A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Como desarmar o chilique de um filho com uma pergunta

Texto de Fabiana Santos



Eu não li todos os livros de psicologia infantil, nem fiz nenhum curso de como evitar/interromper/acabar com o chilique de um filho. Mas por conta de uma experiência pessoal relacionada à minha filha de 5 anos, eu quero muito dividir com vocês uma “fórmula” que aprendi recentemente para a gente conseguir mudar o rumo das coisas com os filhos que insistem em fazer drama por qualquer coisa.

Antes preciso contar uma história. Minha filha entrou na alfabetização por aqui, chamada de Kindergarten, e estava um pouco ansiosa, sempre repetia que não ia dar conta nas primeiras semanas de escola, ficando um pouco nervosa. E esse comportamento acabou se desdobrando em casa: ela aumentou as situações de fazer drama para qualquer coisa, mesmo as mais simples. Por indicação da escola, procuramos uma psicóloga infantil para algumas sessões, para que a Alice pudesse falar sobre o que estava sentindo e assim as coisas poderiam se acalmar.

Dentre as várias dicas que a psicóloga Sally Neuberger deu, uma eu achei fantástica, apesar de bem simples, e é exatamente por isto que eu quero contá-la aqui.

A psicóloga me explicou que precisamos fazer a criança se sentir respeitada, no sentido de darmos valor ao que elas estão sentindo. E assim, na hora de uma crise, seja porque motivo for, uma criança a partir dos 5 anos de idade precisa ser atendida no sentido de pensar e achar a resposta sobre o que está acontecendo com ela. Esta nossa valorização sobre o que ela está passando e ao mesmo tempo o fato de incluí-la na solução da questão desmonta a criação de caso.

De forma mais objetiva: quando um chilique começar – seja porque o braço da boneca saiu do lugar, seja porque está na hora de dormir, seja porque o dever de casa não saiu do jeito que ela queria, seja porque ela não quer fazer uma tarefa – seja o motivo que for, podemos fazer a seguinte pergunta para a criança, olhando nos olhos dela e com bastante calma: “Isto é um problema grande, um problema médio ou um problema pequeno?”

Aqueles momentos pensando a respeito do que está acontecendo à sua volta, sinceramente, pelo menos aqui em casa, se tornaram mágicos. E todas as vezes que faço a pergunta e ela responde, a gente dá um jeito de resolver o problema a partir da percepção dela de onde buscar a solução. Um pequeno, sempre é rápido e tranquilo de resolver. Algum que ela considera médio, muito provavelmente será resolvido mas não na mesma hora e ela vai entender que há coisas que precisam de algum desdobramento para acontecer. Se um problema for grave – e obviamente que grave na cabeça de uma criança não pode ser algo a ser desprezado mesmo que para a gente pareça bobo – talvez seja preciso mais conversa e atenção para ela entender que há coisas que não saem exatamente como a gente quer.

Eu poderia dar vários exemplos onde tenho usado esta perguntinha nos últimos tempos. Um deles foi na hora de escolher a roupa para ir a escola (aqui não tem uniforme) e muitas vezes minha filha faz aquela cena para escolher a roupa, especialmente agora em que é preciso usar roupa de frio. Pra resumir: ela queria uma calça, a preferida dela estava lavando, começou o chororô e eu firme: Alice, isso é um problema grande, médio ou pequeno? Ela, sem graça, olhando para mim, falou baixinho: “Pequeno”.

E eu mais uma vez expliquei que já sabíamos que problemas pequenos são fáceis de resolver. Pedi sugestão de como resolveríamos aquele problema pequeno (aprendi que é importante dar tempo para ela pensar e responder) e ela: “Escolhendo outra calça”. E eu acrescentei: “E você tem mais de uma calça para escolher”. Ela sorriu e foi buscar outra calça. Dei meus parabéns por ela ter resolvido o próprio problema porque, claro, valorizar a solução é uma parte imprescindível para fechar a história.

Eu não acho que existe milagre na criação dos filhos. Outro dia estava pensando o quanto é uma verdadeira saga essa missão de colocar gente no mundo: atravessar todas as fases, trilhar caminhos que às vezes nos fazem cair em emboscadas, ter a humildade de voltar atrás para resgatar outra trilha. Este texto é sinceramente uma vontade grande de compartilhar uma luz que apareceu na minha estrada de mãe e eu espero de coração que sirva pra você também.

Fabiana Santos é jornalista, casada, mãe de Felipe, de 11 anos, e de Alice, de 5 anos. Eles moram em Washington-DC. As respostas de “problema pequeno” estão ganhando de disparada e agora Alice até ri envergonhada com o início de um chilique sem sentido. Já teve vezes dela ser sincera em dizer: “Acho que isso nem é um problema, mamãe”.

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Vale à pena estocar fórmulas de tratamento de xiliques e saber contra atacar. 

O xilique é uma fórmula de manipulação muito usada, pela criança para conseguir o que querem. 

Responder o xilique com um xilique ainda maior equivale apagar incêndio com gasolina, ao invés de água.  

domingo, 29 de janeiro de 2017

Filho ingrato

— Pedi para Deus e ele não me deu.

Gratidão é uma musculatura espiritual, que precisa ser exercitada, para ser fortalecida. É uma iniciativa minha e a falta de perseverança em dar continuidade a este exercício deve ser reconhecida e jamais atribuída ao diabo.

Já ouvi pessoas pedirem a Deus esta qualidade e depois o responsabilizarem por não ter respondido a oração.

— Pedi para Deus e ele não me deu.

Isto seria o equivalente a pedir para Deus que providencie o alimento e sentar a mesa, colocar nela o prato, os talheres e ficar esperando que ele traga tudo prontinho para você.

— Pedi comida para Deus e ele não me deu.

Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres.
Tiago 4:3

Ubirajara Crespo

sábado, 21 de janeiro de 2017

Onde é como você guarda suas memórias

SL 78.2-4. Em parábolas abrirei a minha boca, proferirei enigmas do passado. O que ouvimos e aprendemos, o que os pais nos contaram, não o ocultaremos aos filhos; transmitiremos à geração vindoura as gloriosas realizações do SENHOR, seu poder e as maravilhas dos seus feitos.

A transmissão dos acontecimentos, nos deixou um legado precioso, a nossa história, procedência e propósito. Não existe um depósito mais seguro para guardar o passado, do que a família. Este costume existente nos primórdios da humanidade era tido como sagrado. Isto se enraizou na vida da nação israelita e não se admitia acréscimos, cortes, mudanças, arranjos. Este tipo de atitude era considerado um pecado gravíssimo, acompanhado pela expectativa de graves retaliações. Isto garantia a fidelidade e originalidade dos relatos bíblicos compilados da tradição oral.

Os pais que transmitiram, aos seus filhos, os acontecimentos narrados na Bíblia, não são o mesmo tipo de homem que existe hoje. Moralmente decaído, devido às influências culturais, acumuladas durante inúmeras gerações, se tornou capaz de transmitir suas histórias, conforme lhe convém. Precisamos admitir, que o homem de hoje não é um ser confiável como um instrumento capaz de preservar a histórica humana. Talvez por isso precisemos tanto da tecnologia, que digita, imprime, fotografa, filma e guarda em sistemas computadorizados à salvo do ser humano.

Segundo a Bíblia, o homem primitivo, vivia cerca de 900 anos ou mais e foram protagonistas ou testemunhas oculares de acontecimentos como a queda do homem, a travessia do Mar Vermelho e do dilúvio, entre outros. Devido a sua longevidade, Adão conheceu Matusalém, que conheceu Noé, que chegou perto de conhecer Abraão. As histórias eram contadas pelos seus protagonistas e corroborada por testemunhas à muitas gerações que os sucederam.

O fruto proibido. A morte progressiva dos humanos foi prevista pela própria narrativa da sua queda. O livro de Gênesis diz que a desobediência ao único mandamento imposto, enquanto estavam no Éden desencadearia o lenta e progressivamente o processo da morte. Não se passaram muitas gerações entre a queda e o nascimento destes preservadores  da história. Consequentemente, a herança genética não possuía o mesmo volume de informações, que possuímos depois de milhares e milhares de anos. Força, resistência, inteligência, defesa imunológica, capacidade de armazenar informações e a memória, preservavam grande capacidade. Teoria, que uma vez comprovada, aumenta exponencialmente,  a possibilidade da transmissão oral ter sido uma narrativa exata do que realmente aconteceu.

Para sermos absolutamente bíblicos devemos insistir em reconhecer, que o homem não evoluiu, mas regrediu física, mental e moralmente. A  influência da história genética outorgada por gerações passadas é uma realidade. O ser humano de hoje vive menos, é portador de um número crescente de novas doenças e embora tenha sua expectativa de vida aumentada, o processo de desgaste ainda não foi revertido pela ciência. Provavelmente nunca o será, pois não disporá de tempo suficiente para realizar esta proeza. Estamos nos aproximando do fim e a própria natureza  geme e suporta angústias até agora, por causa da queda do homem.

Este processo de desgaste da nossa humanidade só pode ser revertido em Jesus. Ele nos faz nascer de novo e nos torna descendentes do segundo Adão: Jesus Cristo. Esta nova genética moral, espiritual e comportamental desencadeia um processo que fará com que uma nova natureza se desenvolva em quem nasceu do Espírito e não apenas da carne. Processo este, que culminará com a ressurreição dos cristãos e o arrebatamento do corpo transformado. Esta é a grande e única esperança para o ser humano de hoje.

Ubirajara Crespo