O líder centralizador pode ser comparado com o sujeito no alto da escada, segurando a lâmpada no bocal, enquanto os demais giram a escada. Funções e títulos secundários são distribuídos, mas a lâmpada, o brilho e a luminosidade não saem da mão dele.
Os demais agem, falam em seu nome, transmitem a sua energia, mas ele é a única fonte à qual precisam estar ligados, se quiserem brilhar. Transmitem as idéias dele e não a suas próprias idéias e, quando pregam, o esboço é dele.
Quando compartilha títulos, reserva para si o título maior: Pr. Sênior, Presidente, Apóstolo, Sumo Sacerdote e Sumo pontificie. Vacas de presépio dentro de uma garrafa onde "o cara" é uma rolha no gargalo de uma comunidade inteira. Jamais será ultrapassado, terá sempre o maior salário desta roda gigante, será sempre o eixo. Para chegar à este ponto, precisa convencer a todos da sua essencialidade e comprovar a secundariedade dos seus auxiliares. Neste ambiente as lideranças nascem, se transformam em promessas e morrem.
Funciona? Claro que funciona, mas não como um Corpo, o que, segundo as Escrituras, define a dinâmica de uma Igreja, mas como um organograma, o que não tem nada a ver com o funcionamento de um Corpo. Igreja não existe apenas para divulgar uma mensagem divina, mas a vida divina, da qual somos apenas o método, a mensagem e os transmissores. O único, que pode conservar aquela lâmpada nas mãos e subir naquela escada é Jesus. Se alguém ousar tomar o seu lugar, ele mesmo o colocará no pé da escada onde, juntamente com os seus "iguais" (ênfase total para iguais), fará a escada girar.
Se construirmos uma instituição religiosa, cujo produto é Jesus, então tudo o que nascer ali, morrerá ali, inclusive a instituição.