Lucas: 11. 7. "E o que estiver dentro da casa lhe responda: ‘Não me incomodes. A porta já está fechada, e eu e meus filhos já estamos deitados. Não posso me levantar e dar-te o que me pedes’. 8. Eu vos afirmo que, embora ele não se levante para dar-lhe o pão por ser seu amigo, por causa da insistência se levantará e lhe dará tudo o que precisar".
Jesus ensina perseverança na oração.
Esta passagem parece nos ensinar que a oração será atendida mediante disponibilidade nossa insistência, o que daria a entender que em alguns casos podemos fazer com que seja feita a nossa vontade. No entanto me parece que Jesus está comparando a oração que ele nos ensinou com esta que o personagem desta parábola nos ensina. A maioria das parábolas respondem a algum tipo de questionamento sobre ou dúvida por parte dos presentes. São histórias inventadas de improviso, onde os personagens são fictícios e levam o ouvinte a procurar saber com qual deles se parece.
Esta parábola veio precedida pela citação de uma porção do Sermão do Monte, na que Jesus nos ensinava como orar. Este discurso está registrado na íntegra em Mateus 5, mas aqui, estranha e/ou estrategicamente, Jesus deixou de fora a seguinte declaração: "Seja feita a tua vontade".
Concordamos com o salmista quando afirmou que Deus está atento ao nosso clamor (Sl 34:15), mas não entendemos, que ele esteja disposto a responder petições feitas sem calcular possíveis incômodos que uma bomba embrulhada para presente pode trazer.
Hoje a Anastácia pode parecer a melhor esposa que você poderia arrumar, mas mas Deus sabe exatamente como ela será daqui a cinco anos. O mesmo se aplica a escolha da profissão, da residência e dos amigos. Somos constantemente pressionados a escolher o que é mais vantajoso, mas com o tempo, estas decisões exigirão adaptações morais, que hoje, não estamos dispostos a fazer, mas amanhã, quem sabe?!?!?!
Não creio que Deus jamais permitirá que eu faça uma escolha errada. Ele só ceia conosco se abrirmos a porta do nosso lar para ele. A empolgação, o fascínio, a necessidade e a urgência podem precipitar algumas de nossas escolhas, mas não deveríamos deixar de lado, os princípios que norteiam nossas vidas. No caso do personagem da parábola ele optou pela impertinência, insistência, desrespeito pela tentativa de impor as suas próprias escolhas.
Melhor se submeter a vontade de Deus do que tentar torcer o seu braço. Continue a fazer escolhas motivadas por princípios e não por pressões externas. Isto não significa que precisaremos rejeitar tudo o que é gostoso, mas tudo o que faz mal.
Ubirajara Crespo
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