A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

AMOR AOS PEDAÇOS

A Igreja deve se apresentar à sua cidade de corpo inteiro e não apenas aos pedaços. Parece-me, no entanto, que não tem sido este o nosso comportamento durante os últimos séculos. Temos vivido uma diversidade denominacional que nem sempre consegue transmitir a visão de um corpo formado. Ver por partes é próprio de um certo extirpador chamado Jack ou de alguma rede de lojas de doces. A Bíblia nunca dividiu o Corpo de Cristo, que costuma fazer isto é o Diabo.
Esta prática cirúrgica extirpante não vem do alto, antes é humana, animal e demoníaca (Tiago 3.15). Interessante ver como os escritores bíblicos reconheciam apenas uma Igreja por cidade. "Paulo, Silvano e Timóteo, à Igreja dos Tessalonicenses" (1Ts.1.1). "Todos os santos que estão em Filipos" (Fl.1.1). "Aos santos que estão em Éfeso" (Ef.1.1). "À Igreja de Deus que está em Corinto" (1Co.1.2).
Temos muito que agradecer à Reforma encabeçada por tantos homens de Deus que prestaram um serviço a Deus que somente a eternidade poderá revelar. Apesar de toda esta gratidão devemos reconhecer que a Reforma não atingiu profundamente esta questão da unidade do Corpo.
O movimento reformista se desencadeou em um mundo onde os meios de comunicação eram precários e foi encabeçado por líderes fortíssimos, homens de coragem e fé. Não havia muitas possibilidades de se assentarem à mesa para discutirem qual seria o melhor formato para aquele mover e se viram obrigados a pensarem em termos mais regionais e este regionalismo deu origem às denominações.
Na Alemanha, tivemos a iniciativa de Lutero, em Genebra Calvino resolveu levantar sua bandeira e na poderosa Inglaterra o anglicanismo tomou forma. Outros reformadores se levantaram e  desenvolveram seus métodos e seus credos. Foi um momento de grande efervescência espiritual.

Hoje as possibilidades de comunicação entre nós são imensas e neste sentido não as barreiras caíram quase todas. Se for assim, o que nos impede de nos assentar à mesma mesa para comer do mesmo pão e repartir vidas, possibilidades, dons, talentos espaço e estratégias?
Existe algo que nos distancia ainda mais do que os regionalismos, a ausência de todas aquelas parafernálias tecnológicas da área das comunicações. São os preconceitos, a arrogância e o orgulho. Não tem unidade que resista a toda esta herança histórica.
Há até quem deseje encabeçar um mover de unidade em sua cidade, desde que seja nos seus moldes. Alguns tomam iniciativas nesta área, mas quando se assentam para decidir como será constituída a liderança, a coisa fica feia. Há interesses políticos, econômicos, administrativos e pessoais.
Neste sentido o mundo sabe mais, pois diante de toda aquela diversidade cultural e econômica acabaram unificando toda a Europa. Se concordarmos que por detrás disto está o Espírito do Anticristo, então a constatação será ainda mais vergonhosa, pois teremos de concordar que os Filhos do Diabo são mais espertos do que nós.Até o Diabo sabe que uma casa dividida contra si mesma não subsistirá. O grande desafio para este século é reconstruir o corpo de Cristo sem sacrifícios comportamentais ou dos alicerces da fé e da Palavra de Deus, mas municiados do amor que junta os pedaços.

Ubirajara Crespo

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