A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

FÉ OU FEZES?

QUAL DAS DUAS VOCÊ PRECISA?

Melhor ainda do que começar bem, é terminar bem, o que é uma proeza reservada a poucos. Talvez durante uma busca minuciosa, consigamos garimpar esta jóia rara. Abraão foi um digno representante desta espécime que hoje se encontra em agonizante extinção. Mesmo quando admitimos que as nossas co...nquistas foram movidas pela fé, encontramos um modo de nos gloriarmos nelas.

Se a fé é dom de Deus, quanto menor for a nossa interferência, melhor. A mente tendenciosa chegar a conclusões desastrosas, como ocorreu aos israelitas: "Abraão era um só; no entanto, possuiu esta terra; ora, sendo nós muitos, certamente, esta terra nos foi dada em possessão" (Ezequiel 33.24).

Desculpe a cacofonia forçada, mas o cálculo deles era mais ou menos o seguinte:

Abraão sozinho = Uma Fé.

Somando todos nós = Muitas fezes.

Cuidado, este tipo de cálculo cheira sempre mal. Seria comparar um frasco de perfume francês com uma tonelada de estrume de vaca.

Quando um milagre da germinação parece ter ocorrido em árvores secas, os frutos, por mais deliciosos que sejam, apodrecem. Uma árvore torta corre o perigo de imaginar que foi capaz de produzí-los por si mesma. Com o tempo valorizamos mais o resultado do que a motivação. Resultado, que depende da seiva ser pura ou venenosa. A medição é feita na raiz e não na folha.

Para quem se preocupa com a folha Deus diz: Se "derramais sangue; porventura, haveis de possuir a terra?" (Ezequiel 33.25).

A árvore de natal é bonita, mas é morta. Enfeitar um coração amargo com foguetório litúrgico não garante o seu plantio em boa terra. É preciso tratá-la por dentro para que não morda a isca que o diabo coloca no seu anzol. Um começo ardendo em fé humilde e dependência de Deus é substituído pelo aparato, pelo poder político, e pela subserviência. "Vós vos estribais sobre a vossa espada, cometeis abominações, e contamina cada um a mulher do seu próximo; e possuireis a terra?".

A grandiosidade, a fama e o crescimento numérico alcançado por um sistema religioso é todo o seu galardão. Conquistas terrestres embrulhadas para presente formam a única recompensa de uma religiosidade regida por padrões e métodos empresariais.
 
Assim diz o Senhor: "Tornarei a terra em desolação e espanto, e será humilhado o orgulho do seu poder" (v.29)..
 
Ubirajara Crespo

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Igreja apostólica Boca de Jacaré

Ezequiel 32.1-3: "Filho do homem, levanta uma lamentação contra Faraó, rei do Egito, e dize-lhe: Foste comparado a um filho de leão entre as nações, mas não passas de um crocodilo nas águas; agitavas as águas, turvando-as com os pés, sujando os rios". 



Tentando ser um leão aos olhos do mundo, O Egito, aos olhos de Deus será transformado a um crocodilo fora de seu habitat. 

Para o crocodilo diz o SENHOR: Estenderei sobre ti a minha rede no meio de muitos povos, que te puxarão para fora (v.3). Fora de seu ambiente natural o crocodilo não provoca a mesma agitação que é capaz de fazer na água. O crocodilo é poderoso, mas apenas no rio. Desta forma, o Egito teve seus limites territoriais demarcados profeticamente.

Deus prometeu às nações, oprimidas por Faraó, colocar em suas mãos a rede na qual o imenso animal prenderá este animal de boca grande. Em terra a sua mobilidade se reduz grandemente, e as aves o usam como se fosse um poleiro. No deserto e nas montanhas, a sua enorme boca, mesmo cheia de grande dentes será de pouca utilidade, visto que tem dificuldade para chegar perto da presa. Isto já ocorreu quando Faraó, ao perseguir Israel, presa vulnerável, viu seus cavalos e cavaleiros serem tragados pelo Mar Vermelho e morrer afogado de boca aberta.

Assim ocorrerá ao anticristo, figura temerária capaz de assimilar sistemas financeiros, bélicos, políticos e religiosos. Ele será exterminado com um simples sopro da boca do Leão.

O mesmo ocorrerá aos sistemas religiosos que, buscando seu fortalecimento, se tornaram insaciáveis fagocitadores. Com o aumento da sua massa corporal são capazes de assimilar simultâneamente diversos grupos menores. Na barriga do crocodilo, onde imaginavam estar protegidos, percebem que foram devorados. 

O sistema digestivo deste réptil os transforma em nutrientes de um sistema religioso cujos tentáculos aumentam rapidamente. Esta malha controla suas presas mediante ameaças veladas e premiações públicas. Também para estes o Leão de Judá abrirá a sua bocarra. 


Ubirajara Crespo

sábado, 7 de agosto de 2010

UMA NOVA REFORMA

TEXTO TIRADO DA REVISTA ÉPOCA

Irani Rosique não é apóstolo, bispo, presbítero nem pastor. É apenas um cirurgião geral de 49 anos em Ariquemes, cidade de 80 mil habitantes do interior de Rondônia. No alpendre da casa de uma amiga professora, ele se prepara para falar. Cercado por conhecidos, vizinhos e parentes da anfitriã, por 15 minutos Rosique conversa sobre o salmo primeiro (“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios”). Depois, o grupo de umas 15 pessoas ora pela última vez – como já havia orado e cantado por cerca de meia hora antes – e então parte para o tradicional chá com bolachas, regado a conversa animada e íntima.
Desde que se converteu ao cristianismo evangélico, durante uma aula de inglês em Goiânia em 1969, Rosique pratica sua fé assim, em pequenos grupos de oração, comunhão e estudo da Bíblia. Com o passar do tempo, esses grupos cresceram e se multiplicaram. Hoje, são 262 espalhados por Ariquemes, reunindo cerca de 2.500 pessoas, organizadas por 11 “supervisores”, Rosique entre eles. São professores, médicos, enfermeiros, pecuaristas, nutricionistas, com uma única característica comum: são crentes mais experientes.
Almeida Dias
SÍMBOLO
O cirurgião Irani Rosique (sentado, de camisa branca, com aBíblia aberta no colo). Sem cargo de clérigo, ele mobiliza 2.500 pessoas no interior de Rondônia
Apesar de jamais ter participado de uma igreja nos moldes tradicionais, Rosique é hoje uma referência entre líderes religiosos de todo o Brasil, mesmo os mais tradicionais. 
Recebe convites para falar sobre sua visão descomplicada de comunidade cristã, vindos de igrejas que há 20 anos não lhe responderiam um telefonema. Ele pode ser visto como um “símbolo” do período de transição que a igreja evangélica brasileira atravessa. 
Um tempo em que ritos, doutrinas, tradições, dogmas, jargões e hierarquias estão sob profundo processo de revisão, apontando para uma relação com o Divino muito diferente daquela divulgada nos horários pagos da TV.
Estima-se que haja cerca de 46 milhões de evangélicos no Brasil. Seu crescimento foi seis vezes maior do que a população total desde 1960, quando havia menos de 3 milhões de fiéis espalhados principalmente entre as igrejas conhecidas como históricas (batistas, luteranos, presbiterianos e metodistas). Na década de 1960, a hegemonia passou para as mãos dos pentecostais, que davam ênfase em curas e milagres nos cultos de igrejas como Assembleia de Deus, Congregação Cristã no Brasil e O Brasil Para Cristo. A grande explosão numérica evangélica deu-se na década de 1980, com o surgimento das denominações neopentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Renascer. Elas tiraram do pentecostalismo a rigidez de costumes e a ele adicionaram a “teologia da prosperidade” (leia o quadro na última pág.). Há quem aposte que até 2020 metade dos brasileiros professará à fé evangélica.

COMENTÁRIO:

Que a Igreja precisa ser profundamente reformada, não resta nenhuma dúvida. É um consenso de quem a vê com seriedade. Ainda precisamos caminhar muito para chegar no ponto certo.


Fonte: 
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI161499-15228,00-A+NOVA+REFORMA+PROTESTANTE+TRECHO.html