A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Forma de piedade o disfarce perfeito para a soberba

Uma ficção baseada em fatos reais é o tipo de mistura que, nem sempre dá ponto, mas aqui vai. 

Ubirajara Crespo



Navegava distraidamente na Internet e, quando recebi uma notificação de que uma pessoa amiga postou um convite para uma reunião de oração no monte 🗻. Me ocorreu perguntar se havia alguma diferença entre orar no monte ou no asfalto? Não era exatamente um questionamento, mas eu sabia, que poderia ser interpretado como se o fosse. Queria saber qual era a razão deste tipo de movimento religioso, pois talvez houvesse um motivo mais teológico do que o simples fato de procurar um lugar mais quieto. 

Pastor, vou orar para que, Deus lhe dê discernimento. Naquele momento a resposta parecia vir de cima para baixo, ou seja, de alguém que achava, que sabia, para uma pessoa menos esclarecida. Não tive dúvida alguma, e pensei: ela está tentando esconder um sentimento de soberba atrás de uma capa de piedade. Me lembrei da parábola de Jesus sobre o sujeito, orando de si para si, se comparando com os pecadores menos esclarecidos do que ele. 

Bem que o diabo tentou me por numa saia apertada, onde eu diria, mais ou menos o seguinte: — não devo perder o meu tempo com uma pessoa assim. Ela se vê em uma posição muito acima da minha. Logo eu, que sou pastor. 

Percebi, ainda em tempo, que eu estava prestes a cair em uma provocação capaz de me levar a exigir mais respeito por causa da minha posição de pastor. Algo do tipo: você vem com um discernimento falso e eu lhe respondo apresentando um título verdadeiro, ostentado há quase quarenta anos. 

Há poder destruidor em nossas reações e palavras?  Claro que há, mas é bom, para todos nós, saber que, às palavras servem apenas para justificar nossas reações. O problema está mais para dentro, não dos outros, mas de nós mesmos. 

Melhor quando não passo de um servo inútil e sem valor.