“Falou Saul a Jônatas, seu filho, e a todos os servos sobre matar Davi. Jônatas, filho de Saul, mui afeiçoado a Davi,”
1Samuel 19:1.
Jônatas nos ensinou, que um filho mostra grande senso de justiça, ao recusar se tornar cúmplice de uma empreitada maligna encabeçada pelo próprio pai. Deus, por sua vez, levanta saca defensores do bem entre os componentes da família do mal. Davi, por sua vez, foi aprovado em mais uma série de provas onde foi tentado, mas se recusou a subir ao trono por vias tortas. Ele não atacou o ungido do Senhor, não porque não sentiu o impulso de matar, nem por falta de oportunidade, mas por obediência à Palavra. Talvez algum adepto da teologia existencialista, questione o fato de Davi não ceder aos seus impulsos, pois afinal, os seus motivos eram justos. Davi sabia que, nossos motivos não justificam nossos projetos a estratégia maligna usada para alcançar o nosso objetivo. O homem valoroso não é guiado por metas, emoções ou relativismo éticos, mas por princípios absolutos. Davi resolveu não se assentar à roda dos escarnecedores, seu coração foi atraído pelo bom coração de Jônatas. Muito do que seremos um dia, pode ser determinado pela roda que frequentamos hoje.
“Saul atendeu à voz de Jônatas e jurou: Tão certo como vive o Senhor, ele não morrerá.”
(1Samuel 19:6). Saul frases religiosas para convencer dois corações inocentes Quando Jônatas intercedeu pela vida de Davi. Saul recém atender ao Conselho de seu filho. Saul, porém soube desempenhar muito bem o papel de vilão nessa história. Cheio de disfarçatez fez ao seu próprio filho uma promessa que não estava disposto a cumprir. Talvez ele soubesse, que aquela conversa chegaria aos ouvidos de Davi, e se insistisse no uso de expressões de ódio, perderia o elemento surpresa e colocaria Davi na defensiva.
Fala mansa não é sempre sinal de bondade, pode ser apenas um meio de esconder o nosso verdadeiro eu. É aí que mora o perigo. Na falsidade, na etiqueta social, na capacidade de desempenhar papéis agradáveis em público enquanto sua mente maquina pensamentos destruidores e monta ciladas em meio a escuridão (LeitComp Lc 8.17). Não demorou muito para que Saul mostrasse exatamente porque veio. O mal pulsante na alma quer extravasar e alguns não conseguem escondê-lo.
A inveja é uma porta escancarada para um espírito assassino penetrar em nossos pensamentos e transformar tudo em ódio e vingança. Vingança de quê? De Davi ser superior? Quem fez Davi foi Deus e não ele mesmo. Os invejosos comecam a se coçar, quando, mesmo sem segundas intenções, mostramos que somos mais capazes do que eles. Deus até permite que este tipo de mal penetre, para apressar a construção de uma história. Ele sabe quando acelerar e quando feiar e por quanto tempo deve conservar a marcha lenta dos acontecimentos. Isto está acontecendo agora mesmo, em escala mundial, quando morte, terror, suborno e vingança espreitam por detrás de uma sociedade globalizada. Basta ler os jornais para constatar.
“...o espírito maligno, da parte do Senhor, tornou sobre Saul; estava este assentado em sua casa e tinha na mão a sua lança, enquanto Davi dedilhava o seu instrumento.” 1Samuel 19:9.
Enquanto um segura a lança o outro dedilhar um instrumento musical. As vezes o diabo imagina que está solto, quando na verdade não consegue se libertar da vontade de Deus. Ele move os corações, de tal maneira, que o comboio da história humana não desça o abismo na banguela. Velocidade certa, na hora certa. Deus tem o mundo nas suas mãos. Desastres não acontecem sem que haja um propósito por detrás deles. Esta história de Saul, Davi e Jônatas terminou do jeito que deveria terminar. Deixe sua história ser contada pela caneta de Deus e não pela sua.
Ubirajara Crespo