momento em que o servo se torna árbitro? Segundo Paulo, o perigo é iminente, caso contrário, não precisaríamos ser advertidos:
"Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal” (Cl 2.18).
Esta mudança de hábito ocorre depois que dons e talentos sobem à cabeça e a fonte destas dádivas muda de endereço, ou seja, para a casa dos outros. Ir da luz para as trevas ou das trevas para a luz é um tráfego que se intensifica na medida em que nos aproximamos do destino final: O Reino definitivo de Yeshua. Podemos incorrer no erro de imaginar que estamaos indo, quando na realidade estamos voltando
No meio deste caminho haverá muita gente trocando de lado, sem trocar de discurso e sem
admitir clara e publicamente essa troca. A hora do Rush já chegou e quem estiver preso neste engarrafamento perderá a visão do todo e não saberá mais se está indo ou vindo. O discurso religioso desacompanhado da prática, ainda atrai muita gente, por isso o sujeito do palanque religioso não o abandona.
Como saber se o discurso é praticado pelo seu apresentador? Pergunta que se torna difícil de ser respondida quando a distância entre o pregador e os seus ouvintes aumenta.
Essa distância é intensificada pela construção de grandes auditórios e pelo cerco do discursador por seguranças, que dificultam a aproximação. Como saber se ele faz o que prega se o que sabemos a seu respeito é o que diz do palco? O discurso pode ser apenas uma cantada, mais um beijo sedutor da serpente. Reluz, mas não agrega valor; late, mas não morde.
Papagaios percebem que, ao reproduzirem alguns sons, atraem o afago e a admiração de seus expectadores. Pequenas esmolas ou alguma efervecência da esperança mantém as pessoas cativas de um discurso vazio de conteúdo, mas agitado. A alienação é o prato preferido do totalitarismo eclesiástico. Somente ao cair em ouvidos bem informados o discurso sedutor se esvazia. A informação bíblica esvazia este bote da serpente.