A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.
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terça-feira, 2 de março de 2010

Pressa, inimiga de perfeição

Ex 23.29: Não os lançarei de diante de ti num só ano, para que a terra se não torne em desolação, e as feras do campo se não multipliquem contra ti.

A pressa é a maior inimiga da perfeição. Foi exatamente por isto, que Deus não prometeu soluções prontas e rápidas para uma nação inteira sem terra. Ao contrário, deu a Israel um projeto cuja execução demandaria tempo. Metas não podem ser tão difíceis de atingir, que desanimem o povo e nem tão fáceis a ponto de levar a pensar que nem precisamos que Deus nos ajude.


Se for fácil demais, corremos o risco de cair na acomodação provocada pela realização súbita dos nossos projetos. Se já cheguei, não tenho mais onde ir. É comum ocorrer uma perigosa sensação de satisfação total, tipo "está consumado", e cair no buraco da alma chamado por muitos de vazio existencial.


Será que foi por isto que Jesus nos ensinou a pedir o pão nosso de cada dia e não de todos os dias? Afinal, devemos deixar algo para pedir amanhã. Quando alcançamos o preenchimento total de nossas necessidades ficamos sem enredo para a nossa oração. Necessidades nos incentivam a orar.


Na realidade o povo, recém chegado do Egito precisava de tempo para se multiplicar e preencher todo o espaço que a terra lhes oferecia. Foi prometido ao planeta, que haveria um povo do mesmo tamanho da Terra Prometida.


Todos esperavam que a conquista da terra ocorresse em meio a espetaculares intervenções divinas, mas a fuga apressada dos posseiros transformaria sua possessão em terra abandonada. Aquela gente, bem ou mal, oferecia um tipo de proteção para o lugar. Uma terra abandonada é como terreno baldio que degrada rapidamente, pois vira depósito de entulho, canteiro de ervas daninha, moradia de feras e vala de mosquitos, um verdadeiro presente de grego. Assim é o coração que abandona a Deus, vira depósito de tranqueira inútil.


As famosas campanhas lidam com o sentimento de urgência e prometem para o final das mesmas, que a bênção pretendida será alcançada, o que seduz e gera expectativas. O prazo varia de campanha para campanha, podendo ir de 7 a 40 dias. Sinceramente não creio que este tempo seja suficiente para nos transformar em um depósito suficientemente grande para receber a bênção. Se no final a bênção não chegar, livramos a nossa cara dizendo que a pessoa não teve fé suficiente. Talvez seja até um modo de dizer que ela não se ornou grande o suficiente. O problema gerado é quando o a expectativa gerada no início, se transforma em decepção, e um cristão decepcionado com Deus e não com quem fez a promessa, é um inimigo da fé em potencial. Um obreiro despreparado foi usado pelo diabo para gerar este tipo de problema nas pessoas.


Algumas bênçãos são tão grandes, que não cabem dentro deste momento da nossa história. A família que chegou ao Egito, sob a proteção de José, se preparava para ser uma nação. Naquele exato momento, a posse de toda aquela extensa terra seria como ganhar um apartamento na Barra da Tijuca, frente para o mar, uma casa em Campos do Jordão e um palacete em Paris, todos com três carros importados na garagem e um iate no ancoradouro da Barra. Imagina receber isto tudo sem ter como manter esta estrutura.


O Pai não nos dá tudo em um só ano, porque seria a nossa ruína. Do outro lado, o diabo dá presentes para quem não sabe como usá-los e não fornece um manual de instruções. É por um sapato 45 em um tem pé 36. Ao calçá-lo a gente tropeça e cai.


O tamanho da bênção foi anunciado profeticamente. "Porei os teus limites desde o mar Vermelho até ao mar dos filisteus e desde o deserto, até ao Eufrates" (Ex 23.31). 


O objetivo de um profeta não é simplesmente prever o futuro, mas desafiar a alcançar uma estatura espiritual que capacite a entrar dentro dele. Profecias, desacompanhadas de padrões de conduta, são delírios satânicos. O diabo nos faz delirar, mas as promessas de Deus nos fazem crescer.

POR EXEMPLO
1. Profetizar enriquecimento o do ganancioso é abastecer o tanque da falcatrua.

2. Profetizar uma mega igreja para o soberbo é abastece o fogo do narcisismo.
3. Profetizar juízo para o medroso é aprofundar ainda mais a cova da paranóia.
A visão profética de Moisés, a respeito da Terra prometida, exigia do povo a promessa de santidade. Só um povo santo caberia em uma terra santa.

"Não farás aliança nenhuma com eles, nem com os seus deuses" (Ex 23.32).

Isto é crescer por dentro e por fora. 

Quanto a nós, precisamos decidir que não apenas tomaremos posse da bênção, mas que também nos prepararemos para recebê-la através da santificação prática e não apenas litúrgica.

Pense nisto: Não basta que a profecia seja entregue no lugar certo, da forma certa e com a liturgia apropriada. Nem sempre acertar na forma garante o conteúdo ou mostra procedência Divina. A motivação do profeta e o resultado que gerou fazem a diferença. O alvo de uma profecia é sempre a glória de Deus e não a nossa. Da próxima vez que ouvir uma profecia, tome cuidado, pois glorificar a pessoa errada traz problemas para quem é glorificado e para quem glorifica.

Ubirajara Crespo