Tendo visto essas coisas, podemos definir a grandeza do homem como a consciência de sua miséria, é isso que o faz diferente dos animais. O homem insensato para Pascal é aquele que ainda não teve ainda a consciência de sua miséria, e busca no divertimento, ou na imaginação uma fuga de seus problemas, ficando dessa forma, alheio de sua real condição e tenta viver uma falsa felicidade que no final das contas verá que não passa de mera fascinação com aquilo que não o deveria preocupar tanto, que é essa vida terrena. O homem deve portanto através do pensamento atingir a consciência de sua miséria, e só assim ele poderá ser feliz e viver bem.
Essa vida só tem sentido, quando aquilo que se faz, é feito por amor a Deus e a ninguém mais. Pascal, afirma que o homem precisa de Deus, e só pode fazer as coisas que ele faz se Deus o estiver agraciando. O homem é, portanto, um ser que ao mesmo tempo tem uma diferença singular dos outros animais, pois é o único que pode ter a consciência daquilo que ele realmente é, tornando-se assim grande, e não passa também de um ser que em vários aspectos se assemelha aos animais, pois ele é perecível por causa da sua desobediência. O homem devido a sua antiga natureza torna-se insatisfeito e busca preencher essa falta de várias formas, e geralmente em coisas vãs. A única solução para o ser humano, segundo Pascal é refugiar-se em Deus. Vemos aqui uma forte influência do pensamento agostiniano, que afirma que o homem deve se refugiar em Deus. Fonte de vida e esperança; segundo Pascal, o homem só busca a Deus porque ele ainda não o encontrou, e é isso que dá sentido a vida do homem, essa busca pelo infinito onde realmente somos o que somos.
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Alguns teólogos influenciados por um existencialismo mais puro formaram uma teologia mais apimentada e afastada das Escrituras. Já tenho falado sobre eles por aqui.
UbiraCrespo
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