A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

TEOLOGIA BÍBLICA DA ORAÇÃO


Uma regra bíblica básica nos diz que as nossas orações devem ser dirigidas a Deus Pai, em nome de Jesus Cristo o seu Filho (Mt 6.9; Jo 14.13-14; 15.16), e tudo que lhe pedirmos, seja para nós ou para nosso semelhante, deve estar alinhado com a sua Palavra escrita (1Jo 5.14, 15), mais à frente trataremos com detalhes sobre esses e outros princípios elementares da oração que Deus ouve.


Algumas vezes somos levados a orar em razão de pressões internas como: medo, tristeza, insegurança, ansiedade etc, e outras por ataques externos, como: problemas familiares, desemprego, doença do cônjuge, dos filhos ou de pessoas amadas, mas de maneira geral todos nós somos “motivados” a orar e, quase sempre as circunstâncias da vida (por permissão de Deus - 2Co 7.5) estão norteando-as.


A oração nos aproxima de Deus; e Nele encontramos a força que precisamos para enfrentar as lutas diárias. É nas crises que crescemos.


Na vida cristã tudo é um constante aprendizado, e a cada dia e situação, Deus nos ensina novas lições espirituais e entre essas preciosas lições, Ele também nos revela a melhor maneira de vivermos neste mundo. Com a oração é assim também. Em certa ocasião um dos discípulos de Cristo lhe pediu para ensiná-lo a orar, foi daí que surgiu a “oração do Pai nosso” (Lc 11.1-4). Tem muito crente que não ora simplesmente porque não sabe como e sobre o que orar. Na seqüência desse estudo estaremos apresentando uma série de princípios que, além de nos orientar na prática da oração, também servirá de forte estímulo para buscarmos a Deus “em tempo e fora de tempo”.


Queremos aprofundar o conceito de oração, por essa razão passaremos a considerar, com minúcias, a doutrina da oração.


Orar com sabedoria é privilégio de poucos, pois como os demais assuntos da teologia cristã, requer estudo, treinamento (prática contínua da oração) somado a muita fé, humildade e sinceridade, assim se faz também com a oração que Deus responde (Jo 11.41, 42).


Deus criou o homem para se relacionar, compartilhar, comungar com Ele, mas o pecado atrapalhou esse propósito divino, por essa razão, o Senhor Jesus, tornou-se carne e assumiu os nossos pecados na cruz do Calvário com o fim de nos “religar” a Deus (2Co 5.19, 20). Em Cristo voltamos ao início de tudo, no sentido de podermos ter comunhão com Deus. Essa comunhão se aprofunda por meio da leitura meditativa das Escrituras e da oração. Na verdade ocorre um diálogo entre Deus e o homem redimido, pois Ele nos fala por sua Palavra e nós lhe falamos pela oração. Quando oramos, o Espírito Santo nos ajuda (Rm 8.26), desse modo abrimos o coração para Deus falando a Ele sobre os nossos alvos, sonhos, carências e também das pessoas pelas quais intercedemos.


Além disso, adoramos ao Senhor por nos permitir conhecê-lo, e por tudo aquilo que tem feito por nós e aos nossos queridos. Esse relacionamento espiritual que desenvolvemos com o Pai vai crescendo à medida que nos comprometemos com a sua vontade revelada, que assumimos compromissos em sua obra e, sobretudo de investirmos mais tempo com exercícios espirituais, sendo que o principal deles é a oração. Se a oração está para vida espiritual como o ar está para a vida física, assim, na proporção em que fizermos da oração um estilo de vida e não apenas um momento durante o dia, é possível compreendermos os mistérios do reino de Deus (Jr 33.3; Mt 13.11) e, da vida de uma maneira geral, cada vez mais.


Deus quer se relacionar conosco mais do que podemos imaginar, quer nos falar e ensinar sobre coisas que aspiramos, mas isso depende da nossa dedicação ou obediência a Ele de um modo espontâneo, livre, amoroso. Essa busca pessoal como a do salmista (“Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água” - Sl 63.1), jamais fica sem resposta! Na verdade essa relação de amizade e amor com Deus, não termina aqui com a morte, mas continua pela eternidade afora de uma maneira que não podemos definir. Mas apesar de termos sidos criados para nos relacionar com Deus, precisamos fazer as coisas da maneira certa, segundo critérios estabelecidos pelo próprio Deus nas Escrituras.


Walter Bastos


Autor do Livro Teologia Bíblica da Oração, lançado pela Editora Naós.


www.editoranaos.com.br

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