefona.

Apenas um destes itens pode nos descontrolar, mas se não for o suficiente, o diabo sabe a receita, a dose e a combinação certa dos ingredientes. E fique sabendo que isto não é impossível de acontecer.

Decisões não planejadas nos fazem chegar perto demais do limite do cartão, do limite de velocidade, do limite de sua ausência como marido. Neste momento o carro bate, o dinheiro falta, a esposa reclama e você pergunta: - Tinha de acontecer tudo ao mesmo tempo? Sua próxima conclusão será inevitável: - Foi o diabo!!!!

Então pergunto eu: - Será que foi? - Quem mandou andar o tempo todo no limite? Reconheço que até pode ter sido o capeta, mas a tomada final de decisão foi sua. Sempre podemos escolher algo diferente.

Se isto não fosse possível, não encontraríamos, na Bíblia, recomendações como: "Resisti ao diabo e ele fugirá de vós". Quando não resistimos na hora certa ele nos pega na hora errada. E será sempre na hora errada que teremos a reação menos apropriada gritando: - eu te resisto e nome de Jesus. Quando damos este grito, geralmente ele já ganhou. Se isto aconteceu, é melhor verter lágrimas de arrependimento, como fez Pedro. Onde existe lugar para arrependimento, existe lugar para restauração.

Da próxima vez lembre-se de que prevenir é melhor do que remediar.

Ubirajara Crespo

quarta-feira, 7 de julho de 2010

OLIVEIRA BRAVA

Romanos 11.24,25: "Pois, se foste cortado da que, por natureza, era oliveira brava e, contra a natureza, enxertado em boa oliveira, quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira aqueles que são ramos naturais! Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios" (Rm 11.25).

Israel foi escolhida por Deus para que, como nação teocrática, mostrasse ao mundo um vislumbre do que seria permitido ver sobre o Reino de Deus. Israel deveria incentivar, entre os povos, a vontade de consumir a carta de vinhos oferecido por Jesus durante a instituição da Ceia do Senhor. 

"...não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus" (Lc 22.18).

Israel perdeu, temporariamente, a sua condição de primazia em decorrência da sua incredulidade. Estranhamente, de seus ramos nasciam frutos diferentes daqueles que era de se esperar. Afinal, eram parte da Oliveira.

A poda se tornou inevitável, mas sem o propósito de criar espaço para enxertar os gentios em seu lugar. Fato que abriu oportunidade para que ocupássemos, por enxerto, a posição que lhes pertencia por herança.

Se há na videira espaço para ramos enxertados, certamente haverá para os ramos naturais. Se a poda dos ramos naturais trouxe glória para os gentios, imagine o que poderá ocorrer quando estiverem novamente ligados à oliveira. E isto realmente acontecerá, é promessa de Deus. 

"E, assim, todo o Israel será salvo" (Rm 11.26).

Para a nossa meditação: Se os ramos naturais foram cortados, imagine o que poderá ocorrer conosco, ramos enxertados, se apresentarmos um procedimento incompatível com a nossa posição.

Ubirajara Crespo