A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.
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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Manifestação sobrenaturais, cuja narrativa parecem tiradas do diário de John Wesley.

Em seu diário, John Wesley comenta sobre certas manifestações espirituais que acompanharam seu ministério. As seguintes palavras foram escritas no mes de novembro de 1759, na cidade de Everton, Inglaterra, onde o avivamento metodista foi acompanhado por fenômenos como visões, gritos, convulsões, quedas e “transes” no Espírito:

John Wesley

John Wesley

O perigo era atribuir demasiado valor às circunstâncias extraordinárias tais como gritos, convulsões, visões e transes, 1como se estas coisas fossem essenciais na obra de transformação interior, de tal forma que tal obra não pudesse acontecer sem tais manifestações. Talvez o perigo esteja em atribuir-lhes muito pouco valor, em condená-las de forma generalizada, em pensar que nelas não havia nada de Deus e vê-las como um obstáculo na concretização de Sua obra.

A verdade é que Deus, de forma repentina e profunda, convenceu a muitos de que eles estavam perdidos em seus pecados. A consequência natural de tal convicção era gritos repentinos e fortes convulsões. Para fortalecer e encorajar aqueles que creram, e para tornar sua obra ainda mais aparente, ele concedeu sonhos divinos a alguns, transes e visões a outros.

Em alguns casos, com o passar do tempo, a carne se misturava à graça. Igualmente, Satanás falsificou estas manifestações de Deus para desacreditar a obra como um todo; mesmo assim, não é sábio desqualificar este aspecto do ministério do mesmo modo como não podemos desqualificar o ministério como um todo.

Sem dúvida nenhuma, no começo tais manifestações eram totalmente de Deus. Em parte, até hoje continuam sendo, e Ele nos dará discernimento, de caso em caso, para saber até que ponto tal obra é pura e em que ponto ela se contamina e se degenera.

Bibliografia

Wesley, John. Journal of John Wesley. Grand Rapids, MI. Christian Classics Ethereal Library. p. 255.

NOTAS:

  1. Nota do Tradutor: Transe, do inglês “trance“, era como Wesley chamava o fenômeno em que as pessoas perdiam seus sentidos, caiam, eram arrebatadas em espírito e tinham visões do mundo espiritual (p. 251). 
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Nota: Não podemos dizer, que os fenômenos narrados por John Wesley, são condições absolutamente necessárias para um movimenro avivalista, pois não há nada na Bíblia que nos ensine tal coisa. No dia de Pentecostes alguns dos sinais ali narrados, não foram previstos por Joel. Devemos, porém, reconhecer, que a narração dos fatos, foi apenas atribuída a Wesley. Também não podemos demonizar tais manifestações.
Olho para as atuais manifestações pentecostais e vejo muito estrelismo, muito exibicionismo e claras induções tipo: — vou contar até 3 e você será tocado pé,o poder de Deus. No entanto não temos o direito de nós colocarmos no papel de Juízes e apontar um dedo acusador, como se fôssemos donos da verdade. Podemos apenas dizer se é bíblico ou não, mas sempre temendo a Deus, tomando o cuidado para não atribuir ao diabo, a obra que foi realizada pelo Espírito Santo. Falo de reações vistas durante o próprio Pentecostes: — estes homens parecem bêbados. Falaram isso ao verem em meio aos sinais previstos por Joel, algumas manifestações, que não estavam previstas, mas que podem ser classificadas como do mesmo tipo daquela que Joel previu. Compare os textos e comprove.
Vamos nos curvar perante a soberania de Deus e deixar que ele faça como bem entender. Wesley não está mais entre nós, para confirmar a veracidade das narrativas a ele atribuídas. 
A Igreja deve se comportar como um veículo condutor de manifestações divinas e não como uma barreira.