A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
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domingo, 10 de março de 2013

A exclusao social faz mal para todo mundo

Excluir alguém de uma atividade social ou ignorar essa pessoa por qualquer razão é doloroso não apenas para quem é deixado de fora, mas também para quem pratica essa atitude. É o que apontam os resultados de uma pesquisa da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, publicada no periódico Psychological Science.

Conheça a pesquisa

TÍTULO ORIGINAL: Hurting You Hurts Me Too — The Psychological Costs of Complying With Ostracism

ONDE FOI DIVULGADA: periódico Psychological Science

QUEM FEZ: Nicole Legate, Cody R. DeHaan, Netta Weinstein e Richard M. Ryan

INSTITUIÇÃO: Universidade de Rochester,  EUA

RESULTADO: Voluntários que seguiram instruções de excluir um participante do jogo relataram sentimentos ruins de mesma intensidade do que a pessoa que foi excluída.

De acordo com Richard Ryan, professor de psicologia clínica e social da universidade e coautor do estudo, tanto as ações cotidianas quanto os estudos acadêmicos tendem a focar sua atenção apenas na vítima de uma agressão social. Mas, segundo ele, pessoas que são pressionadas e acabam participando da exclusão de outras também sofrem — de maneira diferente, mas tão intensa quanto a própria vítima.

Passando a bola — Para reproduzir a dinâmica da exclusão social, os pesquisadores utilizaram um jogo online chamado Cyberball, desenvolvido por Kipling Williams, pesquisador da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos. No estudo, cada participante jogou bola com outros dois participantes, que eles acreditavam ser pessoas reais, mas, na verdade, eram controlados por computador. Esses “jogadores” eram pré-programados para compartilhar a bola de maneira igualitária ou excluir um dos jogadores depois de inicialmente compartilhar a bola duas vezes.

O estudo foi realizado com 152 estudantes de graduação, divididos em quatro grupos, que correspondem a quatro cenários do jogo. No grupo “exclusivo”, um dos jogadores virtuais foi programado para excluir o outro, e o participante do estudo era instruído a fazer o mesmo. Em outro grupo, os dois jogadores pré-programados excluíam o jogador real, que ficava praticamente o jogo todo observando a bola ser jogada entre os outros dois. O terceiro grupo deveria apenas seguir instruções, que não envolviam a exclusão de algum jogador — exigiam apenas jogar a bola de modo equilibrado entre todos os participantes. O último grupo, considerado “neutro”, podia jogar como quisesse, sem seguir nenhuma instrução.

Resultados — Antes e depois do início dos testes, os participantes completaram questionários que avaliavam seu humor e sentimento de autonomia, por exemplo. Os resultados mostram que ter sido excluído, mesmo por um desconhecido em um jogo online, afetou o humor dos participantes. Para os autores, esse resultado confirma a tese de que cada pessoa tem uma necessidade básica de autonomia, e cumpri-la provoca uma sensação de felicidade e crescimento psicológico.

Os participantes que haviam excluído colegas também tiveram seu humor afetado. De acordo com o estudo, a causa desse desconforto são os sentimentos de vergonha, culpa e redução da autonomia, relacionados ao ato de seguir instruções para excluir outras pessoas socialmente. Além disso, esse tipo de atitude faz com que as pessoas se sintam menos conectadas umas às outras, algo contrário à natureza social do ser humano. Os últimos dois grupos, cujo experimento não incluía a exclusão de jogadores, não relataram o mesmo desconforto dos demais. O grupo que seguia instruções de dividir a bola de forma igualitária relatou uma redução na sensação de liberdade, em comparação com o grupo que podia jogar conforme desejasse.

Seguindo o padrão apresentado em estudos anteriores, apenas um pequeno número de participantes se recusou a excluir outro jogador durante o experimento. Para os autores, investigações futuras podem mostrar as diferenças entre as pessoas que seguem esse tipo de instrução e as que se recusam a cumprir tais tarefas.