ACREDITAR QUANDO NINGUÉM MAIS ACREDITA
Para iniciar este capítulo, quero compartilhar com você a história de um menino que se tornou referência para aquelas pessoas que, como eu, não acreditam que os obstáculos possam paralisar os sonhos.
Um importante nome na política norte-americana teve todos os motivos para desistir do seu sonho e deixar de ser uma revolução na sua família e no seu país.
Deixa eu lhe perguntar uma coisa, e caso sua resposta seja sim, então você nem precisa continuar lendo este livro, pois ele foi escrito por alguém que acredita que as derrotas servem como incentivo para prosseguir, que as frustrações lhe dão sabedoria e que as montanhas tornam-se como farelos de pedras, porque nenhuma barreira pode ser maior do que um sonho.
Meu irmão, você vai desistir dos seus sonhos agora?
Esse menino simples, filho de lavradores, não tinha nenhum privilégio social, e o que é pior, nascera numa época onde a cor da pele era uma forma de separar o que valia do que não tinha nenhum valor. Motivo mais do que suficiente para não ter sequer o direito de sonhar.
Mas não para aquele menino.
Os fracassos, as frustrações e as perdas, não puderam paralisá-lo. Muito ao contrário! Esses obstáculos serviam como combustível para levar seus sonhos à realidade.
Você sabe qual é a distância entre um sonho e sua realidade?
Talvez você pense: é como a distância entre a terra e a lua.
Só para quem desiste facilmente!
É muito mais perto do que você imagina.
A distância entre o sonho e a realidade limita-se a apenas sete letras: DECISÃO.
Aquele menino decidiu enfrentar todos os obstáculos para realizar seu sonho.
Nenhuma vitória pode ser maior do que a vitória sobre a sua própria realidade.
Saber quem você é, com certeza, é o principal ingrediente para uma vida realizada.
A realidade que aquele menino vivia era de impossibilidades, de discriminação, mas a visão que ele tinha de si mesmo era de um homem que carregava a vontade de vencer nas veias. Seu coração batia de acordo com seus sonhos e ele sabia que se parasse de sonhar, morreria.
Ainda na infância, uma derrota que para uma criança é o que defino como sendo a tradução fidedigna da palavra dor, o faria, talvez questionar até mesmo o por que da sua existência: sua mãe morreu.
Graças a Deus, eu não tive de enfrentar essa barreira na minha vida, mas posso imaginar o que é você perder a base mais sólida da sua vida.
Mas aquele menino não desistiu.
A cada derrota, a cada frustração, ele extraía forças para semear seus sonhos, mesmo que o solo tivesse aparência de espinhos.
Creio que se você murmura diante das consequências adversas da vida, você acaba pondo uma barreira quase que intransponível entre aquilo que você sonha e a realização desse sonho.
E talvez essa fosse a maior, e quem sabe, a única virtude que aquele menino possuía: ele não murmurava.
Entenda: entristecer-se por uma perda, que no plano humano é irreparável, não é o mesmo que ficar lamentando o resto da vida por essa perda. Até porque nossa vida neste plano é passageira.
Que descoberta espantosa!
Não é nenhuma descoberta, mas muito de nós deixamos de conquistar o que é nosso porque simplesmente não nos separamos do cordão que nos une.
Não sei se você sabe, mas o filhote de águia é alimentado até certo período da sua vida, e quando a águia mãe percebe que o seu filhotinho já está pronto para voar sozinho, ela mesma se encarrega de empurrá-lo para fora do ninho.
Radical não é?
Talvez.
Porém, às vezes, precisamos tomar atitudes radicais para conseguir resultados radicais.
Foi o que fez esse jovem menino. Entristeceu-se por um tempo pela perda da mãe, chorou o tempo necessário, mas honrou sua natureza.
Ele sabia que se as quedas obtidas na estrada da sua vida o fizessem desistir, seria conhecido não como um colecionador de derrotas, mas como um derrotado nato.
E enquanto todos pensavam que ele era apenas mais um negro que faria parte de uma estimativa dos que não tinham nenhuma chance, ele resolveu escrever a sua própria história.
Quando você conhece a sua natureza, quando você tem conhecimento do seu DNA, o final da sua história não será outro senão o de um vencedor.
Aquele jovem menino não dava espaço para a tristeza. A cada derrota, a cada queda, a cada frustração, ele tirava um ensino diferente e o principal deles: a escolha.
Depois de colecionar inúmeras derrotas, que não vou contar aqui, orgulho-me em dizer que esse jovem menino fez dessas derrotas os degraus para seu sucesso. E não me envergonho em tê-lo na galeria dos homens que admiro e espelho-me.
E porque não desistiu de seus sonhos, esse menino pobre, filho de lavradores, mas perseverante, entrou para a História nada mais nada menos como o homem que aboliu a escravidão em seu país. E mesmo a morte não pôde atalhar seus sonhos de atravessar suas gerações, porque um sonhador não chegará ao fim da sua vida frustrado, pois seus sonhos durarão por toda a eternidade.
Senhoras e senhores, crianças e jovens, tenho a honra de lhes apresentar um dos maiores sonhadores de todos os tempos, o 16.º presidente dos Estados Unidos da América, ABRAÃO LINCOLN.
Um homem que não conquistou seu sonho tão logo terminou a contagem dos votos nas urnas, mas lá atrás, quando ainda era uma criança e aprendeu que na vida as derrotas não são âncoras que nos prendem, mas o combustível que nos leva às mais belas estradas. Aprendeu que as frustrações não são motivos para sucumbirmos, mas um alimento que nos mantém fortes nas batalhas e que as perdas não são o ponto final da nossa vida, mas as sementes lançadas nos solos da nossa imaginação que produzirão as árvores onde colheremos o fruto chamado felicidade.
Portanto, insista, em vez de desistir, porque um homem vitorioso não é somente aquele que venceu várias batalhas, mas também aquele que venceu uma batalha várias vezes.
Eduardo Santos, autos do livro "Deus sonha com os teus sonhos"
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