QUEM EU SOU???
Por Ubirajaracrespo
Exodus 3:14: Disse Deus a Moisés:
EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me
enviou a vós outros.
Eu sou. Ninguém conseguiria usar tão
poucas letras para definir a si mesmo de forma tão exata quanto Deus fez. Nós,
reles mortais, gastamos muito papel e tinta para nos definir. Um empregador ao
ler um currículo, espera que, ao menos naquele pedaço de papel, o candidato
demonstre que se acha o melhor candidato para a vaga. Ali ele coloca o que sabe
e o que fez.
Não foi assim que Deus se apresentou a
Moisés, aos hebreus e ao Faraó. Eu sou, ele disse, apontando para a sua
essência e não para o que sabe ou é capaz de fazer. Ele simplesmente é, e se
alguma coisa existe, provem dele e de ninguém mais. Ao falar sobre si mesmo,
Jesus se referia a mesma essência do Pai: Eu Sou a Luz do Mundo, a Água da
Vida, o Pão que desceu do Céu, a Porta, o Caminho, a Verdade e a Vida. Ele
espera de seus seguidores concentrem seus maiores esforços na busca de SER, e
que o saber, o ter e o fazer, sejam colocados em segundo plano.
Do outro lado está o mal mutante
encarnado na pessoa de satanás, que ao contrário de Jeová é como um vírus letal
de mutação rápida. Lúcifer apostou a sobrevivência de sua raça na sua
capacidade de mutação. Vírus e bactérias desenvolvem cepas de resistência, aos
antibióticos e vacinas, mantendo uma forte ação predadora contra o nosso
organismo. Fazem isto para criar imunidade as vacinas, aos antibióticos e
demais descobertas científicas.
Para continuar matando, roubando e
destruindo, Satanás se adapta ao folclore local e as tendências da época com o
objetivo de tirar delas o maior proveito possível. Ele não se deixa controlar
por princípios absolutos. Sente-se livre para parecer o que for preciso.
Os seus métodos de conquista não são
delimitados por regras ou princípios fixos. Não tem escrúpulos e usa as táticas
necessárias ao momento. Seu lema é “vitória a qualquer preço”.
Pode escolher entre a violência e a
adulação, a exaltação e a humilhação, a sutileza e o descaramento e entre a
campainha e o arrombamento. Promete, atrai, exclui, ameaça, premia, seduz e
manipula.
Sua natureza amoral admite qualquer
formatação. Pode se apresentar como rei ou mendigo, anjo ou assombração. Faz
qualquer coisa para ganhar a
confiança de suas vítimas, até falar a verdade de vez em quando, desde que ela
colabore para seduzir, atrair e conquistar.
Os rituais e aparições ocorridos em suas
reuniões, na sua maioria, não passam de mero espetáculo ilusionista. A ilusão
funciona muito bem com aqueles que buscam visões, aparições, sinais e milagres.
Logo, os testemunhos e relatos colocados em livros tem uma grande possibilidade
de serem belos conto do vigário, ou melhor, do Pai da Mentira.
Satanás exibe para os evangélicos o diploma e a
postura de pastor, bispo ou evangelista. Se apresenta como um falecido amado
para os espíritas. Seduz os católicos e os mantêm na idolatria, fazendo com que
a imagem chore. Aos mulçumanos convence de que terrorismo é uma guerra santa.
Sua faca tem muitos gumes e variadas formas, cores e tamanhos.
Como deter alguém tão escorregadio? Com
criatividade ou seguindo o manual? Criatividade só vale se não incluir mudanças
de substância, motivação e doutrina. Somos regidos por princípios eternos e o
máximo que podemos fazer é contextualizar. Tanto faz pregar com ou sem gravata,
na televisão, no rádio ou na internet. Faz o mesmo efeito orar sentado ou em
pé. Para contextualizar não precisamos enganar nem negociar princípios.
Pregue a tempo e fora de tempo, desde que
conserve qualidades como amor, longanimidade, domínio próprio, fidelidade, paz
e alegria. A nossa influência aumenta quando somos diferentes e não iguais.
Persiga o ser e nem tanto o ter, o fazer e o saber