A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O BEIJO DA RELIGIOSIDADE

Cordeiro por fora, serpente por dentro

O processamento de nossa religiosodade precisa ser feito por dentro e por fora. "Vós e Deus sois testemunhas do modo por que piedosa, justa e irrepreensivelmente procedemos em relação a vós outros, que credes" (2Ts 2). Paulo exibiu sua espiritualidade diante dos olhares humanos e diante de "Deus", que vê os corações. O que ele mostrou para Deus, mostrou também pra todo mundo.

A religiosidade não passa de um fundo falso, construído para esconder aquilo que é realmente importante. Algo que na calada da alma é costurado com muita concentração. É o nosso charco interior. Na camada mais externa mostramos uma aparência de piedade, mas debaixo da tampa escondemos sonhos eróticos, ressentimentos, intrigas e invejas. Quando mencionou o ôlho impuro e o olhar contaminado pela lascívia, Jesus revelou que antes de ocorrer na fachada, aconteceu debaixo de um fundo falso. Antes de ser praticado, o mal passa por um período de gestação. Não pode haver uma decisão mais desastrada do que esperar esta poeira abaixar, ou deixar como está para ver como é que fica.

Para que serve uma comunidade que não examina, não trata nem cura, mas sentencia? A vida em grupo, experimentada por Paulo, não pode se restringir a casca, verniz, e retoques no batom, nela escancaramos a porta dos fundos. Se o ambiente dor realmente cristão o pecado não provocva exclusão, mas tratamento. A rejeitada é a encenação. Enquanto o pecado permanecer sob uma máscara litúrgica jamais será tratado. É o mesmo que tentar esconder o reumatismo com anti imflamatórios e analgésicos. A dor passa, mas a doença fica.

A necessidade de aceitação nos leva a procurar auditórios que aplaudem personagens dramáticos. Uma relação simbiótica entre o enganador e o amante de ilusões. Vivemos em grupo como se estivéssemos representando um papel que agrada a platéia, mas que não é de verdade. Por fora Bela viola, por dentro, pão bolorento.

Para que a verdade prevaleça, tanto a pessoa como a sociedade precisam de cura.


Ubirajara Crespo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem está Sob Nova Direção só permite que saia da sua boca, palavras que edificam.