A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ALERTA GERAL CONTRA A TENTAÇÃO

Mt 4.1-11: Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.

O episódio da tentação de Jesus no deserto merece particular atenção, por seu grande valor didático face à luta espiritual. O evento não foi um acidente de percurso ou resultado de uma imposição maligna. Foi o próprio Deus quem dirigiu Jesus ao deserto, visando a ocorrência desta experiência tão necessária ao aperfeiçoamento de seu ministério (v.1). O termo grego peirazein, aqui presente, significa ser testado.
  • No mesmo trilho desta experiência segue a idéia de superação, resistência e perseverança. Tiago, empregando o mesmo verbo grego, afirma (Tiago 1.2-4,13) que o homem que suporta a provação é bem-aventurado, tendo aí a chance de aflorar virtudes espirituais indispensáveis para a vida cristã. Posto que Deus não só permitiu, mas conduziu Jesus àquele momento de enfrentamento com o próprio diabo, também os cristãos devem encarar as tentações como uma rica fonte de crescimento espiritual sujeita à vontade divina.
  • O longo jejum a que Jesus se dedicara, previamente ao episódio, mostra outro aspecto importante da guerra espiritual: A necessidade de um constante estado de alerta contra as ciladas do diabo (Mt 26.41; 1Pe 5.8). O jejum e a oração, como práticas devocionais, são armas recomendadas no enfrentamento das trevas (Mt 17.21).
  • Outro ensino importante aqui é a evidência de que, por vezes, o diabo lança mão da própria Palavra de Deus para seus fins tentadores, distorcendo-a e furtando-a de seu sentido original. Foi assim também no Éden (cf. Gn 3.1-5). Mas, note que foi a mesma Palavra a única defesa usada por Jesus para neutralizar os dardos malignos (vv. 4,7,10). Por isso, a devoção aprofundada e equilibrada às Escrituras constitui um dos recursos defensivos primordiais na batalha espiritual.
  • A tentação no deserto mostra as três áreas da vida humana nas quais o diabo geralmente pratica suas investidas: a satisfação de nossas necessidades básicas, aqui simbolizada pelo pão (v.3); a concretização de nossos maiores ideais, que, no caso de Jesus, era a demonstração legítima de sua divindade (v.5); e o anseio por riqueza e glória desse mundo (vv. 8-9), aspecto lembrado por Paulo como fonte de ruína e perdição humanas (1Tm 6.9). A tentação maligna é fazer com que logremos de modo ilícito cada uma desses objetivos.
  • Pense nisto: você encara as eventuais tentações malignas como parte importante do plano de Deus para o crescimento e aperfeiçoamento de sua espiritualidade? Você tem cultivado o estado de alerta espiritual, com oração e jejum, e tem se equipado com a Palavra de Deus para resistir às investidas do diabo? A satisfação de suas necessidades básicas, a conquista de seus ideais e a busca por prosperidade têm sido portas abertas para a tentação malignas em sua vida?
  • Por Aramis de Barros (Autor do livro 12 Homens e uma miassão)

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