Categorias sociais sempre existiram, e o
peso da sua presença é algo que carregamos desde que o mundo é gente.
Cada uma possui seus mecanismos, que de alguma forma defendem seus
interesses particulares: sindicatos de classe, representação política,
poderio econômico, palanques e discursos.
Desde
que não comecem a atropelar umas as outras ou usarem meios escusos para a
sua subsistência, nada mal. Cada uma luta com as armas de que dispõe.
O comando do movimento parece não levar em conta alguns destes
princípios universais. Não falo de indivíduos gays, mas dos seus
comandantes, que, como as demais classes, nem sempre colocam em seus
lábios os interesses e a opinião da classe, como um todo.
Dividir para ganhar, parece uma boa tática, mas nos cristãos, não
podemos adota-la. Inúmeras tentativas, já foram registradas pela
historia, de provocar o povo contra a Igreja de Jesus.
Quando me refiro a Igreja de Jesus, não entenda que esta expressão como
sinônima de Denominação. Igreja é organismo, denominação é organização.
Não há nenhuma organização, religiosa ou não, que tenha recebido a
incumbência de representar o Povo de Deus.
Sua
tática preferida é um discurso construído em cima de frases de efeito
que visam convencer o publico de que somos intolerantes.
O discurso fundamentalista de defensores da causa Gay, apresenta sinais
de preconceitos e de fraseologia demagoga. Declaram que a pregação dos
pastores incita a homofobia, chegando a dizer que nossas mãos estão
sujas do sangue dos homossexuais.
Não entendo como
alguém que use de linguagem tão discriminadora, quanto este rapaz, se
ache no direito de cobrar de alguém um comportamento que ele mesmo não
adota. Vamos orar para que o coração desta pessoa não se endureça para a
derrubada dos muros que nos separam.
Muitos dos
ativistas distorcem o discurso do Evangelho por desconhecimento de todo
conteúdo da nossa conduta pastoral, que é acolhedora e pacificadora.
Embora reprovasse o comportamento promíscuo, Jesus convivia, sem pejo,
com os desclassificados pela religiosidade farisaica, e nos devemos
imita-lo, e ficamos contentes quando nos aproximamos deste tipo de
pessoa. Infelizmente há aqueles que deturpam, propositadamente, nossas
declarações, citando frases fora de contexto, objetivando fortalecer
seus preconceitos religiosos. Se conseguirem nos enquadrar em algumas
destas leis, o próximo passo será enquadrar a Bíblia como um livro
homofóbico.
Já que estamos definindo termos n
vamos fazer o mesmo com a Homofobia, que agora, ganhou um novo
significado, passou a ser qualquer tipo de declaração que não aprove o
movimento gay.
A tendência atual é forçar
aceitação da homoafetividade, a ponto de se dispor ao relacionamento
íntimo com eles. Na realidade não existe ELES e NOS. Somos apenas
pessoas que conseguem conviver com vizinhos com opiniões diferentes das
nossas. Precisamos de coragem para reprovar todo comportamento
incoerente com as Escrituras e de muito amor para dar aos seus
praticantes.
Devemos, no entanto, rejeitar
qualquer movimento discriminador, tipo: Ou você é um de nos, ou é
inimigo. Este pensamento incita o uso de mordaças, pressões, ameaças,
uso do poder estatal e levantes sociais.
O que
devemos fazer? Pegar em armas? Usar das mesmas táticas de combate? A
Igreja verdadeira faz isto? Simplesmente amar, pois esta é a única forma
digna do nome de Cristo, que podemos usar. Só quem não é cristão esta
livre para mentir, incitar, ferir, ameaçar e provocar.
Somos livres para amar, apenas isto. E foi para este tipo de liberdade que Cristo nos chamou. Quer mais?
Deixemos as manifestações depreciativas, o sectarismo, a mentalidade
tribal, a atitude classista e/ou separatória, o linguajar discriminador,
o comportamento excludente e discursos que incitam a disputa. Este tipo
de gente não é crista, é inimigo infiltrado.
Diante de toda esta
algazarra em torno de nomes de pastores como Marcos Feliciano e Silas
Malafaia digo apenas o seguinte: Estes dois, mesmo juntos, representam
uma pequena fração do povo evangélico no pais e jamais a toda a nação
evangélica. Não os conheço pessoalmente, por isto não consigo
defende-los, nem ataca-los. Creio, no entanto, que como cidadãos
brasileiros, e não como evangélicos, tem todo direito de dar a sua
opinião.
Veja um exemplo típico de um discurso que parece tão discriminador quanto o discurso homofóbico: