O melhor remédio para se desfazer de seus
problemas, é se desfazer de si mesmo
Jerusalém foi carimbada pelo próprio Deus como
uma cidade sanguinária, um título que não causa inveja a ninguém. Uma cidade
que derrama o sangue de seus próprios cidadãos é como um corpo que decepa seus
próprios membros, um tipo de anomalia que o leva a construir anticorpos contra
si mesmo. Assim é quem fabrica ídolos, lhes dando a forma que mais lhe agrada,
e depois permite que eles exijam dos seus criadores que ofereçam seus próprios
amigos, compatriotas e filhos como sacrifício de sangue.
Ídolos são construídos de matéria
prima sem vida como cera, madeira, plástico, barro, tinta, pedra, etc. Alguns
podem alcançar valores muito altos no mercado de artes e até render alguns
trocados para muitos religiosos. Não têm valor espiritual em si mesmos, mas
podem ser instrumentos nas mãos do diabo para introduzir costumes pagãos e
cultos bizarros, cujo objetivo é induzir a rebeldia contra Deus.
A coisa toda funciona mais ou
menos assim: Se Jeová me pede para fazer o que não quero, então construirei um
deus mais permissivo e mais tolerante. Circula entre alguns setores
eclesiásticos que pecado é tudo aquilo que me fizer mal ou diminuir as
possibilidades de acesso ao que me dá prazer. Este tipo de pensamento me
autoriza a decidir quando mentir é pecado e quando não é, as circunstâncias
definem quando uma decisão foi acertada ou não. Se cada um for livre para
estabelecer a sua própria ética comportamental, seremos todos deuses em
conflito uns com os outros.
Sendo assim, sempre que a mentira
me levar a conseguir algo que eu quero e gosto, então posso enganar, mas se me
levar a um caminho prejudicial, como perda de prestígio ou me transformar em
uma pessoa desprezada, então neste caso é pecado. O mesmo raciocínio vale para
adultério, roubo, divórcio e tudo o mais.
Este processo mental nos leva não
somente a transformar o mal em bem, como a transformar o bem em mal. Se falar a
verdade doer é mal, mas se não doer, é um bem. Se a honestidade me impedir de
auferir ganhos, é ruim. Se ajudar alguém me provocar perdas, melhor pisar nele.
Esta liberdade moral vai longe e nos conduzirá para o abismo.
Jesus nos ensinou que tanto o
sangue derramado quanto os sentimentos que o precedem me tornam culpável diante
de Deus. O ódio, a inveja, a vingança e a mágoa são estão para o homicídio,
assim como a lascívia e o desejo sexual estremo estão para o adultério (Confira
Mt 5:20-30).
A contaminação do ídolo não está
nele, vem de nós, os seus criadores. Quebrá-los e jogar os amuletos fora não
adianta nada, pois é do coração que procedem as saídas da vida. Foi você quem
contaminou o ídolo com seus desejos carnais. Você lhe concede vida, alimenta e
lhe dá poder. Um ídolo não vale nada sem você.
Antes de se desfazer de seus
ídolos, jogue você fora. Vá até a Cruz do Calvário, crucifique ali o seu velho
homem e diga como Paulo: Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu,
mas Cristo vive em mim (Gálatas 2:20).
Ubirajara Crespo
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