SL 78.2-4. Em parábolas abrirei a minha boca, proferirei enigmas do passado. O que ouvimos e aprendemos, o que os pais nos contaram, não o ocultaremos aos filhos; transmitiremos à geração vindoura as gloriosas realizações do SENHOR, seu poder e as maravilhas dos seus feitos.
A transmissão dos acontecimentos, nos deixou um legado precioso, a nossa história, procedência e propósito. Não existe um depósito mais seguro para guardar o passado, do que a família. Este costume existente nos primórdios da humanidade era tido como sagrado. Isto se enraizou na vida da nação israelita e não se admitia acréscimos, cortes, mudanças, arranjos. Este tipo de atitude era considerado um pecado gravíssimo, acompanhado pela expectativa de graves retaliações. Isto garantia a fidelidade e originalidade dos relatos bíblicos compilados da tradição oral.
Os pais que transmitiram, aos seus filhos, os acontecimentos narrados na Bíblia, não são o mesmo tipo de homem que existe hoje. Moralmente decaído, devido às influências culturais, acumuladas durante inúmeras gerações, se tornou capaz de transmitir suas histórias, conforme lhe convém. Precisamos admitir, que o homem de hoje não é um ser confiável como um instrumento capaz de preservar a histórica humana. Talvez por isso precisemos tanto da tecnologia, que digita, imprime, fotografa, filma e guarda em sistemas computadorizados à salvo do ser humano.
Segundo a Bíblia, o homem primitivo, vivia cerca de 900 anos ou mais e foram protagonistas ou testemunhas oculares de acontecimentos como a queda do homem, a travessia do Mar Vermelho e do dilúvio, entre outros. Devido a sua longevidade, Adão conheceu Matusalém, que conheceu Noé, que chegou perto de conhecer Abraão. As histórias eram contadas pelos seus protagonistas e corroborada por testemunhas à muitas gerações que os sucederam.
O fruto proibido. A morte progressiva dos humanos foi prevista pela própria narrativa da sua queda. O livro de Gênesis diz que a desobediência ao único mandamento imposto, enquanto estavam no Éden desencadearia o lenta e progressivamente o processo da morte. Não se passaram muitas gerações entre a queda e o nascimento destes preservadores da história. Consequentemente, a herança genética não possuía o mesmo volume de informações, que possuímos depois de milhares e milhares de anos. Força, resistência, inteligência, defesa imunológica, capacidade de armazenar informações e a memória, preservavam grande capacidade. Teoria, que uma vez comprovada, aumenta exponencialmente, a possibilidade da transmissão oral ter sido uma narrativa exata do que realmente aconteceu.
Para sermos absolutamente bíblicos devemos insistir em reconhecer, que o homem não evoluiu, mas regrediu física, mental e moralmente. A influência da história genética outorgada por gerações passadas é uma realidade. O ser humano de hoje vive menos, é portador de um número crescente de novas doenças e embora tenha sua expectativa de vida aumentada, o processo de desgaste ainda não foi revertido pela ciência. Provavelmente nunca o será, pois não disporá de tempo suficiente para realizar esta proeza. Estamos nos aproximando do fim e a própria natureza geme e suporta angústias até agora, por causa da queda do homem.
Este processo de desgaste da nossa humanidade só pode ser revertido em Jesus. Ele nos faz nascer de novo e nos torna descendentes do segundo Adão: Jesus Cristo. Esta nova genética moral, espiritual e comportamental desencadeia um processo que fará com que uma nova natureza se desenvolva em quem nasceu do Espírito e não apenas da carne. Processo este, que culminará com a ressurreição dos cristãos e o arrebatamento do corpo transformado. Esta é a grande e única esperança para o ser humano de hoje.
Ubirajara Crespo
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