Ubirajara Crespo
O terrorista não precisa de uma causa clara, não tem cara, não tem coração, não usa uniforme, nem bandeira, e gosta de atacar pessoas totalmente indefesas. Como lutar contra alguém, que não declara guerra e nem se identifica como inimigo?
Estes atentados em Paris mostram, que existe mais gente preocupada em preservar a vida do que com a sua destruição. Isso é bom.
Infelizmente estes quatro animais fizeram mais estragos do que centenas de profissionais de saúde, conseguiram salvar.
Tem sido assim desde a queda do homem, quando o mundo se transformou em um ambiente hostil e o próprio ser humano se transformou no maior inimigo de si mesmo. Diante de acontecimentos como este, parece não ter fim o poço onde a humanidade caiu. Paradoxalmente, a única escada capaz de nos conduzir de volta ao projeto original do Criador, é o mais rejeitado dos caminhos. Jesus é o caminho a verdade e a vida.
Não é respondendo com o ódio, que resolveremos este problema, mas com a tristeza.
Tristeza de arrependimento, por termos chegado a este ponto, onde o ódio ganha maior repercussão do que os atos de amor.
O que existe dentro de nós, que nos faz ver e rever as mesmas cenas, os mesmos comentários? E o que é pior, sem mudar nada dentro de nós. A mesma carniça, que destrói a vida, nos atrai e nos faz lamentar, pensando, que a simples lamentação nos transforma em seres melhores do quê aqueles.
Praticantes e assistentes, parece que um precisa do outro. Na realidade estamos todos de braços dados. Pelo menos até a consternação se transformar em ação.
O terrorista deixa um rastro de destruição atrás de si, mas a maioria não deixa nada.